domingo, 30 de novembro de 2014

Poema aos homens constipados - Lobo Antunes


Pachos na testa, terço na mão,

Uma botija, chá de limão,

Zaragatoas, vinho com mel,

Três aspirinas, creme na pele

Grito de medo, chamo a mulher.

Ai Lurdes que vou morrer.

Mede-me a febre, olha-me a goela,

Cala os miúdos, fecha a janela,

Não quero canja, nem a salada,

Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.

Se tu sonhasses como me sinto,

Já vejo a morte nunca te minto,

Já vejo o inferno, chamas, diabos,

Anjos estranhos, cornos e rabos,

Vejo demónios nas suas danças

Tigres sem listras, bodes sem tranças


Choros de coruja, risos de grilo

Ai Lurdes, Lurdes fica comigo

Não é o pingo de uma torneira,

Põe-me a Santinha à cabeceira,

Compõe-me a colcha,

Fala ao prior,

Pousa o Jesus no cobertor.


Chama o Doutor, passa a chamada,

Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.

Faz-me tisana e pão de ló,

Não te levantes que fico só,

Aqui sozinho a apodrecer,

Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer


António Lobo Antunes - (Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)

os limites e os constrangimentos que nos cercam



Luís Pardal/Global Imagens/http://www.dn.pt/

Por Baptista-Bastos
http://www.jornaldenegocios.pt/


O caso Sócrates (se, de facto, há "caso") inundou de perplexidade a perplexidade do viver português. As peripécias que envolveram a detenção do ex-primeiro-ministro e, depois, as declarações de Mário Soares, à entrada da prisão de Évora, irritaram meio mundo e o outro, e ambos esses meios têm a sua dose de razão. Soares é o que é, e nada a fazer para alterar o comportamento do velho político. Mas é comovedor que um homem à beira dos noventa anos se desloque de Lisboa, manhã cedo, para abraçar um amigo em dificuldades. Se as afirmações de Soares inquietaram outros, o mal será deles. Há que destruir a tese de conspiração, a começar pelo esclarecimento que é devido a quem não sabe o que se passa. Afinal, Sócrates é acusado de quê? Com fundamentos mais rigorosos e, acaso, mais consistentes, o dr. Ricardo Salgado beneficiou de um tratamento ameno, fazendo nós comparações nada apressadas, mas evidentes.

A verdade é que o País segue, arfante, o desenrolar destes acontecimentos. A Esquerda com a desconfiança que lhe é apropriada; a Direita asseverando que "a justiça está a trabalhar bem." O Governo rejubila com este "intermezzo" e continua a cometer as suas feias malfeitorias; os jornalistas e os comentadores estipendiados não alteram, um milímetro que seja, a linha tortuosa do seu pensamento, e entretanto, o País não pára de sofrer as inclemências de uma política que ninguém sabe aonde nos leva. O inestimável dr. Cavaco reafirma estarmos no bom caminho, a SIC parece paralisada e um pouco embrenhada na confusão dos seus articulistas encartados, e sem estímulos intelectuais, que reavivassem as nossas meninges, estamos à espera que o caso Sócrates tenha uma solução. O mal-estar é evidente. Aguarda-se outro escândalo à sobreposse, que apague ou diminua as ondas de choque por entre as quais vamos sobrevivendo.

Parece que atribuem pouca importância à medonha notícia, repetida nas televisões, segundo a qual uma em cada três crianças portuguesas vive na faixa da pobreza, quer dizer: da miséria. Secamente, a notícia é assim dada, seguindo-se o peditório sacramental para que as ajudemos. Não se esclarece que a teoria do empobrecimento foi um dos itens do programa do dr. Passos Coelho, imediatamente posto em prática com os despedimentos, os cortes nos salários, o desemprego em massa, a redução dos salários, das pensões e das reformas; a diminuição dos Orçamentos do Estado nos capítulos do financiamento social ao ensino, à saúde, à segurança.

Os nossos miúdos, às centenas, acaso aos milhares, vão para a escolas (as que reabriram) sem uma côdea de pão nos estômagos porque os pais estão desempregados e não há dinheiro em casa para pagar as rendas, quanto mais para uma sopa na mesa. O Portugal do dr. Passos e do dr. Cavaco não é a litografia pastoril que eles e os apaziguados apresentam. É esta miséria sórdida que, por exemplo, nos expõem as fotografias de Eduardo Gageiro, que recuperam a fome e a tristeza, quando julgávamos ter desaparecido do mapa da nossa melancolia.

Já suprimi dois jornais diários das minhas leituras e interesses. Já deixei de adquirir, há anos, o semanário do dr. Balsemão, e disse-lho porquê, num almoço para que me convidou. Não vejo quase todas as televisões, pelo enjoo das doses maciças de futebol, todos os dias, a todas as horas, com os habituais comentadores do óbvio, sem o mínimo respeito pelos telespectadores. "Se não quer ver e ouvir, desligue o aparelho, ou mude de canal", ouve-se dizer. Uma falácia de ignorantes, porque as imposições estão à vista, e a aldrabice das audiências não explica nem determina as "preferências" do público.

Estamos limitados pelas próprias limitações culturais de quem programa. Estamos mesmo?

o linchamento de josé sócrates





Por Miguel Sousa Tavares
http://expresso.sapo.pt/


“Mal se anunciou a prisão de José Sócrates, o país saiu à rua em festa virtual... Fui testemunha, madrugada fora, da felicidade de milhares... O cidadão comum teme que José Sócrates acabe sem castigo. Eu também”.
Alberto Gonçalves, “DN”, 22.11.14


O “cidadão comum” e o Alberto Gonçalves podem estar descansados: pior castigo do que aquele que José Sócrates já teve é difícil. Tratando-se do cidadão José Sousa, os danos sofridos por ora ficariam no estrito conhecimento de alguns familiares e amigos íntimos, aguardando ele, quase de certeza em liberdade, que o julgamento os agravasse ou não. Mas tratando-se do cidadão José Sócrates Pinto de Sousa, os danos — pessoais, familiares, políticos e profissionais, agora e para sempre — são irreversíveis. E à prisão preventiva soma-se a condenação preventiva e definitiva. Se a vontade do “cidadão comum” fosse bastante, nem haveria necessidade de julgamento: ele já está feito.


