Aqui no meu canto
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
OBAMA E BIDEN, AGORA TRUMP...
Filipe Rua
Muita gente indignada com o que parece o desfecho da guerra dos EUA, Inglaterra e braço armado NATO.
É mesmo assim. Também não seria de esperar outra coisa dos EUA que foi e é o comando! Fosse quem fosse o presidente, o calendário feito pelo Pentágono, muito provavelmente o tiro na orelha de Trump, fazia parte do cronograma. Nunca mais se ouviu falar do assunto...
Todos os desenvolvimentos futuros, pelo que já estava a acontecer no terreno, um ano e meio a NATO levar porrada da Rússia, e tudo se agravou com o lançamento sobre Kiev do tal Oreshenik que o ocidente nem se atreve a citar o nome. Ficaram sem pinga de sangue.
Quais 100 mil militares da Inglaterra e 50 mil da França prontos para ir para a Ucrânia assegurar a paz!?
Calados que nem rato,s à espera que o perigo se afaste. Trump fala em terras raras da Ucrânia para pagar o investimento falhado. A UE veio ontem piamente dizer, então nós Xerife
Trump?
Macron deve estar doente ou numas termas algures por aí...
Toda a guerra foi calculada para vergar a Rússia e torná-la um estado falhado como foi na Jogoslávia.
Os EUA, que prepararam o assalto à Rússia com o serviçal Zelenski, pronto para tudo, mais o braço armado NATO, com os aprendizes da UE, à espera de comer os despojos, como hienas se lambendo esperando que o leão se afaste, para repartir o que ele deixar depois de saciado.
A Rússia de Putin não vai deixar passar esta oportunidade de acabar com uma guerra, onde a Rússia perdeu centenas de milhares de vidas, que os EUA prepararam, com o presidente Obama, e no terreno Biden e seu filho, assessorados por Victoria Nuland, preparando a Maiden no golpe de estado em 2014 contra o presidente eleito democráticamente Viktor Yanukhovitch.
Não podemos esquecer como tudo começou.
A Zelenski, dirão os EUA, que lhes pagaram para isso.
A Rússia não pode permitir que mais uma vez se deixe enganar como foi com Gorbatchev, a NATO, nem uma polegada para leste, quando já vão em 16 países.
Os acordos de Minsk foram para armar a Ucrânia contra a Rússia, como disse Angela Merkel, as negociações de Istambul um mês depois de começarem a guerra, foram para afastar os cerca de 100 tanques russos à porta de Kiev.
Parar a ofensiva russa agora seria mais um risco enorme para o Kremlin que não tem em quem confiar no ocidente.
Se a guerra vai parar? Vai. Mas a Rússia terá que usar de todos os cuidados para que mais uma vez não tenha que recomeçar.
A Rússia continua a não ter com quem negociar do lado da Ucrânia. A Rússia não permitirá que a NATO meta soldados na Ucrânia, por muito que venham agora as marionetes de Trump na Europa, a saltitar estamos aqui, como Marques Mendes em Portugal de volta do seu querido Almirante.
Três meses para chegar a um acordo final? Não acredito.
Em nove de Maio a Rússia fará um grande desfile militar de Vitória e afirmação da Federação Russa como herdeira da Vitória da grande guerra patriótica? Sim fará.
Certamente o grande dissuasor ORESHENIK estará lá para dizer ao ocidente deixem nos em paz, que a Rússia fará o mesmo.
A capitulação dos EUA e NATO, embora a Rússia não fale nisso, é uma grande derrota que obrigatóriamente levará ao desenho de uma ordem internacional em moldes diferentes que talvez não conte com Guterres.
Estará Guterres a tomar balanço contra o Almirante?
O mundo multipolar, com este empurrar da Rússia do cão a ladrar à sua porta, parafraseando Papa Francisco, está a avançar com um país da lusofonia no comando dos BRICS, o Brasil, e com Portugal que poderia estar no coração deste mundo novo, não! Está na cauda com António Costa e Durão Barroso de rabejadores.
Mark Rutte, Kala Kajas, e outros cães de fila só têm que se sentar à frente de Trump, abanando o rabo à espera das suas racções.
Por uma terra sem amos!
Liberdade e democracia!
Na política, só a esquerda é patriótica!
Paz, paz, paz, sem esquecer o martirizado povo da Palestina à espera do seu estado Nação, da sua Pátria milenar.
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
. . . e o servilismo português continua . . . sempre na linha da frente !
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Filipe Rua
UM MUNDO NOVO VEM AÍ!
O século passado, foi treino e ensaio geral, para o fim do império do dólar e do comando militarista dos EUA Inglaterra, Israel e NATO.
Foi também o fim da URSS e do unipartidarismo numa pluralidade que se julgava como motor da sociedade que não vingou.
Na unidade dialética não há direita sem esquerda, nem esquerda sem direita, assim como a unidade e a luta dos contrários trás novas dinâmicas sociais e científicas.
Foi essa compreensão do mundo e das sociedades e nações, que nos trouxeram novidades, apanhando de surpresa, o velho mundo decrépito e caduco, bem representado por Biden, e agora Trump, completamente desfasados dos novos tempos.
Este milénio, foi marcado com o discurso de Munique em fevereiro de 2007, por Vladimir Putin, e a aliança estratégica da Rússia com a China, a formação dos BRICS, agora com uma dimensão capaz de responder, às grandes preocupações da humanidade como um todo, e não apenas só as oligarquias dominantes.
É neste quadro, que agora vem o secretário geral da NATO, a mando do patrão Trump, exigir aumento do orçamento da NATO, às custas de salários, pensões, educação, saúde e habitação, para assegurar o poder perdido na Ucrânia, com uma tentativa de congelar o conflito, até terem supremacia militar, na tentativa de destruir e ocupar a Rússia e a Ásia, depois das derrotas do século passado, numa tentativa de reconstruir o colonialismo da desumana escravatura.
A verdade é que viram tarde demais!
O novo e continuado alargamento dos BRICS, irá provar e garantir esse mundo multipolar, em condições de igualdade entre nações, que vão pedindo a sua adesão a um projeto que é já um sucesso representando mais de 50% da humanidade.
O velho mundo decrépito e senil cuja figura de estilo, Biden, foi a sua máxima expressão, está presente no actual desenvolvimento dos países da América latina, agora mais soltos das amarras do colonialismo secular iniciados no século XV, mas com uma diversidade comercial e desenvolvimento, que o ocidente capitaneado por Trump e o dólar, já não dominam na sua plenitude.
"A estrela do oriente trará reis magos" pacientes, dará Jerusalém à pátria palestiniana, e prosseguirá o seu caminho na melhor distribuição da riqueza, da liberdade, do amor e da democracia, contra a milenar escravidão de corsários e piratas das dinastias europeias, bem visível nos últimos cinco séculos até aos nossos dias.
Liberdade e democracia!
Por uma terra sem amos!
A paz pelo futuro da humanidade!
Para que não nos esqueçamos deixo duas fotos do domínio e servilismo português.
A DEMOCRACIA DO ABSURDO!

A DEMOCRACIA DO ABSURDO!
Não há Democracia sem povo
Mas… o povo deixou de se preocupar com a Liberdade e a Democracia... porque não está esclarecido e não sabe intervir em sua própria defesa.
Por isso... por ignorância e formatação, aceita as piores patranhas dos mercenários da palavra e da imagem e o que lhes dizem pelos meios da mentira organizada e controlada.
- Aceita o avanço do fascismo passivamente e é cúmplice por ausência de atitude no genocídio sionista do povo da Palestina.
- E a morte de tantos milhares da guerra na Europa, feita por encomenda por quem nos USA.
- Apoia, alimenta e paga a guerra de destruição da Europa e da sua Economia em favor de quem nos oprime, coloniza e impõe as regras.
- Acredita piamente nas mentiras mais sórdidas inventadas e feitas por mercenários comprados na comunicação social atolada de fascistas.
- Aceita e venera a riqueza dos muito ricos, porque ainda sonha vir a ser… também rico - Os sonhos não custam dinheiro... pode até sonhar acordado a vida toda.
- Apoia e vota, repetidamente em ladrões e corruptos que fazem carreira profissional na política para enriquecerem.
- Reage de forma irracional e politicamente por preconceito criado e inculcado pelas técnicas mais perversas e sujas na políticas social de massas … e sem saberem porquê, aceitam a manipulação de são a principal vitima.
- Defendem até... os que na vida política se servem do povo para os enganar e trair em seu nome e depois se venderem aos interesses estrangeiros perversos e obscuros relacionados com a Alta política supra nacional, dirigida contra os povos, por políticos sem escrúpulos e psicopatas e criminosos sociais no sistema que fazem e apoiam as guerras para dominarem no mundo.
- Descaradamente - são apoiantes dos Estados Unidos apesar de hoje já saberem ser o maior inimigo da Europa e dos europeus.
- Não sabem porquê… mas não se preocupam nem compreendem a importância que tem para si a conquista das liberdades democráticas e porque só elas… possibilitam melhores condições de vida e de trabalho… E absurdamente, caminham como gado… que enganado segue sem saber... para o abate.
- E aceitam sem resistência esta miséria que lhes dá o capitalismo neoliberal mais radical e desumano de sempre e acham até… que a culpa não é do sistema… que enriquece e concentra as riquezas do mundo e do trabalho em alguns e empobrece a todos… ou quase todos e acham mesmo, que a culpa é do regime democrático e das liberdades conquistadas em abril… e culpam injustamente os emigrantes… que no presente, são o bode expiatório das suas necessidades adiadas e frustrações acumuladas!
Perante esta realidade bem evidente - Que esperam venha acontecer?
AINDA ACREDITAM?
A democracia também está às vezes presente, no funcionamento democrático interno em certos partidos… Mas quem ganha nunca é o povo… são sempre as Elites dos partidos… os doutores carreiristas - Só nos partidos revolucionários… é possível, ganharem as vanguardas - Os melhores filhos do povo!
- Mas a democracia nas sociedades modernas está fundamentalmente associada à importância e capacidade cultural da compreensão da coisa pública e da política como processo de mudança na luta organizada do povo unido, em torno de lideranças competentes e sérias, capazes de esclarecer e mobilizar o povo para lutar, resistir e vencer!
