segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Chegou-me agora mesmo por email , do MEU GRANDE AMIGO , POETA , ESCRITOR , GRANDE HUMANISTA , GENTE ENORME , Augusto Canetas . . .


"Viva amigo!

Acabei agora mesmo este pensamento é para ti em particular. Dá o destinatário que entenderes.

Saúde - bom ano novo.

Saudação

Hoje dia 31, último dia dos trezentos e sessenta e cinco, que constituem os doze inventados meses do ano de 2012,
aqui espetado “verticalmente de pé” no meu exíguo espaço, apoiado no punho e na tinta da minha fugaz existência de ser vivo,
pensante, venho como peregrino passante, endereçar o meu hilariante apelo a qualquer esteio com ou sem ramada:

Interiorizo através destas mudas palavras a estupidez irracional do homem neste mundo deslumbrante de raciocínio, para o visitar,
lembrar, refletir e recomendar; não existe tamanho de vaidade que preencha uma simples reflexão de humildade.

Não existe poder sem vontade do povo. Não existe povo sem legitimidade de poder.
Por isso, contemplo; “o poder está na ponta da espingarda” – Mao Tsé-tung.

Beba um copo de três, seja consciente, convicto, a sua reflexão pode mudar o mundo para melhor."



augusto canetas

domingo, 30 de dezembro de 2012

Embora já tenha passado o dia de Natal . . .



aqui vai um acertadíssimo texto de Frei Fernando Ventura.
Para agitar algumas consciências, que vai sendo tempo disso.


Este ano não faço o presépio!
O meu presépio de 2012 deixei-o na Índia há poucas semanas atrás.
É esse que quero colocar no centro deste Natal.
Deixei-o num vão de escada de Bombaim.
Não, não fiz fotografias.
Há coisas que não se fotografam, por pudor, por vergonha, por respeito, pela dignidade humana aviltada; por vergonha de mim, por vergonha da minha impotência, por raiva.
O meu presépio deste Natal 2012 que deixei na Índia. Não tem vacas de discórdia, nem burros de teimosia, nem menino, nem Maria, nem José.
Não, não tem. Não tem nada disso. Quando muito tem duas Marias e um José pequenino.
É, é isso! Tem duas Marias e um José.
Pouco se importando com vacas, por mais sagradas que sejam, ou com burros, por mais inteligentes que são do que muitos humanos.
As minhas duas Marias e o meu José, estão ali, por causa de alguns camelos… isso mesmo!
O meu presépio, esse que deixei em Bombaim, esse que existe e é real para além e por causa de todas as crises, é o presépio que levo dentro neste Natal.

Cabana também não tem!
Era só um vão de escada! Uma das Marias, a mais velha, estava deitada numa manta, doente! A outra, muito mais nova, 15 anos, estava de pé, olhava a mãe, olhava-me a mim e esperava o seu milagre. O meu José com os seus 6 anos de olhos tristes, empurrava o carrinho de brincar e, de vez em quando olhava as Marias. Uma doente, a outra triste, sozinha numa solidão digna de respeito, em pé no espaço que o vão da escada permitia ser ocupado, também ela ocupada a tartar daquele presépio, com a mãe e com o irmão, ali, em Bombaim ou em Camarate onde estive ontem… ou em qualquer lugar, onde alguns camelos não deixam que seja Natal.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Niemeyer sobre ele mesmo:


"Diria que é um ser humano como outro qualquer – que nasceu, viveu e morreu. Sou um homem comum – que trabalhou como todos os outros. Passou a vida debruçado sobre uma prancheta. Interessou-se pelos mais pobres. Amou os amigos e a família. Nada de especial. Não tenho nada de extraordinário . É ridículo esse negócio de se dar importância."

"Fui sempre um revoltado. Da família católica eu esquecera os velhos preconceitos, e o mundo parecia-me injusto, inaceitável. Entrei para o partido comunista, abraçado pelo pensamento de Marx que sigo até hoje" .

"Não é o ângulo recto que me atrai. Nem a linha recta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo"

"A vida é um sopro, um minuto. A gente nasce, morre. O ser humano é um ser completamente abandonado..."

"A vida não é justa. E o que justifica esse nosso curto passeio é a solidariedade”