Ninguém, absolutamente ninguém de boa-fé, pode dizer neste momento se José Sócrates é culpado ou inocente das gravíssimas acusações de que foi alvo. Pela simples razão de que um processo-crime se divide em várias fases — inquérito e acusação, defesa e contraprova, pronúncia ou arquivamento, e julgamento — e apenas estamos na primeira. Se a “prisão” (como sintomaticamente escreve Alberto Gonçalves, em lugar de “detenção”) tivesse já por si o valor de uma sentença condenatória, estaríamos de regresso à barbárie. Mas os magistrados não são o “cidadão comum” e a sua justiça é a do Estado de direito e não a da turba linchadora. A sua primeira tarefa é exactamente essa, a de tornar clara a diferença.


Pessoas que respeito têm argumentado que a insistência na crítica aos “pormenores” que envolveram a detenção, interrogatório e prisão preventiva de Sócrates desviam as atenções do essencial, que é a gravidade das acusações contra ele. Estão errados, por várias razões: primeiro, porque isso pressupõe o tal julgamento prévio de condenação; segundo, porque, não se conhecendo em toda a sua extensão a acusação e, em extensão alguma, a defesa, a única coisa que pode ser seriamente discutida é exactamente a parte processual relativa à detenção, interrogatório e medidas de coacção; e, em terceiro lugar e sobretudo, porque, ao contrário do que afirmam, não se trata de pormenores, mas justamente da marca de água onde se encontra ou não o rasto do respeito pelos direitos de cidadania, justamente quando ele é mais necessário. Os meus leitores far-me-ão o favor de lembrar que há muito escrevo sobre a Justiça, não ocultando todas as críticas que crescentemente me mereceu o que vejo como uma deriva justiceira, muitas vezes assente no atropelo de leis e princípios básicos de um Estado de direito, e fundada num especialíssimo regime de absoluta irresponsabilidade e ausência de controlo externo, como seria recomendável em democracia. As circunstâncias da “Operação Marquês” não fizeram senão cimentar as minhas razões.


Para começar, não acho normal nem saudável que todos os principais crimes mediáticos ou envolvendo os chamados “poderosos” tenham a instrução a cargo de um único juiz e um único procurador. É assim há dez anos no TCIC e nem a nomeação de outro juiz, em Setembro passado, fez com que Carlos Alexandre deixasse de chamar a si todos os processos principais: Ricardo Salgado, vistos gold, José Sócrates. Ora, isto contraria um princípio fundamental da justiça que é o do “juiz natural”: não são os juízes que escolhem os processos, mas os processos que escolhem os juízes — por escala ou por sorteio. Mas quando só há um juiz (e um procurador), este princípio é espezinhado e, pela ordem natural das coisas, o juiz passa a fazer parte da equipa de acusação com o Ministério Público e a polícia criminal — o que é um grave desvirtuamento da sua posição, que deve ser de equidistância entre as partes. E, em termos práticos, um tribunal onde só há um juiz e um procurador, podendo haver vários, é um tribunal especial — coisa que a Constituição proíbe, por razões que qualquer democrata compreende.


Depois, e como já muitas vezes disse, não aceito a figura agora em voga da detenção para interrogatório ou para investigação. Considero-a uma interpretação abusiva e intolerável da lei. Respondem que havia o perigo de Sócrates, desembarcado em Lisboa, ir directo a casa destruir provas. Pois que tivessem feito a busca antes, quando ele cá estava: bastava tocar à campainha e mostrar o mandado. Ou então esperavam-no discretamente no aeroporto e perguntavam-lhe se ele consentia numa busca imediata, evitando a detenção.


Nós, os que ainda não votámos nas redes sociais, precisamos de saber se, no final de um processo justo, José Sócrates é culpado ou inocente. Mas a verdade é que não tenho grandes dúvidas de que a detenção prévia, as filmagens após comunicação interna, o aparato policial no tribunal, a saída em carrinha celular, tudo foi feito com a clara intenção de o humilhar, num ajuste de contas que vem bem de trás e que já conhecera dois episódios absolutamente lamentáveis para a justiça: a tentativa de o incriminar por “atentado ao Estado de direito” e o vergonhoso processo Freeport.


Não acho aceitável que a PGR faça sair um comunicado após a detenção em que logo se diz que esta foi fundada na análise de “movimentos bancários sem justificação conhecida ou legalmente admissível” — justamente o que cabia provar à acusação e sobre o que o arguido ainda nem sequer se tinha podido justificar. E não quero acreditar que o despacho com as medidas de coacção tenha as 236 páginas que vi referidas, pois que isso levaria a pensar que, mesmo com abundante copy-paste, a decisão já estaria na cabeça do juiz antes mesmo de ele escutar as explicações dos arguidos e os argumentos da defesa.


Acima de tudo, porém, aquilo que não é possível aceitar, sob pena de total capitulação perante o abuso, é a habitual, mas desta vez absolutamente escabrosa, violação do segredo de justiça. E não me refiro aos jornais de estimação do Ministério Público ou ao ‘jornalismo do botox’, mas sim a um jornal como o “Público”, que, citando “fonte próxima do processo”, pespega com toda a acusação do MP no jornal, tratando-a como verdade definitiva e sem ter ao menos o cuidado de perguntar à fonte quais os elementos de prova concretos em que se fundava tal verdade. Não vale a pena alongarmo-nos em considerações sobre a intolerável prepotência que representam estas grosseiras e sistemáticas violações do segredo de Justiça por parte das entidades de investigação criminal: quem não percebe é porque só vai perceber se um dia lhe tocar. Mas é de uma imensa hipocrisia a vigência de um sistema de segredo de Justiça que permite que na fase da instrução (que, compreensivelmente, é aquela em que é excepcionado o princípio da igualdade entre partes), essa desigualdade legal seja acrescentada por uma desigualdade ilegal que faz com que a defesa esteja obrigada ao silêncio, enquanto a acusação litiga publicamente nos jornais, fazendo passar a sua versão, sem contraditório. Além de mais, é de uma cobardia sem remissão. E que serve dois fins: instigar o tal julgamento do “cidadão comum” e ficar bem na fotografia, quando todos, temerosamente, vêm dizer que “a Justiça funciona”. Como se a simples prisão de suspeitos e a divulgação pública das suspeitas, sem lugar a defesa, fosse sinal de que a Justiça funciona! Porque será então que os armários estão cheios de processos assim iniciados e que, uma vez promovido o julgamento popular, nunca mais chegaram a julgamento num tribunal?