António Jorge - editor livreiro e aprendiz de feiticeiro
Porto e Luanda
Chamaram-nos 'Negacionistas', 'Chalupas', 'Dementes', etc. Pelo facto, esses nomes nunca me incomodaram o que me incomoda são esses assassinos ainda estarem sem julgamento!
A CENSURA DAS REDES SOCIAIS E A MANIPULAÇÃO DA IMPRENSA: A HIPOCRISIA DOS FALSOS DEFENSORES DA LIBERDADE
A censura imposta pelas grandes plataformas de redes sociais durante a pandemia de COVID-19 foi um dos episódios mais graves de limitação da liberdade de expressão nos tempos modernos. Durante esse período, assistimos a um bloqueio sistemático de contas, à remoção de conteúdos e até ao banimento de utilizadores que ousaram questionar a narrativa oficial sobre o vírus, os confinamentos e, sobretudo, as vacinas.
Médicos, cientistas, jornalistas e cidadãos comuns que levantaram dúvidas ou apresentaram estudos divergentes foram silenciados, acusados de espalhar desinformação, mesmo quando os seus argumentos se baseavam em evidências científicas ou simplesmente no direito ao debate. As redes sociais, em conluio com governos e entidades supranacionais, assumiram o papel de árbitros da verdade, decidindo unilateralmente o que podia ou não ser discutido.
O mais grave é que, com o passar do tempo, muitas das chamadas "teorias da conspiração" que foram censuradas revelaram-se legítimas preocupações. Hipóteses sobre a origem laboratorial do vírus, os riscos de efeitos adversos das vacinas e a ineficácia de certas medidas restritivas, antes tratadas como desinformação, acabaram por ganhar reconhecimento em estudos posteriores.
No entanto, essa censura não foi um fenómeno isolado das redes sociais. Os órgãos de comunicação social, dominados por jornalistas e comentadores alinhados com a ideologia dominante, colaboraram ativamente na construção e na manutenção da narrativa oficial.
Recusaram-se a dar espaço a vozes discordantes, ridicularizaram especialistas que apresentavam visões alternativas e, em muitos casos, funcionaram como autênticos veículos de propaganda do politicamente correto. A imprensa, que deveria ser um pilar da liberdade e do pluralismo, tornou-se um instrumento de controlo da opinião pública, servindo os interesses de quem está no poder.
A censura digital e a manipulação mediática não foram apenas um atentado contra a liberdade de expressão; foram também uma afronta à ciência e ao próprio espírito democrático. Ao impedir o debate, impôs-se uma única visão como verdade absoluta, violando o princípio fundamental da ciência: a dúvida e a contestação.
Agora, os mesmos que participaram nessa ofensiva contra a liberdade de pensamento vêm discursar sobre a importância de defender a democracia e a liberdade de expressão. Políticos, jornalistas e líderes institucionais que antes incentivaram ou compactuaram com o silenciamento de vozes discordantes apresentam-se como os novos defensores da liberdade.
A hipocrisia não poderia ser maior.
O avanço de lideranças conservadoras e a crescente rejeição das políticas progressistas são um reflexo do cansaço das populações face a este autoritarismo disfarçado de preocupação com a "desinformação".
O povo não esquece o que aconteceu. A censura e a manipulação mediática serviram apenas para expor a incoerência e o totalitarismo dos que se dizem democratas, mas que apenas aceitam a liberdade de expressão quando lhes convém.
Se a democracia e a liberdade devem realmente ser defendidas, que o sejam para todos, e não apenas para aqueles que seguem a cartilha ideológica do politicamente correto.
A verdade não precisa de censura para se sustentar.
JL BRAGA
A Investigação que Muda a Pandemia (Nota minha: afinal, os “negacionistas” sempre tinham razão...)

Isabel Conde
23 de dezembro de 2024 ·
A Investigação que Muda a Pandemia
(Nota minha: afinal, os “negacionistas” sempre tinham razão...)
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Passaram quase cinco anos desde um dos momentos mais traumáticos que, como sociedade globalizada, nos calhou viver. E parece que essa experiência tão funesta da pandemia da Kobid-19 foi profundamente enterrada. Passado o problema, o melhor é esquecer o terrível: a vida continua. Por estas alturas, ninguém quer nova informação que o faça parecer infantil, medroso, crédulo, ou mesmo como alguém de vontade fraca e manipulável.
Ora bem, esta introdução surge a propósito do relatório “AFTER ACTION REVIEW OF THE COVID-19 PANDEMIC: The Lessons Learned and a Path Forward” (1º comentário), publicado no passado dia 2 de Dezembro de 2024 pela Câmara de Representantes do Congresso dos EUA. Durante dois anos, o Subcomité Especial para a Pandemia de Coronavírus levou a cabo a investigação mais exaustiva realizada até à data: entrevistas e depoimentos de responsáveis e gestores, documentos administrativos e farmacêuticos, cartas de investigação e revisão de mais de um milhão de páginas de documentação... que alteram radicalmente a narrativa que tínhamos da pandemia.
Segundo este relatório de mais de 500 páginas, eis aqui uma sucinta listagem de alguns conhecimentos que devemos actualizar no nosso disco duro em concordância com os factos:
1 – A origem mais provável do vírus Kobid-19 foi uma fuga do laboratório de Wuhan, descartando-se o contágio de origem animal e voltando assim à primeira versão de 2019. Foi e é um vírus criado pelo homem, que aponta para uma experiência de ganho de função financiada pelos EUA.
2 – A obrigatoriedade do uso de máscaras não provinha de uma evidência científica concludente para a prevenção da doença, enquanto que o distanciamento social de “metro e meio”, que fechou escolas e pequenas empresas em todo o país, foi uma medida arbitrária também não baseada na ciência; para maior ironia, o Dr. Fauci testemunhou que esta medida “simplesmente surgiu”, assim sem mais.
3 - Sobre os confinamentos: os confinamentos domiciliários prolongados provocaram um “dano incomensurável” não só à economia, mas também à saúde mental e física dos cidadãos, com um efeito particularmente negativo nas pessoas mais jovens (especialmente nas raparigas adolescentes).
4 - Contrariamente ao prometido, a vacina da Kobid-19 não impediu a propagação nem a transmissão do vírus e a sua aprovação seguiu um prazo arbitrário, apesar dos avisos científicos sobre a probabilidade de eventos adversos. Foi uma decisão política, não sanitária, pelo que a sua obrigatoriedade (e o passaporte sanitário) não tiveram respaldo científico, causando mais danos do que benefícios. Não se informou adequadamente sobre as lesões que originava, o que deteriorou a confiança pública na segurança das vacinas. A imposição a cidadãos saudáveis violou as liberdades individuais e desconsiderou a liberdade médica. Além disso, a Administração não tem sido eficiente, justa nem transparente no tratamento das reclamações relacionadas com as lesões causadas.
5 - Para conseguir lançar no mercado e implementar a inoculação da vacina experimental como único meio de controlo da doença, os responsáveis pela saúde pública participaram num esforço coordenado para ignorar a imunidade natural, assim como desqualificaram outros fármacos eficazes contra a doença.
6 - Exerceu-se a censura sobre informações não oficiais relacionadas com a pandemia: os responsáveis pela saúde pública frequentemente desinformaram por meio de mensagens contraditórias, reacções viscerais e demonizações (por exemplo, a fuga laboratorial ou as vacinas). Por sua vez, a Administração empregou métodos antidemocráticos e provavelmente inconstitucionais, incluindo pressão sobre as empresas de redes sociais para censurar conteúdos.
7 – Houve falta de eficácia e de transparência na utilização de fundos dos contribuintes e dos programas de ajuda criados para abordar a pandemia de coronavírus, tendo-se cometido corrupção, fraudes e abuso de forma generalizada.
8 – A resposta da OMS à pandemia de Kobid-19 foi um “fracasso rotundo” e com o seu Tratado de Pandemias, de carácter prospectivo e vinculativo, pode prejudicar a soberania de um país como os EUA.
A listagem de factos a actualizar poderia continuar. Quem quiser pode ler o relatório (versão em espanhol no 2º comentário). Para encerrar o texto sobre um tema que não deveria prescrever, três reflexões:
Cabe perguntar por que é que em Espanha, cinco anos após o ano zero, não se realiza uma investigação e avaliação rigorosa e em profundidade da gestão da pandemia, ao estilo dos EUA. Mortes, pânico, restrição de direitos fundamentais, coerção médico-institucional, situação colectiva de histeria, medo, ansiedade ou o que se dirá marcaram atitudes e comportamentos cujas consequências ainda hoje se fazem sentir numa certa fratura social, na economia, no estado mental, na saúde dos doentes de Kobid-19 e dos vacinados contra a Kobid-19, na desconfiança nas instituições, etc. Para além da assunção de responsabilidades, a investigação servirá para corrigir erros e assinalar sucessos em caso de uma futura pandemia.
Segunda. O que eram boatos e fake news de muitos dos rotulados como negacionistas estão agora alinhados com factos comprovados. A partir de agora, como cidadãos, deveríamos ouvir outras vozes e outros âmbitos, mesmo que não concordem com a narrativa do Estado, dos meios de comunicação social tradicionais, com os verificadores de factos, com a maioria da sociedade ou com a nossa ideologia mais enraizada. E fazê-lo, sempre e em qualquer altura e para qualquer fonte, de forma crítica e distanciada, lembrando que a urgência do medo é a pior conselheira.
Passadas mais de duas semanas da publicação da investigação e dos seus resultados por parte do congresso dos EUA, quase não há repercussão nos meios de comunicação hegemónicos. Só em alguns é descrita de passagem, oferecendo apenas um ou outro ponto relevante, mas inofensivo para a narrativa oficial. Só os meios de comunicação externos ao ecossistema tradicional disponibilizaram a informação de maneira rigorosa e, felizmente, também aqui fica um registo. Esta é a terceira reflexão.
A partir deste ponto, cada um seguirá com a sua vida, mas tal como com o fotograma de O Clube de Combate, já não se poderá deixar de ver daí para a frente o que não se viu.