Tudo isto são pormenores? Pois, talvez. Mas preparem-se para muitos mais pormenores destes, porque, como diz o povo, o que começa torto, raramente se endireita. E nós precisamos de saber, sem uma dúvida razoável, se, no final de um processo justo, José Sócrates é culpado ou inocente. Nós, isto é: os que ainda não votámos nas redes sociais nem celebrámos madrugada fora a sentença que queremos. Nós, os que ainda acreditamos que se fez um longo caminho desde os tempos em que o imperador consultava a turba para que ela decidisse a sorte dos condenados.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Três anos depois do fado, o canto da província do Sul de Portugal, famosa por sua luta contra a ditadura fascista, Alentejo é reconhecido património imaterial da humanidade pela Unesco. As letras falam da seca e o calor da planície alentejana


Café PORTUGAL

► Acontecesse o que acontecesse na votação em Paris (fossem quais fossem os resultados) o Cante Alentejano já tinha ganho!
• pelo interesse público que despertou;
• pela mobilização pública que suscitou,
• pela gente nova que despertou e motivou
• mas sobretudo pelo justo orgulho que devolveu aos milhares de vozes que o cantam, sentem e fazem.
► Parabéns a todos eles!

terça-feira, 25 de novembro de 2014




Luís tem 31 anos.
Saiu dos bancos da escola há dois anos e fez dois estágios laborais de Verão.
Foi agora convidado para integrar os quadros do Banco de Portugal, onde habitualmente só se entra por concurso público, fiscalizado pelo Tribunal de Contas.

Mas ele entrou sem concurso, pois é um caso de excepção, de“comprovada e reconhecida experiência profissional”.

É o nosso amigo Luís, que por acaso, e só por ACASO, é filho de Durão Barroso.
O grande problema de PORTUGAL é a qualidade da matéria prima que temos, o povo que vota, que é ignorante, facilmente manipulável por uma comunicação social ao serviço dos poderes económico e financeiro e dos políticos retrógrados e corruptos.

POR ISSO, TEM O GOVERNO QUE MERECE!
Quarenta anos depois do restabelecimento da democracia, porque não foram introduzidas no ensino, a todos os níveis a partir do básico, noções cidadania, de boa conduta moral, respeito pelo próximo, isenção de carácter, ética, deontologia profissional, no fundo, o que deve ser o comportamento dos cidadãos em democracia e seu dever em participar activa e politicamente nos destinos do país?
Os Portugueses são politicamente analfabetos, manipuláveis pela nojeira de uma comunicação social ao serviço do capitalismo financeiro e económico e dos políticos da direita, seus lacaios.

Estes são os parasitas do povo português, os abutres!!!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

JUSTIÇA e VINGANÇA



Por Marinho e Pinto:

"A detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates levanta questões de ordem política, de ordem jurídica e de cidadania. Mais do que a politização da justiça, ela alerta-nos para a judicialização da política que está em curso no nosso país. José Sócrates acabou, enquanto primeiro-ministro, com alguns dos mais chocantes privilégios que havia na sociedade portuguesa, sobretudo na política e na justiça. Isso valeu-lhe ódios de morte. Foi ele quem, por exemplo, impediu o atual Presidente da República de acumular as pensões de reforma com o vencimento de presidente. A raiva com que alguns dirigentes sindicais dos juízes e dos procuradores se referiam ao primeiro-ministro José Sócrates evidenciava uma coisa: a de que, se um dia, ele caísse nas malhas da justiça iria pagar caro as suas audácias. Por isso, tenho muitas dúvidas de que o antigo primeiro-ministro esteja a ser alvo de um tratamento proporcional e adequado aos fins constitucionais da justiça num estado civilizado. É mesmo necessário deter um cidadão, fora de flagrante delito e sem haver perigo de fuga, para ser interrogado sobre os indícios dos crimes económicos de que é suspeito? É mesmo necessário que ele, depois de detido, esteja um, dois, três ou mais dias a aguardar a realização desse interrogatório? Dir-me-ão que é assim que todos os cidadãos são tratados pela justiça. Porém, mesmo que fosse verdade, isso só ampliava o número de vítimas da humilhação. Mas não é verdade. Há, em Portugal, cidadãos que nunca poderão ser humilhados pela justiça como está a ser José Sócrates: os magistrados. Desde logo porque juízes e procuradores nunca podem ser detidos fora de flagrante delito. Em Portugal, poucos, como eu, têm denunciado a corrupção. Mas, até por isso, pergunto: seria assim tão escandaloso que um antigo primeiro-ministro de Portugal tivesse garantias iguais às de um juiz ou de um procurador? Ou será que estes, sim, pertencem a uma casta de privilegiados acima das leis que implacavelmente aplicam aos outros cidadãos? A justiça não é vingança e a vingança não é justiça. Acredito que um dia, em Portugal, a justiça penal irá ser administrada sem deixar quaisquer margens para essa terrível suspeita. Carlos Alexandre - Está há vários anos no Tribunal Central de Instrução Criminal e por lá ficará o tempo que quiser, pois os juízes são inamovíveis. Tempos houve em que um juiz não podia permanecer num tribunal mais do que seis anos (era a regra do sexénio) e, por isso, recebia um subsídio para a habitação. Porém, desses tempos, só resta, hoje, o dito subsídio, bem superior, aliás, ao salário mínimo nacional e totalmente isento de impostos. Duarte Marques - Este deputado do PSD veio manifestar publicamente júbilo pela detenção e humilhação pública de Sócrates, com o célebre ‘aleluia’. Era evitável a primária manifestação de ódio quando até a ministra da Justiça nos poupou ao habitual oportunismo político. Talvez mais cedo do que tarde se cumpra a sentença de Ezequiel: "Os humildes serão exaltados, e os exaltados serão humilhados."

Sócrates e a justiça em vivo e em directo

por Jorge Soares, em 23.11.14



Confesso que não era dos que acreditava que fosse possível estar a acontecer o que está a acontecer com Sócrates, não porque ache que o homem seja um santo, mas porque vendo o que aconteceu em casos como o do BPN, o da compra dos submarinos (na Alemanha há pessoas condenadas por corrupção) e mais recentemente no BES, tinha sérias dúvidas na eficácia da nossa justiça quando se trata de pessoas importantes e poderosas.

A julgar pelo que aconteceu nas duas últimas semanas, parece que a maré está a virar, primeiro foi o caso dos vistos Gold em que caíram vários altos funcionários do estado e agora foi este caso do Sócrates. Esperemos que muitos outros casos se sigam, que não haja impunidade e que sejam julgados e condenados todos os que de uma ou outra forma estiveram no estado n para servir o país mas para se servir a si próprios.

Com o que não consigo concordar é com o autentico circo mediático que se montou à volta de tudo isto. Não se sabe bem como mas havia uma cadeia de televisão presente no momento da detenção, na manhã seguinte, já havia jornais que sabe-se lá como, tinham tido acesso a elementos do processo que deviam estar em segredo de justiça. Chegou-se ao cúmulo de entre os nomes dos detidos haver o de uma pessoa que nada tinha a ver com o assunto, o suposto administrador de uma empresa farmacêutica, era afinal o motorista de José Sócrates.

É evidente que com todo este barulho e com tantas certezas, há muita gente feliz e a festejar como se o processo já tivesse decorrido e o homem tivesse sido condenado, quando afinal a procissão ainda nem saiu do adro e isto nem começou... é incrível como há muitíssima gente, a começar por muitos jornalistas que desde a porta da garagem do tribunal ou das cadeiras das redacções, parece que já julgou e condenou.

Sou dos que acham que não pode haver impunidade, a justiça deve ser igual para todos, mas para além de fazer feliz a todos os que odeiam Sócrates, de que serve tudo isto? Ninguém é culpado antes do julgamento e por muitas certezas que tenham alguns e algumas jornalistas, das duas uma, ou tudo isto não passa de boatos para enganar o pagode, ou há muita gente que faz tábua rasa da lei e que acha que o segredo de justiça é só para inglês ver.

A justiça tem que funcionar, tem que ser justa e igual para todos, mas não pode ser um circo mediático nem se pode fazer em directo no horário nobre da televisão... e há jornalistas que deviam ter vergonha.

Por certo, alguém sabe o estado do caso dos vistos gold?

domingo, 23 de novembro de 2014

Beautiful Moments

A Justiça a que temos direito








Sábado, 22 de novembro de 2014

A Justiça é antes de mais um código e um processo na sua fase de aplicação. Ou seja, obediência cega, essa sim cega, a um conjunto de regras que protegem os cidadãos da arbitrariedade. Do abuso de poder. Do uso excessivo da força. Essas regras têm, no seu nó central, uma ética. Toda e qualquer violação dessa ética é uma violação da Justiça. E uma negação dos princípios do Direito e da ordem jurídica que nos defendem.

Num caso de tanta gravidade como este, o da suspeita de crimes graves e detenção de um ex-primeiro-ministro do Partido Socialista, verifico imediatamente que o processo foi grosseiramente violado. Praticou-se, já, o linchamento público. Como?

1) Detendo o suspeito numa operação de coboiada cinemática, parecida com as de Carlos Cruz e Duarte Lima, a uma hora noturna e tardia, num aeroporto, quando não havia suspeita de fuga, pelo contrário. O suspeito chegava a Portugal. Porque não convocá-lo durante o dia para interrogatório ou levá-lo de casa para detenção?

2) Convidou-se uma cadeia de televisão a filmar o acontecimento. Inacreditável.

3) Deram-se elementos que, a serem verdadeiros, deviam constar em segredo de Justiça. Deram-se a dois jornais sensacionalistas, o "Correio de Manhã" e o "Sol", que nada fizeram para apurar o que quer que seja. Nem tal trabalho judicial lhes competia. Ou seja, a Justiça cometeu o crime de violação do segredo de Justiça ou pior, de manipulação do caso, que posso legitimamente suspeitar ser manipulação política dadas as simpatias dos ditos jornais pelo regime no poder. Suspeito, apenas. Tenho esse direito.

4) Leio, pela mão da jornalista Felícia Cabrita, no site do "Sol", pouco passava da hora da detenção, que Sócrates (entre outros crimes graves) acumulou 20 milhões de euros ilícitos enquanto era primeiro-ministro. Alta corrupção no cargo. Milhões colocados numa conta secreta na Suíça. Uma acusação brutal que é dada como certa. Descrita como transitada em julgado. Base factual? Fontes? Cuidado no balanço das fontes, argumentos e contra-argumentos? Enunciado mínimo dos cuidados deontológicos de checking e fact-checking? Nada. Apenas "o Sol apurou junto de investigadores". O "Sol" não tem editores. Tem denúncias. Violações de segredo de Justiça. Certezas. E comenta a notícia chamando "trituradora" de dinheiro aos bolsos de Sócrates. Inacreditável.

5) Verificamos apenas, num estilo canhestro a que a biógrafa de Passos Coelho nos habituou (caso Casa Pia, entre outros) que a notícia sai como confirmada e sustentada. Se o Watergate tivesse sido assim conduzido, Nixon teria ido preso antes de se saber se era culpado ou inocente. No jornalismo, como na justiça, há um processo e uma ética. Não neste jornalismo.

6) Neste momento, não sei nem posso saber se Sócrates é inocente ou culpado. Até prova em contrário é inocente. In dubio pro reo. A base de todo o Direito Penal.

7) Espero pelo processo e exijo, como cidadã, que seja cumprido à risca. Não foi, até agora. Nem neste caso nem noutros. Isto assusta-me. Como me assustou no caso Casa Pia. Esta Justiça de terceiro mundo aterroriza-me. Isto não acontece num país civilizado com jornais civilizados. Isto levanta-me suspeitas legítimas sobre o processo e a Justiça, e neste caso, dada a gravidade e ataque ao regime que ele representa, a Justiça ou age perfeitamente ou não é Justiça.