Sergio Collado
(Jornalista)
20.Dezembro.2024
(Tradução de Isabel Conde)
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
A um dia do final da "minha" década de sessenta . . . um pensamento :
domingo, 13 de outubro de 2024
Rússia afirmou que o BRICS nunca foi uma aliança militar

O departamento observou que um dos principais objectivos da associação é criar um sistema económico mundial justo e multilateral
A associação BRICS nunca foi e não pretende tornar-se uma aliança militar. A cooperação entre os países da associação não é dirigida contra ninguém. Isto é afirmado na mensagem do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
O departamento diplomático chamou a atenção para um artigo de Roger Boyes no jornal The Times - “A expansão dos BRICS deveria preocupar a OTAN”. Nele, Boyes pinta um quadro em que os BRICS são supostamente quase uma aliança militar em oposição à OTAN. O Ministério das Relações Exteriores observou. que “o BRICS nunca foi, não é e não pretende se tornar uma aliança militar”. Segundo o departamento, o BRICS não é uma organização internacional ou estrutura de integração, mas uma associação de estados soberanos baseada na igualdade. Esta é uma parceria estratégica multifuncional baseada em três áreas principais: política e segurança, economia e finanças, cultura e cooperação humanitária. As relações entre os membros do BRICS baseiam-se nos princípios de igualdade e respeito mútuo, bem como de abertura, pragmatismo e solidariedade, e não são dirigidas contra ninguém, enfatizaram.
Objetivos do BRICS
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia observou que uma das tarefas prioritárias dos BRICS é a formação de um sistema económico mundial justo e multilateral. Desde a sua criação, o BRICS tem defendido abordagens pacíficas para a resolução de conflitos internacionais e o fortalecimento da cooperação multilateral em questões globais, disse o departamento. A Associação apoia os princípios do direito internacional e também respeita a soberania dos Estados. A expansão dos BRICS através de novos membros ajuda a aumentar a influência dos países em desenvolvimento nos assuntos internacionais, o que está associado a mudanças reais na economia global, acrescentou o Itamaraty.
Na verdade, mesmo comparar teoricamente os BRICS com o agressivo bloco militar OTAN, que durante muitos anos tem sido associado a intervenções sangrentas e a minar a segurança em diferentes regiões do mundo, é simplesmente absurdo. O departamento diplomático enfatizou que os documentos estatutários da Aliança do Atlântico Norte definem claramente os “oponentes”, e é a OTAN que está a realizar exercícios cada vez mais em grande escala perto das fronteiras da Rússia e na região da Ásia-Pacífico. A OTAN também continua a fornecer armas letais e inteligência ao regime neonazista em Kiev, que utiliza ucranianos em operações de combate e colabora com grupos terroristas internacionais, disse o ministério.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia observou que a OTAN é “uma relíquia murcha da Guerra Fria, que há muito perdeu o sentido da sua existência”, enquanto o BRICS é “criação, assistência ao desenvolvimento, enriquecimento mútuo das civilizações, respeito pelos interesses de todos os países no interesse de construir uma ordem mundial verdadeiramente justa.” "Neste contexto, a difusão de informação de baixa qualidade de mais uma publicação ocidental opera com ideias neocoloniais sobre a interacção dos países na cena mundial e visa incitar fobias infundadas. Ao mesmo tempo que cumpre uma ordem para denegrir os BRICS, o autor de o artigo, que se autodenomina um editor diplomático, apenas projeta a sua própria visão de mundo agressiva e imperfeita e a clássica filosofia colonial britânica. Parece enfadonho e demonstra o profundo desespero do “belo jardim ocidental” que está rapidamente a perder relevância”, concluiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
AleKunz RN www.mid.ru
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
domingo, 29 de setembro de 2024
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
. . . "na mouche" ! . . . e do Wrexham , alguém se lembra !?

Tiago Franco
Conheces Bodo?
Aqui há atrasado (só para perceberem que isto é um texto com expressões nortenhas) passei por Bodo, quando optei por descer a "autoestrada do Atlântico", ali entre Narvik e Trondheim. Os " " são apenas para elucidar que aquilo é, de facto, muito bonito e tal, passa no Atlântico, mas não é uma autoestrada. Mas tudo bem. O americanos também chamam "world series" a um jogo de pau na bola, para consumo interno, e ninguém lhes diz que o mundo não acaba no Maine.
Bodo é como todas as pequenas cidades costeiras da Escandinávia. Bonita, com umas casas baixas, antigas e conservadas. 3 ruas, 4 pizzarias de sírios e curdos, uma paisagem magnífica e um mar que ninguém usa porque faz o frio de Vila Praia de Âncora parecer o Índico.
Também tem gente, claro. Aí umas 50 000 pessoas ali a viver nos limites do Ártico. Sol durante 24h no verão, noite sem parar no inverno. Um daqueles sítios que aparece nos sonhos e nos postais de quem nunca atravessou a peninsula ibérica. Para quem virou frangos nestas paragens, anos a fio, nem os documentários sobre a pesca de camarão na Netflix consegue mais tolerar.
Entre aquelas 50 000 pessoas há um conjunto de 1000 que joga à bola. 960 fazem umas partidas entre solteiros e casados, às sextas, só para manter a barriga decente e os restantes 40, vestem uns equipamentos iguais e vão para um estádio, fazer mais uns treinos e participar na primeira divisão norueguesa. Esses rapazes são conhecidos como Bodo-Glimt e nos seus 108 gloriosos anos de história, venceram o campeonato local por duas vezes. Duas.
Ganharam recentemente ao FC Porto, manifesto candidato a vencer a Liga Europa, num jogo em que passaram boa parte do tempo com um homem a menos.
Azares acontecem e todos temos os nossos Bodos, Lask Linzes e Basileias. Depois de um ano a apanhar borboletas com o Schmidt, não me verão a criticar a casa alheia. Mas a comunicacão social...então rapaziada? O que é que se passa? Que dificuldade é essa em relatar o que se passou?
Nunca gostei de ver jornalistas e/ou comentadores que se prestassem ao triste papel de ministro da informacão iraquiano, o tal que dizia que os americanos nunca lá chegariam, com eles já a pedirem big macs à entrada de Bagdad.
Em tempos o Benfica teve alguns idiotas desses (Pedro Guerra, o Ventura antes de apostar no pastoreio, entre outros) que honestamente me davam vergonha alheia de cada vez que abriam a boca. Embora o desporto seja um tema menor, não gosto de ver agendas em vez de informacão, tal como não gosto em temas mais sérios, de Gaza ao Donbass, de Beiture ao Iémen.
O Benfica, que não joga grande coisa por esta altura mas voltou a ter 11 jogadores no início de cada partida, venceu, em Belgrado, o Estrela Vermelha. Não é de facto uma equipa muito forte. Tal como o Benfica ainda não tem consistência para muito mais do que isto. Portanto, achei a desvalorizacão dessa vitória, por parte da nossa comunicacão social, mais ou menos normal.
Já achei mais estranho que, à sexta jornada, todos tenham descoberto que o Boavista é, afinal, uma equipa fraquíssima e em dificuldades. O Arouca, o Farense e o Aves, aparentemente, eram adversários de valor (com direito a penalti desbloqueador e tudo). Já o Boavista, o antigo campeão europeu Estrela Vermelha e o Santa Clara, actual quinto classificado da liga, são equipas acessiveis. Tudo bem.
Chegamos pois a Bodo e à vergonha de perder contra 10 quase amadores, depois das conferências de imprensa de um candidato ao título onde se discutiam calcões no frio (já fazia isso há 10 anos Vitor, não é original). O que ouco eu, agora, pelos habituais papagaios do regime? "Que quem achava que este Bodo era uma equipa fraca, estava mal informado".
Desculpem? Mal informado? O Bodo que há um mês foi eliminado da liga dos campeões pelo fraquíssimo Estrela Vermelha, passou a ser um colosso depois de ganhar, com menos um em campo, ao FC Porto?
O Bodo, meus amigos, é uma merda. E o Porto, por esta altura, não joga grande coisa. O plantel é fraquinho, como eram os últimos do Conceicão, mas ele fazia omeletes sem ovos. É um facto. Custa muito, por uma ou duas vezes, dizerem aquilo que todos vemos e não andarem a seguir uma agenda que, em resumo, se alimenta de crises do Benfica ou faz o que pode para as criar?
Já enjoa e é um constante tratado de estupidez a quem perde tempo a ouvir estes azeiteiros. Fico contente de já não ter gente como o Pedro Guerra a falar em nome do meu clube mas pergunto-me, se os adeptos das outras cores, ficam confortáveis a ouvir tanta gente a tentá-los convencer de coisas que não aconteceram?
Enfim, é só bola, bem sei, mas a honestidade não deveria escolher assunto. Em especial nos órgãos de comunicacão.
Quanto a Bodo...vão antes à Caparica comer um peixinho na grelha e ver o sol. Duas coisas que não aparecem nos postais dos fiordes.
7 de outubro: os povos do mundo com a resistência palestina. Abaixo o imperialismo!

A importância do 7 de outubro
PicoyPala (Unidade e Luta).— O próximo dia 7 de outubro marcará um ano desde que a Operação “Inundação de Al Aqsa” virou a mesa no cenário mundial, levando a resistência palestina a mostrar as enormes fraquezas da entidade sionista e forçando o imperialismo internacional a mostrar, face à sua crise de dominação, à sua verdadeira face genocida.
O eixo da resistência fez uma demonstração heróica de determinação, de modo que o sionismo ocupante não conseguiu atingir os seus objectivos:
1- Atualmente sofre de descrédito internacional como nunca antes, com a retirada de empresas e projetos do seu território ocupado, uma condenação do Tribunal Penal Internacional, protestos massivos em todo o mundo contra o genocídio, bem como dentro das fileiras da população assentada- Em Israel há dissensões e divisões com o referido genocídio realizado.
2- O exército sionista, longe da sua suposta imagem de invulnerabilidade, sofreu enormes perdas e apresenta limitações no seu equipamento armamentista que necessita urgentemente de ser substituído pelo imperialismo ianque-europeu (as contínuas visitas de Netanyahu aos EUA, em plena ofensiva, demonstram isto).