8) Verifico a coincidência temporal com o Congresso do PS. Verifico apenas. Não suspeito. Aponto. E recordo que há pouco tempo um rumor semelhante, detenção no aeroporto à chegada de Paris, correu numa festa de embaixada onde eu estava presente. Uma história igual. Por alturas da suspeita de envolvimento de José Sócrates no caso Monte Branco. Aponto a coincidência. Há um comunicado da Procuradoria a negar a ligação deste caso ao caso Monte Branco. A Justiça desmente as suas violações do segredo de Justiça. Aponto.

9) E não, repito, não gosto de José Sócrates. Nem desgosto. Sou indiferente à personagem e, penso, a personagem não tem por mim a menor simpatia depois da entrevista que lhe fiz no Expresso há um ano. Não nos cumprimentamos. Não sou amiga nem admiradora. É bizarro ter de fazer este ponto deslocado e sentimental mas sei donde e como partem as acusações de "socratismo" em Portugal.

10) As minhas dúvidas são as de uma cidadã que leu com atenção os livros de Direito. E que, por isso mesmo, acha que a única coisa que a Justiça tem a fazer é dar uma conferência de imprensa onde todos, jornalistas, possamos estar presentes e fazer as perguntas em vez de deixar escorregar acusações não provadas para o "Correio da Manhã" e o "Sol". E quejandos. Não confio nestes tabloides para me informarem. Exijo uma conferência de imprensa. Tenho esse direito. Vivo num Estado de Direito.

11) Há em Portugal bom jornalismo. Compete-lhe impedir que, mais uma vez, as nossas liberdades sejam atropeladas pelo mau jornalismo e a manipulação política.

12) Vou seguir este processo com atenção. Muita. Ou ele é perfeito, repito, ou é a Justiça que se afundará definitivamente no justicialismo. Na vingança. No abuso de poder. Na proteção própria. O teste é maior para a Justiça porque é o teste do regime democrático. E este é mais importante que os crimes atribuídos a quem quer que seja. Não quero que um dia, como no poema falsamente atribuído a Brecht, venham por mim e não haja ninguém para falar por mim. A minha liberdade, a liberdade dos portugueses, é mais importante que o descrédito da Justiça. A Justiça reforma-se. A liberdade perde-se. E com ela a democracia.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/a-justica-a-que-temos-direito=f899406#ixzz3JtCOsyZl

sábado, 22 de novembro de 2014

A Glória e o Poder são efémeros . . .


Afinal , não valia tudo , Zé . . . eu bem dizia . . .

A ser verdade o que se diz , se "roubou" os tais milhões , o Zé não terá dificuldades em comprar a liberdade por . . . 3 milhões , como o outro , né ? Agora se foi trouxa e lorpa como o Vale e Azevedo , está bem fodid. ! ! ! E até porque estes dois personagens têm algumas/muitas parecenças . . . um e outro abriram demasiadas frentes de batalha . . . afrontaram e provocaram alguns poderosos e outros muito bem acomodados . . . por isso , "fizeram-lhes a folha" , lógico !
Não sou um homem de fé , mas tenho esperança , de que um dia ainda se farão também umas folhitas a uns paulitos , cavaquitos e outros terminados em "itos" . . . vou esperar sentado , para ver . . .
Entretanto , os pacóvios vão continuando a votar neles , e também deveriam ser co-responsabilizados . . . eu acho ! ! !

Ahhhhhhhh . . . e ambos têm sangue e alma . . . "encarnados" . . .

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

UM VÍDEO COM IMAGENS DA ÍNDIA

Este vídeo é espectacular e foi filmado em 4K, uma nova técnica utilizada na televisão a três dimensões.

O valor da amizade . . .

Um dia , quando eu era caloiro na escola , vi um miúdo da minha turma a
caminhar para casa depois da aula .
O nome dele era Tone .
Parecia que estava a carregar os seus livros todos .
Eu pensei :
- Porque é que leva para casa todos os livros numa sexta-feira ?
Ele deve ser mesmo um marrão .
Como já tinha o meu fim-de-semana planeado (festas e um jogo de
futebol com meus amigos no sábado a tarde) encolhi os ombros e segui o
meu caminho .
Conforme ia caminhando , vi um grupo de miúdos a correr na direcção dele .
Eles atropelaram-no , arrancando-lhe todos os livros dos braços e
empurraram-no , de tal forma que ele caiu no chão .
Os seus óculos voaram , e eu vi-os aterrarem na relva a alguns metros e
onde ele estava . Ele ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza nos
seus olhos .
O meu coração penalizou-se por ele . Então , corri até ele enquanto ele
gatinhava à procura dos óculos , e pude ver lágrimas nos seus olhos .
Enquanto lhe entregava os óculos , eu disse :
- Aqueles tipos são uns parvos . Eles deviam era arranjar uma vida própria .
Ele olhou para mim e disse :
- Ei , obrigado !
Havia um grande sorriso na sua face . Era um daqueles sorrisos que
realmente mostram gratidão . Eu ajudei-o a apanhar os livros , e
perguntei-lhe onde morava .
Por coincidência ele morava perto da minha casa , então eu perguntei
como é que nunca o tinha visto antes . Ele respondeu que antes
frequentava uma escola particular .
Conversámos todo o caminho de volta para casa , e carreguei-lhe os livros .
Ele revelou-se um miúdo muito porreiro . Perguntei-lhe se queria jogar
futebol no sábado comigo e com os meus amigos , ele disse que sim .
Ficamos juntos todo o fim-de-semana e quanto mais eu conhecia Tone,
mais gostava dele . E os meus amigos pensavam da mesma forma .
Chegou a segunda-feira , e lá estava o Tone com aquela quantidade
imensa de livros outra vez . Parei-o e disse :
- Diabos , pá, vais fazer o quê com os livros de novo ?
Ele simplesmente riu e entregou-me metade dos livros .
Nos quatro anos seguintes , Tone e eu tornamos-nos melhores amigos .
Quando nos estávamos a formar começámos a pensar na faculdade . Tone
decidiu ir para Coimbra , e eu ia para a Lisboa .
Eu sabia que seríamos sempre amigos , que a distância nunca seria um
problema . Ele seria médico , e eu ia tentar uma bolsa escolar na equipa
de futebol .
Tone era o orador oficial da nossa turma . Ele teve que preparar um
discurso de formatura . Eu estava super contente por não ser eu a subir
ao palanque e discursar .
No dia da Formatura eu vi Tone . Ele estava óptimo . Ele estava mais
encorpado e realmente tinha uma boa aparência , mesmo usando óculos .
Ele saía com mais miúdas do que eu , e todas as raparigas o adoravam !
Às vezes eu até ficava com inveja . Hoje era um desses dias . Eu podia
ver o quanto ele estava nervoso por causa do discurso . Então dei-lhe
uma palmadinha nas costas e disse :
- Ei , rapaz , vais sair-te bem !
Ele olhou para mim com aquele olhar (aquele olhar de gratidão) e sorriu.
-Valeu, disse ele .
Quando ele subiu ao oratório , limpou a garganta e começou o discurso:
- A Formatura é uma época para agradecermos aqueles que nos ajudaram
durante estes anos duros . Aos pais , aos professores , aos irmãos ,
talvez até a um treinador . Mas principalmente aos amigos . Eu estou
aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém é o melhor que se pode
dar .
Eu vou-lhes contar uma história . . .
Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava
a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos .
Ele tinha planeado suicidar-se naquele fim-de-semana .
Contou a todos como tinha esvaziado o seu armário na escola , para que
a mãe não tivesse que fazer isso depois de ele morrer , e estava a
levar as suas coisas todas para casa . Ele olhou directamente no meus
olhos e deu-me um pequeno sorriso .
- Felizmente eu fui salvo . O meu amigo salvou-me de fazer algo inominável .
Eu observava , com um nó na garganta , todos na plateia , enquanto aquele
rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de
fraqueza . E vi a mãe e o pai dele a olharem para mim e a sorrir com
aquela mesma gratidão .
Até aquele momento eu nunca me tinha apercebido da profundidade do
sorriso que ele dirigiu naquele dia .

Nunca subestimes o poder das tuas acções . Com um pequeno gesto podes
mudar a vida de uma pessoa . Para melhor ou para pior .

Amigos são anjos que nos deixam em pé quando as nossas asas têm
problemas e não se lembram de como voar .

Alentejo simplesmente . . .

domingo, 16 de novembro de 2014

Para Rir


1
Um desempregado compareceu no Centro de Emprego em Estremoz, para ver se havia alguma coisa para ele.
Ao chegar, viu um cartaz que dizia:

Precisa-se de Assistente de Ginecologista'.

Foi ao balcão e perguntou:
- Pode dar-me mais informações sobre este trabalho?
E o funcionário:
 - Com certeza. O trabalho consiste em preparar as pacientes para o exame. Você deve ajudá-las a despir-se e lavar cuidadosamente as suas partes genitais. Depois faz a depilação dos pêlos púbicos com creme de barbear e uma gillete novinha. A seguir esfrega gentilmente óleo de amêndoas doces, de forma a que elas estejam prontas para ser observadas pelo ginecologista.
O salário mensal é de 2.500 Euros.
Mas o senhor tem de ir até Elvas.
- É lá o emprego?
- Não, é lá que está o fim da fila...

2
Um grupo de amigos de 50 anos discutia onde iriam jantar. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque as empregadas eram jeitosas e usavam mini-saia e blusas muito decotadas.

10 Anos mais tarde, aos 60 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Decidiram-se pelo Restaurante Tropicalporque a comida era muito boa e havia uma excelente carta de vinhos.

10 Anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Decidiram-se pelo Restaurante Tropicalporque tinha uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador....

10 Anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical. Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca tinham ido lá antes...

3
Duas crianças de oito anos conversam no quarto:
O menino pergunta para a menina:
- O que vais pedir no DIA DA CRIANÇA?
- Eu vou pedir uma Barbie, e tu?
- Eu vou pedir um TAMPAX! -responde o menino
- TAMPAX?............! O que é isso ?!
- Nem imagino... mas na televisão dizem que com TAMPAX a gente pode ir a praia todos os dias, andar de bicicleta, andar a cavalo, dançar, ir ao clube, correr, fazer um montão de coisas fixes, e o melhor... SEM QUE NINGUÉM PERCEBA...

AH, LATIM: C'UM RAIO...


'ADEMUS AD MONTEM FODERE PUTAS CUM PORRIBUS NOSTRUS'

Tradução (vê mais abaixo, sff):



'VAMOS À MONTANHA PLANTAR BATATAS COM AS NOSSAS ENXADAS'



Ahh, pois é ...!

Se soubesses Latim, não pensavas em asneiras...




A EXTREMA RIQUEZA DA LÍNGUA PORTUGUESA . . . COM UM CERTO NÍVEL LITERÁRIO, CONVENHAMOS . . .



“Este texto é dos melhores registos de língua portuguesa que eu tenho lido sobre a nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama de serpérfida, infiel ou traiçoeira. “

Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:

“Compatriotas”, “companheiros”, “amigos”! Encontramo-nos aqui, “convocados “, “reunidos” ou “juntos” para “debater”, “tratar” ou “discutir” um “tópico”, “tema” ou “assunto”, o qual me parece “transcendente”, “importante” ou de “vida ou morte”.O “tópico”, “tema” ou “assunto” que hoje nos “convoca”, “reúne” ou “junta” é a minha “postulação”, “aspiração” ou “candidatura” a Presidente da Câmara deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa? O candidato respondeu:

- Pois veja, caro senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':

- Senhor “postulante”, “aspirante” ou “candidato”, (hic) o “facto”, “circunstância” ou “razão” pela qual me encontro num estado “etílico”, “alcoolizado” ou “mamado” (hic), não “implica”,”significa”, ou “quer dizer” que o meu nível (hic) cultural seja ”ínfimo”, “baixo” ou mesmo “rasca” (hic). E com toda a “reverência”, “estima” ou “respeito” que o senhor me merece (hic) pode ir “agrupando”, “reunindo” ou “juntando” (hic) os seus “haveres”, “coisas” ou “bagulhos” (hic) e “encaminhar-se”, “dirigir-se” ou “ir direitinho” (hic) à “leviana da sua progenitora”, à “mundana da sua mãe biológica” ou à “puta que o pariu”!