3- Entretanto, longe de acabar ou mesmo enfraquecer o Eixo da Resistência, não só não infligiu danos graves à sua capacidade de resposta, nem à sua liderança e direção político-militar. Mas leva a cabo um confronto firme a todos os níveis contra o imperialismo ianque-sionista e os seus capangas. Ser capaz de manter o Mar Vermelho praticamente desativado como rota de abastecimento sionista (Iémen), respondendo aos ataques sionistas, tanto através de grupos de resistência no Líbano e no Iraque como nos estados do Irão e da Síria (como a recente resposta do Irão e do Hezbollah à ataques sionistas no território do Irão e do Líbano), como sendo um verdadeiro inferno para as tropas do exército sionista, através das ações da resistência dentro do território palestino ocupado.
4- A resistência está mais unida do que nunca e a sua determinação para a vitória e a sua forte união com o povo palestiniano e os povos da região que enfrentam a violência sionista-imperialista é cada vez maior, devido às fragilidades que o sionismo demonstra. Agente colono agressivo que nunca havia sido questionado e respondido dessa forma.
Nosso maior apoio ao povo palestino: solidariedade, apoio à resistência e combate ao imperialismo em nosso território.
A acção do 7 de Outubro enquadra-se numa compreensão muito clara do actual momento histórico: uma grave crise internacional de dominação do imperialismo, na qual este já não pode continuar a dominar como antes. Portanto, é hora da ofensiva popular.
É necessário que a classe trabalhadora internacional e todos os espaços de solidariedade que surgiram durante estes meses se organizem para avançar a luta contra o imperialismo também a partir de dentro das suas fronteiras. A luta é contra a NATO e as bases ianques no nosso território, é contra o aumento dos gastos militares, contra as políticas de sanções aos países soberanos e de ataque aos povos do mundo, contra o aumento da repressão do fascismo e da burguês estatal, através da Lei da Mordaça, do Código Penal aos sindicalistas que se organizam, etc.
A ofensiva genocida levada a cabo pelo sionismo na Palestina é uma ofensiva do imperialismo internacional para manter a sua submissão aos povos combatentes.
O Governo de Espanha, tal como o resto da social-democracia internacional, ataca o povo palestiniano de forma oculta e convence a opinião pública internacional de que o povo palestiniano deve ser dividido da sua resistência, mantendo ao mesmo tempo o comércio de armas e a logística, o apoio ao sionismo através de navios de guerra, utilizando os nossos portos para abastecimento sionista, aumentando o orçamento militar e o compromisso com a NATO...
A proximidade do dia 7 de Outubro deverá ser um incentivo para mobilizar, organizar e apoiar os apelos à denúncia do genocídio do sionismo contra o povo palestiniano e ao apoio ao Eixo da Resistência. Da militância do PCPE trabalharemos para isso em cada território. Nesse sentido, nestas linhas saudamos o apelo sindical a uma greve geral de 24 horas em Espanha, para o próximo dia 27 de setembro, pelo fim do genocídio e do Apartheid na Palestina. Iniciativas que apelam à classe trabalhadora para ocupar o centro das atenções como classe de solidariedade internacional.
O estopim que foi aceso pelo Eixo da Resistência no dia 7 de Outubro culminará na derrota retumbante de mais de 500 anos de dominação colonial e no colapso do imperialismo, se estivermos determinados a organizar-nos e a lutar com a mesma determinação pela vitória que o povo . Palestino.
Por um único Estado palestino de água em água! Viva a Palestina Livre e o Eixo da Resistência!
Fonte: Unidadylucha.es
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Crimes de Israel
Genocídio do povo palestino
Resistência
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
ONU e OMS coordenam experimento massivo de vacina contra a POLIOMIA em 640.000 crianças palestinas deslocadas

As Nações Unidas, (ONU), União Europeia (UE) e Organização Mundial da Saúde (OMS) estão pedindo um cessar-fogo em Gaza – mas não estão interessadas em acabar com a guerra e fornecer as necessidades básicas para os palestinos. Em vez disso, essas entidades globais estão procurando explorar as 640.000 crianças deslocadas e desnutridas – usando-as como ratos experimentais em um experimento massivo de vacina contra a POLIO. Este experimento de vacina contra a poliomielite é projetado para eliminar cepas de poliomielite derivadas da vacina , que são atualmente a forma mais comum de poliomielite circulando no mundo. Pior, o programa de vacinação em massa causará poliomielite de provocação – incapacitando uma certa porcentagem das crianças e deixando seus sistemas imunológicos vulneráveis a outras infecções.
À medida que as comunidades palestinas entram em colapso – com esgoto, entulho e sangue acumulando em sua água potável – a única coisa que os governos globais conseguem pensar é um plano para reunir as crianças e vaciná-las! Esqueça que elas estão em modo de sobrevivência, morrendo de fome, feridas e vivendo na sujeira, sem acesso à nutrição ou assistência médica.
Mesmo com as instalações de saúde destruídas, a OMS está mais interessada em vacinar crianças
As ações militares israelenses tiveram um efeito devastador na infraestrutura de saúde de Gaza. Restrições impostas pelos militares israelenses prejudicaram severamente o sistema de saúde do território. Atualmente, apenas cerca de um terço dos hospitais de Gaza estão operacionais, e 40% das unidades de saúde primárias estão funcionando com capacidade mínima. Isso deixou muitos moradores sem acesso a serviços médicos essenciais, agravando as condições já terríveis.
Mas nem mesmo essas necessidades são o ponto focal. O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, pediu um “cessar-fogo humanitário imediato de 3 dias” para revacinar as crianças. Ele exige acesso a Gaza “independente de negociações mais amplas”.
Em resposta à crescente crise humanitária, Israel concordou com uma pausa temporária na guerra para permitir a entrega de vacinas contra a poliomielite para Gaza. O carregamento de vacinas, que consiste em 1,25 milhão de doses, tem a intenção de cobrir mais da metade da população de Gaza, incluindo aproximadamente 640.000 crianças.
Israel, que anteriormente bloqueou alimentos e assistência médica para Gaza, permitirá que a OMS e a UNICEF saiam às ruas e vacinem dezenas de milhares de crianças. Esta ação é justificada, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, porque uma criança de 10 meses em Deir al-Balah testou positivo para o vírus da poliomielite tipo 2. Foi o primeiro caso de poliomielite em Gaza desde meados da década de 1990. Autoridades globais de saúde estão aproveitando isso como uma oportunidade para movimentar mais de um milhão de unidades de vacina e revacinar uma população que está desesperada e vulnerável a qualquer resposta global.
Exploração infantil e controlo populacional, disfarçados como um acto humanitário
A campanha de vacinação está sendo realizada em cooperação com várias organizações, incluindo UNICEF, OMS e UNRWA (a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina). Sam Rose, um alto funcionário da agência, reconheceu que a operação deve ser altamente desafiadora devido ao conflito em andamento e às difíceis condições enfrentadas pelos profissionais de saúde e pela população local.
O foco atual na vacinação não aborda a crise humanitária mais ampla que Gaza enfrenta. O conflito criou um ambiente de extrema privação, com impactos significativos na segurança alimentar, saneamento e saúde geral. Muitas crianças em Gaza estão sofrendo de desnutrição e sistemas imunológicos comprometidos , tornando-as mais suscetíveis a infecções e doenças.
Estudos mostram que certos tipos de vacinas contra a poliomielite podem levar a complicações, incluindo poliomielite paralítica associada à vacina (PPAV), principalmente em ambientes com saneamento precário e infraestrutura de saúde inadequada.
Uma vez que esta missão de vacinação esteja completa em Gaza, espera-se que Israel volte a bombardear a região, já que sistemas imunológicos danificados, sistemas nervosos e poliomielite paralítica associada à vacina cobram seu preço. A campanha de vacinação é um ato global de sinalização de virtude que usa as crianças palestinas como adereços. A campanha de vacinação é realmente apenas exploração infantil, um esforço frio e calculado que ignora o que as crianças palestinas realmente precisam, e representa uma tentativa velada de maior controle populacional.
Médicos em Gaza gritam contra o massacre em massa de crianças por Israel
As fontes incluem:
Brighteon.com
terça-feira, 27 de agosto de 2024
O empresário Kim Dotcom, ex-proprietário do Megaupload (maior site de compartilhamento de arquivos), indicou que os EUA estão perdendo posições devido ao envolvimento em uma série de conflitos no mundo, enfatizando o desenvolvimento do bloco econômico BRICS no cenário internacional .
“O império dos EUA acelerou o seu declínio inevitável com a guerra por procuração na Ucrânia, a transformação do dólar americano em armas, o roubo de activos estrangeiros, o genocídio em Gaza e a desastrosa manipulação de marionetas de funcionários da UE para se prejudicarem”, escreveu o activista germano-finlandês. em sua conta X na segunda-feira “Os BRICS são o novo jogo na cidade graças a [Joe] Biden/[Kamala] Harris ”, acrescentou.
Na semana passada, o Azerbaijão apresentou um pedido oficial de adesão aos BRICS, tal como o fez a Malásia no final de Julho. Formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul , o bloco aceitou a entrada de novos membros no dia 1º de janeiro, quando aderiram Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Em 15 de agosto, o ministro da Justiça da Nova Zelândia, Paul Goldsmith, assinou a ordem de extradição de Kim Dotcom para os Estados Unidos. O empresário parecia antecipar isso em publicação anterior. “O sistema americano de dívida e impressão de dinheiro está em colapso. O Ocidente caminha para um deserto económico. O Médio Oriente está em chamas. A Rússia domina a Ucrânia e a NATO. Os BRICS estão a pôr fim à hegemonia dos EUA e à falsa “ordem baseada em regras” . “Os fantoches dos EUA estão a falhar em todo o lado”, observou.
Fonte: current.rt.com
Tópicos:
BRICS
OTAN
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
ESPECIAL - PÁGINA UM REVELA PRIMEIROS DADOS (AINDA PARCIAIS) APÓS ACÓRDÃO DO TRIBUNAL
Vacinas contra a covid-19: Infarmed escondeu mortes verdadeiramente fulminantes
https://paginaum.pt/.../vacinas-contra-a-covid-19.../
Não são apenas (umas poucas) vidas destruídas por sequelas associadas às vacinas contra a covid-19, como mostraram recentes reportagens dos canais televisivos TVI e CMTV. Na verdade, há muitas pessoas que perderam literalmente a vida de forma fulminante, cujos desfechos foram escondidos pelas autoridades, mais interessadas em atingir objectivos máximos de vacinação, estratégia defendida com ‘unhas e dentes’ pelo coordenador da ‘task force’ Gouveia e Melo. Em resultado de uma ‘luta’ de 32 meses, contra advogados pagos a ‘peso de ouro’ pelo Infarmed, o PÁGINA UM conseguiu um acórdão do Tribunal Central Administrativo Sul para aceder à base de dados das reacções adversas (Portal RAM), mas o regulador do medicamento, presidido por Rui Santos Ivo, não o quer cumprir na íntegra. O Infarmed insiste em mutilar e omitir diversas variáveis, e ainda só disponibilizou os dados do primeiro ano do programa de vacinação. Mesmo assim, aquilo que já se vê é assustador: não apenas ocorreram mortes fulminantes, algumas poucos minutos após a administração das doses, como se salienta que as autoridades negligenciaram o apuramento das causas de muitas fatalidades, sendo provável um elevado grau de subnotificação. O PÁGINA UM revela, por agora, nesta notícia em edição especial, a ponta de um (escandaloso) icebergue.
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sexta-feira, 26 de julho de 2024
quarta-feira, 17 de julho de 2024
O AFINADO CRONÓMETRO RUSSO, ANTECIPA O DIAPASÃO DE 2025, NO SEGUIMENTO DO MOMENTO ÓMEGA EM CURSO.
O candidato republicano nas eleições dos Estados Unidos, Donald Trump, tem ao seu dispor uma visão antecipada de eventuais negociações com a Rússia, seguindo-se a uma vitória em 2024.
A intervenção do Ministro das Relações Exteriores da Rússia, no Conselho de Segurança da ONU a 16 de Julho, ao antecipar, procura equacionar uma visão da ONU no interesse de toda aa humanidade!...
Uma visão num quadro das articulações emergentes multinodais pode ser uma bitola acima das possibilidades de Trump, todavia ela joga sabendo que Trump vai precisar de se dedicar muito mais às questões internas do que em relação ao que se passa muito para lá das fronteiras dos estados unidos!...
Que grau de flexibilidade vai ser possível em 2025 (considerando que Trump ganhe as eleições), dum lado e de outro, sabendo que do lado dos emergentes o diálogo para busca de consensos é fundamental, coisa que os Estados unidos absorvidos no seu protagonismo de império da hegemonia unipolar, está habituado e minimamente temperado!...
A "formatação" mental de Trump entre as questões internas e as externas, está a ser formulada, todavia ele e sua equipa podem não ser suficientes para fazer face à barbárie e ao colapso pré-anunciado!...
A partir de 2025 tudo pode começar a ser como nunca antes em termos de mudança de paradigma para uma nova era, com o começo do fim do império e a libertação da humanidade no horizonte!...
CONSTATEM O EXERCÍCIO DE LAVROV NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU:
Discurso do Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre cooperação multilateral no interesse da criação de uma ordem mundial mais justa, democrática e sustentável, Nova York, 16 de julho de 2024
1342-16-07-2024
Gostaria de dar calorosas boas-vindas aos ilustres altos representantes presentes na Câmara do Conselho de Segurança . A sua participação na reunião de hoje confirma a importância do tema em discussão. De acordo com o Artigo 37 dos procedimentos legais provisórios do Conselho, convido a participar na reunião os representantes da Austrália, Bangladesh, Bielorrússia, Estado Plurinacional da Bolívia, Brasil, Hungria, República Bolivariana da Venezuela, Vietname, Gana, Guatemala, República Dominicana, Egito, Índia, Indonésia, Iraque, República Islâmica do Irã, Cazaquistão, Camboja, Cuba, Kuwait, Maldivas, Marrocos, Nepal, Nicarágua, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Arábia Saudita, Sérvia, República Árabe Síria, Tailândia, Timor -Leste, Turquia, Uganda, Filipinas, Chile, Etiópia e África do Sul.
Com base no artigo 39.º dos procedimentos jurídicos provisórios do Conselho, convido o chefe da delegação da União Europeia na ONU, Sua Excelência S. Lambrinidis, a participar nesta reunião.
O Conselho de Segurança da ONU inicia a consideração do item 2 da agenda. Gostaria de chamar a atenção dos membros do Conselho para o documento S/2024/537 - uma carta do Representante Permanente da Federação Russa junto à ONU, datada de 9 de julho de 2024, dirigida ao Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, transmitindo uma nota conceitual sobre o item em consideração.
Senhoras e senhores,
Vossa Excelência,
Hoje, os próprios fundamentos da ordem jurídica internacional – a estabilidade estratégica e o sistema político mundial centrado na ONU – estão a ser testados quanto à sua força. É impossível resolver os conflitos crescentes sem compreender as suas causas profundas e restaurar a fé na nossa capacidade de unir forças para o bem comum e a justiça para todos.
Sejamos francos: nem todos os Estados representados nesta sala reconhecem o princípio fundamental da Carta das Nações Unidas : a igualdade soberana de todos os Estados. Os Estados Unidos há muito que declaram o seu próprio excepcionalismo através da boca dos seus presidentes. Isto diz respeito à atitude de Washington para com os seus aliados, dos quais exigem obediência inquestionável, mesmo em detrimento dos seus interesses nacionais.
Governe, América! Esta é a essência da notória “ordem baseada em regras” – uma ameaça directa ao multilateralismo e à paz internacional.
Os componentes mais importantes do direito internacional – a Carta das Nações Unidas e as decisões do nosso Conselho – são interpretados pelo “Ocidente colectivo” de forma perversa e selectiva, dependendo das instruções que vieram da Casa Branca. E muitas resoluções do Conselho de Segurança são completamente ignoradas. Entre elas estão a resolução 2202, que aprovou os acordos de Minsk sobre a Ucrânia, a resolução 1031, que aprovou o Acordo de Paz de Dayton na Bósnia-Herzegovina com base no princípio da igualdade dos três povos formadores do Estado e das duas entidades. Podemos falar interminavelmente sobre a sabotagem de resoluções sobre o Médio Oriente - basta olhar para a declaração de E. Blinken numa entrevista à CNN em Fevereiro de 2021, em resposta a uma pergunta sobre o que pensa sobre a decisão da anterior administração dos EUA de reconhecer a propriedade de Israel das Colinas de Golã Sírias. Se alguém não se lembrar, vou refrescar sua memória. Em resposta a esta pergunta, o Secretário de Estado disse: “Legalidades à parte, de um ponto de vista prático, o Golã é muito importante para garantir a segurança de Israel”. E isto apesar do facto de a Resolução 497 do Conselho de Segurança da ONU de 1981, você e eu sabemos bem disso, que não foi revogada, qualificar Israel como uma anexação ilegal das Colinas de Golã. Mas, segundo estas mesmas “regras”, é necessário – citando E. Blinken – “deixar de lado a questão da legalidade”. E, claro, a declaração do Representante Permanente dos EUA, adoptada em 25 de Março deste ano, está fresca na memória de todos. A Resolução 2728, que exige um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, “não é juridicamente vinculativa”. Ou seja, as “regras” americanas são mais importantes que o art. 25 da Carta da ONU.
No século passado, George Orwell, na sua história “Animal Farm”, já previa a essência da “ordem baseada em regras”: “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. Se você cumprir a vontade da hegemonia, tudo lhe será permitido. E se você ousar e começar a defender seus interesses nacionais, será declarado pária e sujeito a sanções.
A política hegemónica de Washington não mudou durante décadas. Sem excepção, todos os esquemas de segurança euro-atlânticos baseavam-se em garantir o domínio dos EUA, incluindo a sua subjugação da Europa e a “contenção” da Rússia. O papel principal foi atribuído à NATO , que acabou por assumir a União Europeia, que foi supostamente criada para os europeus. As estruturas da OSCE foram descaradamente privatizadas, em flagrante violação da Acta Final de Helsínquia.
A expansão imprudente da NATO, apesar dos repetidos avisos de Moscovo ao longo de muitos anos, também provocou a crise ucraniana, começando com o golpe de Estado organizado por Washington em Fevereiro de 2014 para estabelecer o controlo total sobre a Ucrânia, a fim de preparar um ataque à Rússia com o ajuda do regime neonazista levado ao poder. Quando P.A. Poroshenko e depois V.A. Zelensky travaram uma guerra contra seus próprios cidadãos no Donbass, destruíram legislativamente a educação russa, a cultura russa, a mídia russa e a língua russa em geral, proibiram a UOC, ninguém no Ocidente percebeu isso, não exigiu. das suas acusações em Kiev de “manter a decência”, de não violar as convenções internacionais sobre os direitos das minorias nacionais e, na verdade, a própria Constituição da Ucrânia, que exige o respeito por estes direitos. Foi para eliminar ameaças à segurança da Rússia e para proteger as pessoas que se sentem parte da cultura russa e vivem em terras colonizadas pelos seus antepassados durante séculos, para salvá-las do extermínio legislativo e físico que foi lançada uma operação militar especial .
É significativo que, mesmo agora, quando numerosas iniciativas estão a ser apresentadas para um acordo ucraniano, poucas pessoas se lembrem da violação dos direitos humanos e das minorias nacionais por parte de Kiev. Só recentemente é que os documentos da UE sobre o início das negociações de adesão da Ucrânia formularam um requisito correspondente, principalmente graças à posição de princípio e persistente da Hungria. No entanto, as reais possibilidades e o desejo de Bruxelas de influenciar o regime de Kiev são questionáveis.
Instamos todos os que demonstram um interesse sincero em superar a crise na Ucrânia a terem em conta nas suas propostas a questão fundamental dos direitos de todas as minorias nacionais, sem excepção. O seu silêncio desvaloriza as iniciativas pacíficas, e a política racista de V.A. Zelensky recebe de facto aprovação. É característico que em 2014 (há dez anos) V.A. Zelensky tenha dito: “Se no leste da Ucrânia e na Crimeia as pessoas querem falar russo, saiam do gancho, deixem-nos em paz, deixem-nos legalmente falar russo. A língua nunca dividirá nosso país natal.” Desde então, Washington reeducou-o com sucesso e, já em 2021, V.A. Zelensky, numa das suas entrevistas, exigiu que aqueles que se sentem envolvidos na cultura russa se mudassem para a Rússia, pelo bem do futuro dos seus filhos e netos.