ACONTECEU NUM TEMPLO BUDISTA NA TAILÂNDIA‏



UM MILHÃO DE CRIANÇAS CANTAM PELA MUDANÇA DO MUNDO !!!

O maior templo budista do mundo, na Tailândia, consegue reunir 1 milhão de crianças cantando pela mudança do mundo!

http://www.youtube.com/watch?v=l4h-R9xDJDk&feature=youtu.be

Como lobos mudaram rios/ vegetação/ etc . . . mais uma lição da Mãe Natureza . ..

Essa é uma daquelas histórias que parecem ter sido inventadas.
Nos anos 90, no parque de Yellowstone (nos EUA), lobos já estavam
praticamente extintos.
Cientistas então resolveram reintroduzir esses animais no parque.
Como todo mundo sabe, os lobos são predadores e, por isso, muitos
acreditavam que aquilo poderia ser prejudicial ao ambiente que já se
encontrava em desequilíbrio.
Para surpresa dos cientistas, não foi o que ocorreu.
Não só isso, mas outras coisas inesperadas e incríveis começaram a acontecer.
E mais uma vez, o homem curvou-se diante da soberania da mãe natureza.
Espectacular.

Macnamara ama Portugal‏ . . . VAI ACABAR POR VIVER EM PORTUGAL . . .

ALUNOS BRILHANTES

Afinal o nosso sistema de ensino ainda cria jovens inteligentes...

Professor:
O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?
Aluno:
Puré de batata, senhor professor
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O professor ao ensinar os verbos:
- Se és tu a cantar, dizes: "eu canto". Ora bem, se é o teu irmão que canta, como é que dizes?
- Cala a boca, Alberto
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- "Stora", alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez?
- Não.
- Fixe. É que eu não fiz os trabalhos de casa.
---------------------------------------------------------------------------------------

- Manuel , diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
- Mais depressa!
- Nós corremos, vós correis, eles correm!

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Professor:
Chovia, que tempo é?
Aluno:
É tempo muito mau, senhor professor.

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Professor:
De onde vem a electricidade?
Aluno:
Do Jardim Zoológico!
Professor:
Do Jardim Zoológico?
Aluno:
Pois! O meu pai, quando falta a luz em casa, diz sempre: "Aqueles camelos...".

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Professor:
Quantos corações temos nós?
Aluno:
Dois, senhor professor.
Professor:
Dois!?
Aluno:
Sim, o meu e o seu!

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Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
- 1º Aluno:
Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à Polinésia e demorou muito a viagem.
- 2º Aluno:
E eu fui esperá-lo ao aeroporto!

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Professor:
Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno:
Sim, senhor professor:
Um queijo e quatro vacas.

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Um aluno de Direito a fazer um exame oral:
O que é uma fraude?
Responde o aluno:
É o que o Sr. Professor está a fazer.
O professor muito indignado:
Ora essa, explique-se...
Diz o aluno:
Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!

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Professora: Maria, aponta no mapa onde fica a América do Norte.
Maria: Aqui está.
Professora: Correcto. Agora turma, quem descobriu a América?
Turma: A Maria.
________________________________

Professora: João, menciona uma coisa importante que exista hoje e que não havia há 10 anos atrás.
João: Eu!
________________________________

Professora: Francisco, porque é que andas sempre tão sujo?
Francisco: Bem, estou muito mais perto do chão do que a Sr.ª. Professora.
________________________________

Professora: Agora, Simão, diz-me sinceramente, rezas antes de cada refeição?
Simão: Não professora, não preciso. A minha mãe é uma boa cozinheira.
______________________________

Professora: Artur, a tua composição "O Meu Cão" é exactamente igual ao do teu irmão. Copiaste-a?
Simão: Não. O cão é que é o mesmo.
________________________________

Professora: Bruno, que nome se dá a uma pessoa que continua a falar, mesmo quando os outros não estão interessados?
Bruno: Professora.

Pleonasmos...


Quase todos os portugueses sofrem de pleonasmite, uma doença congénita para a qual não se conhecem nem vacinas nem antibióticos.Não tem cura, mas também não mata. Mas, quando não é controlada, chateia (e bastante) quem convive com o paciente.

O sintoma desta doença é a verbalização de pleonasmos (ou redundâncias) que, com o objectivo de reforçar uma ideia, acabam por lhe conferir um sentido quase sempre patético.

Definição confusa? Aqui vão quatro exemplos óbvios: “Subir para cima”, “descer para baixo”, “entrar para dentro” e “sair para fora”.

Já se reconhece como paciente de pleonasmite? Ou ainda está em fase de negação? Olhe que há muita gente que leva uma vida a pleonasmar sem se aperceber que pleonasma a toda a hora.

Vai dizer-me que nunca “recordou o passado”? Ou que nunca está atento aos “pequenos detalhes”? E que nunca partiu uma laranja em“metades iguais”? Ou que nunca deu os “sentidos pêsames” à“viúva do falecido”?

Atenção que o que estou a dizer não é apenas a minha “opinião pessoal”. Baseio-me em “factos reais” para lhe dar este “aviso prévio” de que esta “doença má” atinge “todos sem excepção”.

O contágio da pleonasmite ocorre em qualquer lado. Na rua, há lojas que o aliciam com “ofertas gratuitas”. E agências de viagens que anunciam férias em “cidades do mundo”. No local de trabalho, o seu chefe pede-lhe um “acabamento final” naquele projecto. Tudo para evitar “surpresas inesperadas” por parte do cliente. E quando tem uma discussão mais acesa com a sua cara-metade, diga lá que às vezes não tem vontade de “gritar alto”: “Cala a boca!”?

O que vale é que depois fazem as pazes e vão ao cinema ver aquele filme que “estreia pela primeira vez” em Portugal.

E se pensa que por estar fechado em casa ficará a salvo da pleonasmite, tenho más notícias para si. Porque a televisão é, de“certeza absoluta”, a “principal protagonista” da propagação deste vírus.