Apelo aos proprietários do regime ucraniano: forcem-no a cumprir o art. 1.3 da Carta das Nações Unidas, que garante os direitos e liberdades fundamentais de todas as pessoas “sem distinção de raça, sexo, língua ou religião”.
Caros colegas,
A guerra que desencadeou contra a Rússia pelas mãos do governo ilegal de Kiev já não é suficiente para a Aliança do Atlântico Norte; Tendo destruído quase totalmente os acordos fundamentais no domínio do controlo de armas, os Estados Unidos continuam a intensificar o confronto. Recentemente, numa cimeira em Washington, os líderes dos países da aliança confirmaram as suas pretensões a um papel de liderança não só na região euro-atlântica, mas também na região da Ásia-Pacífico. Declara-se que a NATO ainda se pauta pela tarefa de proteger o território dos seus membros, mas para isso, dizem, é necessário estender o domínio da aliança a todo o continente euro-asiático e zonas marítimas adjacentes.
A infra-estrutura militar da OTAN está a deslocar-se para o Pacífico com o objectivo óbvio de minar a arquitectura centrada na ASEAN que foi construída ao longo de muitas décadas com base nos princípios da igualdade, consideração de interesses mútuos e consenso. Para substituir os mecanismos inclusivos criados em torno da ASEAN, os Estados Unidos e os seus aliados estão a formar blocos de confronto fechados a eles subordinados, como a AUCUS e outros vários “quatros” e “troikas”. Outro dia, o vice-chefe do Pentágono, C. Hicks, disse que os Estados Unidos e os seus aliados “devem preparar-se para guerras prolongadas, e não apenas na Europa”.
Para “conter” a Rússia, a China e outros países cujas políticas independentes são vistas como um desafio à hegemonia, o Ocidente, com as suas acções agressivas, está a quebrar o sistema de globalização que foi originalmente formado de acordo com os seus próprios padrões. Washington fez tudo para explodir (incluindo literalmente, organizando ataques terroristas aos gasodutos Nord Stream) os alicerces da cooperação energética mutuamente benéfica entre a Rússia e a Alemanha e a Europa como um todo. Berlim então permaneceu em silêncio. Hoje assistimos a outra humilhação para a Alemanha, cujo governo se submeteu inquestionavelmente à decisão dos EUA de instalar mísseis terrestres americanos de médio alcance em território alemão. O chanceler alemão O. Scholz disse inocentemente: “Os Estados Unidos decidiram implantar sistemas de ataque de alta precisão na Alemanha, e esta é uma boa decisão”. Os EUA decidiram.
E com tudo isto, o Sr. J. Kirby, coordenador para questões de comunicação social em Washington, em nome do Presidente dos Estados Unidos, declara: “Não estamos a lutar por uma terceira guerra mundial. Isto teria consequências terríveis para o continente europeu." Como se costuma dizer, um deslize freudiano: Washington está convencido de que não serão os Estados Unidos que sofrerão com uma nova guerra global, mas sim os seus aliados europeus. Se a estratégia da administração Biden se baseia em tal análise, então esta é uma ilusão extremamente perigosa. Bem, os europeus, é claro, devem compreender o papel suicida que lhes está destinado.
Os americanos, tendo colocado todo o Ocidente colectivo “sob armas”, estão a expandir a guerra comercial e económica com os indesejáveis, desencadeando uma campanha sem precedentes de medidas coercivas unilaterais que repercutem, em primeiro lugar, em toda a Europa e levam a uma maior fragmentação do mundo.
Os países do Sul Global na Ásia, África e América Latina estão a sofrer com as práticas neocoloniais dos países ocidentais. Sanções ilegais, numerosas medidas proteccionistas e restrições ao acesso à tecnologia contradizem directamente o multilateralismo genuíno e criam sérios obstáculos à consecução dos objectivos da agenda de desenvolvimento da ONU.
Onde estão todos os atributos do mercado livre que os Estados Unidos e os seus aliados ensinaram a todos durante tantos anos? Economia de mercado, concorrência leal, inviolabilidade da propriedade, presunção de inocência, liberdade de circulação de pessoas, bens, capitais e serviços - hoje tudo isto foi atirado ao lixo. A geopolítica enterrou as leis do mercado que antes eram sagradas para o Ocidente. Ouvimos recentemente exigências públicas de responsáveis dos EUA e da UE para que a China reduza o “excesso de produção” nas indústrias de alta tecnologia, uma vez que o Ocidente começou a perder as suas vantagens a longo prazo nessas indústrias. Agora, em vez de princípios de mercado, existem essas mesmas “regras”.
Caros colegas,
As ações dos Estados Unidos e dos seus aliados interferem na cooperação internacional e na construção de um mundo mais justo, tomam como reféns países e regiões inteiras, impedem as pessoas de concretizar os direitos soberanos consagrados na Carta das Nações Unidas e desviam a atenção do tão necessário trabalho conjunto para resolver conflitos no Médio Oriente, em África e noutras regiões, para reduzir a desigualdade global, eliminar as ameaças do terrorismo e da criminalidade ligada às drogas, da fome e das doenças.
Estou convencido de que esta situação pode ser corrigida - claro, se houver boa vontade. Para travar o desenvolvimento de acontecimentos num cenário negativo, gostaríamos de propor à discussão uma série de medidas que visam restaurar a confiança e estabilizar a situação internacional.
1. É necessário eliminar de uma vez por todas as causas profundas da crise que eclodiu na Europa. As condições para estabelecer uma paz sustentável na Ucrânia foram delineadas pelo Presidente da Federação Russa V.V. Putin, não as repetirei.
Um acordo político e diplomático deve ser acompanhado de medidas concretas para eliminar as ameaças à Federação Russa que emanam da direcção ocidental e euro-atlântica. Ao chegar a acordo sobre garantias e acordos mútuos, será necessário ter em conta as novas realidades geoestratégicas no continente euro-asiático, onde está a ser formada uma arquitectura continental de segurança verdadeiramente igual e indivisível. A Europa corre o risco de ficar para trás neste processo histórico objectivo. Estamos prontos para encontrar um equilíbrio de interesses.
2. A restauração do equilíbrio de poder regional e global deve ser acompanhada por esforços activos para resolver as desigualdades na economia global. Num mundo multipolar, por definição, não deveria haver monopolistas na regulação monetária e financeira, no comércio ou na tecnologia. Este ponto de vista é compartilhado pela grande maioria dos membros da comunidade mundial. De particular importância é a rápida reforma das instituições de Bretton Woods e da OMC, cujas actividades deverão reflectir o peso real dos centros não-ocidentais de crescimento e desenvolvimento.
3. Devem ocorrer mudanças sérias e qualitativas noutras instituições de governação global se quisermos que funcionem para o benefício de todos. Em primeiro lugar, isto diz respeito à nossa Organização, que ainda, apesar de tudo, é a personificação do multilateralismo, tem uma legitimidade única e universal e uma amplitude de competências geralmente reconhecida.
Um passo importante para restaurar a eficácia da ONU seria que todos os seus membros reafirmassem o seu compromisso com os princípios da Carta da ONU, e não selectivamente, mas na sua totalidade e interligação. Podemos pensar juntos sobre que forma essa reconfirmação poderia assumir.
O Grupo de Amigos em Defesa da Carta da ONU, formado por iniciativa da Venezuela, está trabalhando muito. Convidamos todos os países que mantêm a fé no Estado de direito internacional a juntarem-se ao seu trabalho.
Um elemento-chave da reforma da ONU deveria ser uma mudança na composição do Conselho de Segurança, embora isto por si só não permita um trabalho produtivo, a menos que haja um acordo básico sobre o modus operandi entre os membros permanentes. Esta consideração, no entanto, não anula o imperativo de eliminar os desequilíbrios geográficos e geopolíticos no Conselho de Segurança, onde hoje os países do Ocidente colectivo estão claramente sobre-representados. Alcançar o acordo mais amplo possível sobre os parâmetros específicos da reforma para fortalecer a representação da Ásia, da África e da América Latina é um passo há muito esperado.
Também são necessárias mudanças na política de pessoal do Secretariado, a fim de eliminar o domínio dos cidadãos e súditos dos países ocidentais nas estruturas administrativas da Organização. O Secretário-Geral e sua equipe estão obrigados a observar rigorosamente, sem quaisquer exceções, os princípios de imparcialidade e neutralidade, conforme prescrito no art. 100 da Carta das Nações Unidas, que não nos cansamos de recordar.
4. Além da ONU, outras associações multilaterais são chamadas a contribuir para o fortalecimento dos princípios multipolares da vida internacional. Entre eles está o G20, que inclui tanto os países da maioria mundial como os estados ocidentais. O mandato do G20 é estritamente limitado a questões de economia e desenvolvimento, por isso é importante que um diálogo substantivo nesta plataforma esteja livre de tentativas oportunistas de introduzir temas geopolíticos. Caso contrário, arruinaremos esta plataforma útil.
Os BRICS e a Organização de Cooperação de Xangai desempenham um papel cada vez mais importante na construção de uma ordem multilateral justa baseada nos princípios da Carta das Nações Unidas . Reúnem países que representam diferentes regiões e civilizações, cooperando com base na igualdade, no respeito mútuo, no consenso e em compromissos mutuamente aceitáveis - o “padrão ouro” da interacção multilateral envolvendo grandes potências.
Associações regionais como a CEI , a CSTO , a EAEU , a ASEAN, o CCG, a Liga Árabe, a União Africana e a SELAC são de importância prática para o estabelecimento da multipolaridade. Vemos como uma tarefa importante estabelecer laços diversos entre eles, inclusive envolvendo o potencial da ONU. A presidência russa do Conselho dedicará uma das suas próximas reuniões à interação entre a ONU e as organizações regionais da Eurásia.
Caros colegas,
Falando no fórum parlamentar do BRICS em 9 de julho deste ano. em São Petersburgo, o presidente russo V.V Putin disse: “A formação de uma ordem mundial que reflita o verdadeiro equilíbrio de poder é um processo complexo e, em muitos aspectos, até doloroso”. Acreditamos que as discussões sobre este tema devem ser construídas sem cair em polémicas infrutíferas, com base numa análise sóbria de todo o conjunto de factos. É necessário, antes de tudo, restaurar a diplomacia profissional, a cultura do diálogo, a capacidade de ouvir e ouvir, e manter canais de comunicação de crise. As vidas de milhões de pessoas dependem da capacidade dos políticos e dos diplomatas de formular algo como uma visão partilhada do futuro. Se o nosso mundo será diverso e justo depende apenas dos países membros.
Deixe-me enfatizar mais uma vez que existe um ponto de apoio – esta é a Carta da nossa Organização. Se todos, sem excepção, seguirem o seu espírito e letra, então as Nações Unidas serão capazes de ultrapassar as diferenças actuais e chegar a um denominador comum na maioria das questões. O “fim da história” não aconteceu. Trabalhemos juntos para iniciar a história do verdadeiro multilateralismo, refletindo toda a riqueza da diversidade cultural e civilizacional dos povos do mundo. Convidamos você para uma discussão, é claro, só deve ser honesta.
https://www.mid.ru/ru/foreign_policy/news/1962040/

segunda-feira, 15 de julho de 2024
David E. Martin talk in the 3rd International Covid Summit | European Un...
O facto é que a COVID-19 é um desastre causado pelo homem e os responsáveis devem ser responsabilizados.
Chame uma Comissão Real agora!
Este vídeo de quase 23 minutos é da 3a Cimeira Internacional da COVID | Maio de 2023
Para citações, veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mfLycFHBsro
sábado, 13 de julho de 2024
Maria Zakharova: Quem viola grosseiramente a lei internacional é o governo nazista de Kiev

quarta-feira, 10 de julho de 2024
terça-feira, 9 de julho de 2024
Nebenzya: Ucranianos atacam um hospital infantil em Kiev

Nebenzya: Moscou aguarda uma reação de Oslo ao incidente em Kiev com o uso de NASAMS
Um hospital infantil em Kiev foi atingido por um míssil disparado por tropas ucranianas de um sistema de mísseis antiaéreos norueguês NASAMS, disse o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, em uma reunião do Conselho de Segurança.
“Também estamos aguardando uma reação das autoridades norueguesas, que, aparentemente, forneceram à camarilha de Zelensky uma instalação do NASAMS. Autorizarom que fosse usado para atacar um hospital infantil, e também para ser colocado em áreas residenciais em violação de. lei humanitária internacional?" - perguntou-se o diplomata russo.
Como informou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, em 9 de julho , já foi confirmado que um míssil de defesa aérea NASAMS atingiu um prédio no território do hospital infantil Okhmatdyt, em Kiev.
NASAMS é um sistema móvel de defesa aérea projetado para combater alvos aerodinâmicos em manobras em baixas e médias altitudes. Desenvolvido pela empresa norueguesa Kongsberg Defense & Aerospace em conjunto com a americana Raytheon.
Nebenzya observou que os militares russos atacaram de facto instalações industriais militares na Ucrânia ; um dos alvos em Kiev foi a fábrica de Artem, parte da preocupação Ukroboronprom ; É um dos principais fabricantes de mísseis, armas e munições para aeronaves. O empreendimento está localizado a aproximadamente dois quilômetros do hospital Okhmatdyt.
Como enfatizou o diplomata, há todos os motivos para acreditar que o míssil de defesa aérea ucraniano que atingiu o hospital se destinava a interceptar o míssil russo que atingiu a fábrica.
O Ministério da Defesa russo informou que as declarações sobre um ataque deliberado a alvos civis na Ucrânia não são verdadeiras; O departamento lembrou que esta não é a primeira vez que Kiev recorre a tais provocações. Numerosas fotos e vídeos publicados de Kiev confirmam claramente o fato da destruição devido à queda de um míssil de defesa aérea ucraniano lançado de um sistema de mísseis antiaéreos dentro da cidade, enfatizou o Ministério da Defesa.
Ale Kunz www.mid.ru
quinta-feira, 4 de julho de 2024
O que Putin concordou com os seus parceiros em Astana

A capital do Cazaquistão acolhe uma cimeira de dois dias da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Naturalmente, com a participação de Vladimir Putin. Dedicou o primeiro dia principalmente a reuniões de trabalho bilaterais. A principal coisa que foi dita em Astana está no material da RIA Novosti.
O melhor período da história
A atenção mundial concentrou-se nas negociações entre o presidente russo e o presidente chinês, Xi Jinping. Embora tenham se conhecido há relativamente pouco tempo - em maio, em Pequim, havia algo para discutir. Como sabem, a crescente relação Moscovo-Pequim é muito preocupante para o Ocidente
“Os nossos países estiveram nas origens da Organização de Cooperação de Xangai em 2001”, lembrou Putin. E com a expansão do círculo de participantes, a OCS “reforçou o seu papel como um dos pilares fundamentais de uma ordem mundial global justa”.
“As relações russo-chinesas de parceria abrangente e interação estratégica estão a viver o melhor período da sua história”, disse o presidente. “Elas são construídas sobre os princípios de igualdade, benefício mútuo e respeito pela soberania de cada um”.
A cooperação, esclareceu, não é dirigida contra ninguém. “Não criamos quaisquer blocos ou alianças. Simplesmente agimos no interesse dos nossos povos”, enfatizou Putin.
O comércio está a desenvolver-se, o que foi observado durante a sua visita de Maio a Pequim. “E hoje podemos afirmar isso mais uma vez. No primeiro semestre vemos uma dinâmica positiva”, esclareceu. As mesmas tendências ocorrem no setor do turismo: de janeiro a maio, mais de 260 mil pessoas aproveitaram apenas o turismo de grupo sem visto.
Em geral, a interação entre Moscou Pequim “é um dos principais fatores estabilizadores na arena internacional”, concluiu o presidente.
“As reuniões à margem dos eventos multilaterais não são apenas uma boa tradição entre nós, mas também a personificação do alto nível das relações sino-russas”, disse o presidente Xi, por sua vez.E acrescentou: “No contexto de uma situação internacional e de um ambiente externo nada simples, precisamos continuar comprometidos com a amizade”.Os chefes de estado conversaram cara a cara durante quase uma hora. A agenda internacional também foi discutida. “A propósito, no contexto da Ucrânia, foi claramente notada a futilidade de quaisquer formatos sem a participação russa”, disse o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, sobre o conteúdo das negociações.
Turismo e usinas nucleares
Outro encontro que claramente preocupa o Ocidente é com Recep Tayyip Erdogan. Ancara tem o estatuto de parceiro de diálogo na SCO.“Apesar de todas as dificuldades da situação actual no mundo, as relações entre a Rússia e a Turquia estão, no entanto, a desenvolver-se progressivamente”, observou Putin. “Notámos um ligeiro declínio no volume de negócios nos últimos meses, mas permanece num nível bastante elevado. nível - US$ 55 bilhões.”Todos os principais projetos conjuntos estão sendo implementados. Bons resultados no sector do turismo. “Durante o ano passado, provavelmente vimos um número recorde dos nossos turistas na Turquia – 6,3 milhões”, disse o presidente citando estatísticas. E agradeceu ao colega pelas condições criadas para os russos.
“É claro que continuamos a trabalhar ativamente em uma série de áreas importantes da política internacional, estamos em contato constante com vocês e nossos ministérios e departamentos trocam constantemente informações, coordenam posições em áreas-chave”, enfatizou Putin.Erdogan recordou a construção conjunta da central nuclear de Akkuyu, sendo a próxima na fila uma central nuclear em Sinop. “Acredito que medidas sérias serão seguidas”, disse ele. E convidou o seu colega russo para ir à Turquia “o mais rapidamente possível”.Eles também passaram cerca de uma hora a portas fechadas. Segundo o gabinete do Presidente turco, discutiram a situação na Síria, bem como no Médio Oriente e na Ucrânia.
US$ 30 bilhões
Putin reuniu -se separadamente com o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev. O chefe do país anfitrião da cimeira da SCO convidou o líder russo a fazer outra visita em Novembro deste ano, combinando-a com a participação numa reunião do Conselho Supremo da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO).
“Acredito que isto é simplesmente necessário para manter o ímpeto da cooperação entre os nossos países. Espero vê-los novamente - agora numa visita de Estado ao nosso país”, observou Tokayev.“Gostaria de expressar minha gratidão a você pelo convite para visitar o Cazaquistão em uma visita de estado. É claro que é mais racional fazer isso em conexão com a cúpula do CSTO. Obrigado pelo convite - é, claro,. aceito”, respondeu Putin.“Estamos em contacto constante”, recordou o presidente russo. “O volume de negócios do comércio atingiu quase 30 mil milhões de dólares. A Rússia continua a ser um dos principais parceiros comerciais e económicos do Cazaquistão.Tokayev avaliou a cooperação bilateral como se desenvolvendo “em linha ascendente”. O Presidente do Cazaquistão sublinhou que controla pessoalmente a implementação dos acordos e acordos alcançados durante a visita de Putin à república em Novembro do ano passado. “Em essência, eles personificam a natureza estratégica da interação entre os nossos estados”, disse ele.
Agressores japoneses, Norte-Sul e petróleo
A Mongólia é observadora na SCO. Moscovo é um dos principais parceiros comerciais de Ulaanbaatar: Putin e Ukhnaagiin Khurelsukh tinham muito que conversar . O líder russo tradicionalmente recorreu à história: “Este ano celebramos uma data marcante: 85 anos da vitória sobre os agressores japoneses no rio Khalkhin Gol”. Hoje, os países ganharam um “bom ritmo” no comércio, apesar de uma ligeira queda em 2023.
Com o Presidente do Azerbaijão (parceiro de diálogo) Ilham Aliyev, Putin discutiu o volume de negócios comercial (um aumento de 13 por cento no primeiro semestre do ano), a cooperação humanitária e projectos de infra-estruturas. “Claro que aqui a conhecida rota Norte-Sul vem em primeiro lugar”, esclareceu.
“Estamos determinados a expandir a infraestrutura do corredor no território do Azerbaijão”, respondeu Aliyev. Além disso, “há novas ideias no setor energético”, “as estruturas relevantes estão em constante contacto”.
Numa conversa com o primeiro-ministro do Paquistão (na SCO desde 2017) Shahbaz Sharif, o presidente russo destacou duas áreas : energia e negócios agroindustriais. Moscou está pronta para aumentar o fornecimento de energia; cada vez mais grãos vão para o mercado paquistanês. “Recebemos petróleo do seu grande país, estamos muito gratos por isso. Devemos continuar a seguir este caminho”, confirmou Sharif.
O programa do segundo dia da cimeira inclui uma sessão plenária e uma reunião no formato SCO plus, para a qual são convidados chefes de estados observadores e parceiros de diálogo, chefes de organizações internacionais. Além disso, a Bielorrússia será admitida na SCO. Depois assinarão a Declaração de Astana e outros documentos conjuntos.
Ale Kunz www.mid.ru
terça-feira, 2 de julho de 2024
O que significa a vitória da direita na primeira volta na França?

O partido Rally Nacional de Marine Le Pen venceu o primeiro turno das eleições parlamentares antecipadas na França. Segundo o Ministério da Administração Interna da República, esta força política obteve 33,15% dos votos. Em segundo lugar ficou a aliança de forças de esquerda “Nova Frente Popular” (27,99%), e em terceiro lugar ficou a coligação presidencial “Juntos pela República” (20,76%). A composição final do parlamento será determinada durante o segundo turno. Segundo analistas, os resultados da primeira fase de votação indicam o fim da “era do Macronismo” na Quinta República.
O partido de direita Reunião Nacional venceu o primeiro turno das eleições parlamentares antecipadas na França com 33,15% dos votos. Isto é evidenciado pelos dados publicados pelo Ministério da Administração Interna da república.
Em segundo lugar ficou a aliança de forças de esquerda “Nova Frente Popular” - 27,99% dos eleitores votaram a favor. A coligação presidencial “Juntos pela República” ficou em terceiro lugar, com 20,76%. O Partido Republicano terminou em quarto lugar com 10,23%. O restante obteve pontuação inferior a 4%.
A participação eleitoral foi de 66,71%, um aumento de 19,2 pontos percentuais em relação a 2022, quando a participação eleitoral foi a mais baixa da história da Quinta República.
Um deputado é eleito para a Assembleia Nacional por cada um dos 577 círculos eleitorais. O vencedor é o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos. Se não houver um vencedor claro na votação, é realizado um segundo turno no distrito, no qual os dois líderes da disputa, bem como os candidatos que obtiveram mais de 12,5% dos votos no primeiro turno, podem participar.
Já se sabe que 39 deputados do Comício Nacional, incluindo a líder da facção Marine Le Pen, entrarão no parlamento - venceram o primeiro turno.
A Nova Frente Popular trouxe 32 deputados ao parlamento, enquanto a coligação do Presidente Emmanuel Macron garantiu apenas dois assentos. Outra vaga foi para o candidato do Partido Republicano.
O destino dos restantes mandatos de deputado será determinado em 7 de julho, durante o segundo turno das eleições.
Recorde-se que foi marcada uma votação antecipada depois de Macron ter decidido, em 9 de junho, dissolver a Assembleia Nacional devido à derrota dos seus apoiantes nas eleições para o Parlamento Europeu (PE). A direita ganhou a votação então.
Segundo o chefe do Centro de Estudos Franceses do Instituto da Europa da Academia Russa de Ciências , Yuri Rubinsky, os resultados da votação de 30 de junho "confirmaram as tendências que surgiram nas eleições para o Parlamento Europeu". Tal resultado, acredita o especialista, indica “insatisfação com os resultados do reinado de sete anos de Macron”.
“Entre as razões deste resultado, destaca-se a política migratória, à qual a Associação Nacional há muito se opõe. Vários problemas económicos também desempenharam um papel. Neste tema, a direita conseguiu angariar o apoio de categorias da população socialmente desfavorecidas, incluindo trabalhadores e empregados menores”, explicou o analista.
Segundo o secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov , a liderança da direita nas eleições em França reflecte as tendências europeias.
O presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, compartilha um ponto de vista semelhante . Ele traçou um paralelo entre as baixas avaliações de Joe Biden e Emmanuel Macron. Na sua opinião, os cidadãos dos Estados Unidos e da França “fazem a sua escolha a favor da prossecução de uma política de orientação nacional, defendendo o desenvolvimento das suas economias e a necessidade de resolver as questões de segurança global”.
“Há um grande perigo de divisão”
O Presidente da França, via de regra, nomeia o primeiro-ministro da maior facção do parlamento. Para garantir a maioria na Câmara, o Rally Nacional precisa receber 289 assentos. Porém, até o momento, segundo diversas previsões, de acordo com o resultado do segundo turno, a direita pode ocupar de 240 a 270 cadeiras.
Marine Le Pen já afirmou que o Rally Nacional só formará governo em caso de vitória total. A informação foi confirmada na rede social X pelo líder formal do partido, Jordan Bardella.
“No próximo domingo, se os franceses nos derem maioria absoluta para reconstruir o país, pretendo tornar-me primeiro-ministro de todos os franceses, ouvir todos, respeitar a oposição e lutar pela unidade nacional”, afirmou.
Ele também enfatizou que agora “a França enfrenta uma escolha: ou a extrema esquerda e a ameaça existencial que representam, ou a unidade nacional em torno dos nossos valores e da nossa identidade”.
No entanto, posteriormente a Associação Nacional suavizou a sua posição relativamente às condições de formação do Gabinete. O vice-presidente do partido, Sebastien Chenu, deixou claro que o partido estaria pronto para assumir o comando do governo se conseguisse criar uma coligação.
Entretanto, a presidente cessante da Assembleia Nacional do partido de Macron, Yael Braun-Pivet, disse que “Juntos pela República” ainda não perde as esperanças de criar a sua própria coligação governante, “na qual todos continuarão a trabalhar para o bem da França, porque agora existe um grande perigo de divisão no país "
Segundo ela, tal associação poderia incluir alguns comunistas e representantes do Partido Republicano.
“Macron já está acabado”
Tendo como pano de fundo a liderança da Associação Nacional de Meios de Comunicação Social em França, discutem se desta vez os restantes partidos conseguirão organizar um “cordão sanitário” - é assim que a república chama os esforços conjuntos de forças políticas com diferentes pontos de vista com o objetivo de impedir que a direita chegue ao poder. Esta prática foi usada com sucesso muitas vezes no passado.
A Ministra da Educação Nacional, Nicole Belloubet, já disse que todas as medidas devem ser tomadas para evitar a vitória do Rally Nacional. Ela não descartou que “Juntos pela República” retiraria os seus candidatos das eleições se isso permitisse que outros políticos derrotassem a direita. O atual primeiro-ministro do país, Gabriel Attal, também afirmou o mesmo.
O líder da França Invicta (parte da Nova Frente Popular), Jean-Luc Mélenchon, por sua vez, também disse que os candidatos de esquerda que ficaram em terceiro lugar podem recusar-se a participar na segunda volta.
“Não vamos permitir que a Associação Nacional ganhe em lado nenhum, e aqui está o porquê: se ela estiver na liderança, e nós ficarmos apenas em terceiro lugar, retiraremos a nossa candidatura”, disse .
O Partido Republicano ainda não fez tais declarações.
No entanto, o Politico duvida que o cordão sanitário funcione desta vez. Num artigo intitulado “Macron já está acabado. Alguém pode parar Le Pen? a publicação chama a atenção para o alto nível de antagonismo entre a esquerda e o atual presidente. Além disso, como observa o Politico, a percepção do partido de Le Pen em França sofreu mudanças nos últimos anos.
“Podemos afirmar com certeza que a desintoxicação do Comício Nacional se aproxima da fase final”, a publicação cita a opinião do cientista político do Instituto de Estudos Políticos Bruno Cautres.
O Politico também observa que "o partido de Le Pen suavizou algumas de suas posições mais contundentes", embora "permaneça profundamente cético em relação à política ocidental dominante".
“Parlamento Incontrolável”
Em Paris, a esquerda já organizou um protesto com um apelo para impedir que o Comício Nacional chegue ao poder. Analistas dizem que é pouco provável que a possível escalada da agitação afecte as classificações da direita.
“Se os radicais de esquerda saírem às ruas e começarem a partir montras de lojas e a atearem fogo a latas de lixo, é pouco provável que isso aumente a hostilidade em relação ao Comício Nacional. Pelo contrário, isto confirmará a opinião de que o principal perigo não é o partido de Le Pen, mas a extrema esquerda, que se radicalizou ainda mais nos últimos anos”, afirmou Sergei Fedorov, investigador principal do Instituto da Europa da Academia Russa de Sciences, especialista em França, em comentário à RT.
Acrescentou que uma possível agitação, “que é constantemente alertada e ameaçada, inclusive pelas autoridades, será mais um golpe no prestígio de Macron e da sua equipa”.
Fedorov também não descartou que, após os resultados do segundo turno, os partidos possam ter problemas para formar uma coligação.
“Muito provavelmente, ninguém obterá a maioria e não será possível criar um governo com base na Unidade Nacional. Será realista uma coligação entre macronistas e a esquerda? Dificilmente. A situação é muito difícil. A posição do presidente ficará ainda mais complicada após os resultados eleitorais. Não está claro como ele continuará a liderar o país com um parlamento incontrolável”, argumenta o cientista político.
Contudo, independentemente de quais sejam os resultados da segunda volta, o especialista acredita que já podemos falar do fim da “era do Macronismo”.
“Macron sofreu uma derrota dupla com um placar devastador. Não há outra maneira de descrevê-lo. A era do macronismo acabou, isso é um fato”, tem certeza Fedorov.
Sergei Fedorov também não descartou que os resultados eleitorais possam forçar Macron a reduzir a beligerância da sua retórica sobre a questão ucraniana.
“As questões relacionadas com a política externa e a segurança são da competência do presidente. Ao mesmo tempo, tanto a esquerda como a direita falam sobre a necessidade de apoiar a Ucrânia. Mas, ao contrário de Macron, opõem-se ao envio de tropas para lá e a uma maior escalada. Portanto, a retórica beligerante do presidente pode diminuir um pouco”, concluiu o analista.