Logo à noite, experimente ligar o telejornal e “verá com os seus próprios olhos” a pleonasmite em directo no pequeno ecrã. Um jornalista vai dizer que a floresta “arde em chamas”. Um treinador de futebol queixar-se-á dos “elos de ligação” entre a defesa e o ataque. Um “governante” dirá que gere bem o “erário público”. Um ministro anunciará o reforço das “relações bilaterais entre dois países”. E um qualquer “político da nação” vai pedir um “consenso geral” para sairmos juntos desta crise.

E por falar em crise! Quer apostar que a próxima manifestação vai juntar uma “multidão de pessoas”?

Ao contrário de outras doenças, a pleonasmite não causa “dores desconfortáveis” nem “hemorragias de sangue”. E por isso podemos “viver a vida” com um “sorriso nos lábios”. Porque alguéma pleonasmar, está nas suas sete quintas. Ou, em termos mais técnicos, no seu “habitat natural”.

Mas como lhe disse no início, o descontrolo da pleonasmite pode ser chato para os que o rodeiam e nocivo para a sua reputação. Os outros podem vê-lo como um redundante que só diz banalidades. Por isso, tente cortar aqui e ali um e outro pleonasmo. Vai ver que não custa nada. E “já agora” siga o meu conselho: não “adie para depois” e comece ainda hoje a “encarar de frente” a pleonasmite!

Ou então esqueça este texto. Porque afinal de contas eu posso estar só “maluco da cabeça”.

sábado, 15 de novembro de 2014

Levitação Quântica Universidade de Israel - Telavive

Esta sim, é a verdadeira sopa de tomate!


Recrie uma honesta mas bem rica sopa de tomate alentejana.
Comece por picar uma cebola e leve a alourar. Enquanto isso, corte 4 tomates maduros, junte 1 folha de louro e 1 dente de alho ao refogado, e de seguida, o tomate.
Tempere com sal e deixe refogar mais um pouco.
Entretanto, corte 2 batatas em pedaços, acrescente ao tacho, e regue com água.
Tape e deixe cozer durante 15 minutos.
Passado esse tempo, deite 2 ovos na sopa, e volte a tapar, para que fiquem bem escalfados.
Por fim, corte fatias de pão alentejano e faça uma cama para receber esta saborosa sopa de tomate.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Nascimento da lua cheia‏



O australiano Mark Gee capturou em vídeo a imagem da lua pairando sobre o miradouro do Monte Victoria, em Wellington (Nova Zelândia).

- "Para capturar o vídeo foi necessário colocar-me a cerca de 2,1 quilômetros de distância, do outro lado da cidade ", disse Gee. Segundo o autor, o vídeo está como foi filmado, sem que tenha havido qualquer manipulação.
Tem a duração de três minutos, que são muito especiais.

http://player.vimeo.com/video/58385453?autoplay=1

«Tira a minha mulher da equação ou vou-te aos cornos.»

Anos depois de se clamar contra a asfixia democrática, parece que finalmente temos dados para a caracterizar — através de um caso prático protagonizado por António Albuquerque, marido da Miss Swaps.

O citado cavalheiro anda por aí a amedrontar jornalistas para que não incomodem a sua dama. E fá-lo num estilo que lembra os coronéis do sertão: «Tira a minha mulher da equação ou vou-te aos cornos.» Foi esta forma delicada que o marido da Miss Swaps encontrou para que um jornalista entendesse que ele não havia apreciado o seu trabalho. Ainda não convencido de que o seu interlocutor pudesse ter captado a mensagem, António Albuquerque reforça o convite, através de um novo SMS, para que o azougado jornalista arrepie caminho: «Agora fiquei preocupado… estás avisado, se metes a minha mulher ao barulho nesta história… vais parar a um hospital.» E para que não subsistam dúvidas do muito que certamente aprendeu com o malogrado Dr. Relvas, assegura ao jornalista (que teve o desplante de escrever um artigo de opinião sobre os efeitos nos bolsos dos contribuintes da resolução do BES) que tem reunidas as provas para o submeter à Inquisição: «A tua memória é muito fraca… queres que te envie um dossier com as tuas notícias a começar pelaPerella. Sim, tu tens um dossier».

Enquanto os recalcitrantes são tratados à paulada nos bastidores, a Miss Swaps aparece na televisão a dizer-nos serenamente que there is no alternative.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

TRAGÉDIA ANUNCIADA



A liderança Kaiowá Marinalva Manoel, de apenas 27 anos, foi brutalmente assassinada na madrugada de sábado, 01 de novembro. Seu corpo foi encontrado às margens da rodovia BR-163, nas imediações de Dourados, Mato Grosso do Sul, com 35 facadas.


Há cerca de 15 dias, Marinalva compôs comitiva que esteve em Brasília em defesa dos direitos territoriais dos Guarani-Kaiowá. Naquela ocasião, ela e outras lideranças indígenas denunciaram diversos casos de violência contra suas comunidades, praticados por fazendeiros da região. Informaram, ainda, em reuniões no Congresso Nacional, no STF e no Ministério da Justiça, que esse quadro tem se agravado, diante dos retrocessos aos direitos constitucionais dos povos indígenas nas esferas legislativa, executiva e judiciária.

Toda nossa solidariedade à dor do povo Guarani-Kaiowá. Sua luta é nossa luta. Demarcação JÁ!

Leia mais: http://migre.me/mGLF8

‪#‎EquipeChicoAlencar‬

“A fome mata mais que o vírus do Ébola, mas não é considerado um problema significante. Simplesmente porque as pessoas ricas não podem morrer à fome”.



A fome mata cerca de 50.000 pessoas por dia, morre uma pessoa a cada 6 segundos com falta de alimento. Matando, em cada ano, mais pessoas do que a sida, a malária e a tuberculose juntas.

Existem atualmente 1,02 mil milhões de pessoas subnutridas no Mundo, o que significa que uma por cada seis não tem alimentação suficiente para ser saudável e manter uma vida activa.


O relatório da FAO (Food and Agriculture Organization) mostra que o número de vítimas cresce, mas que a agricultura mundial poderia alimentar normalmente, com uma dieta de 2,2 mil calorias por dia, 12 biliões de pessoas. Então, uma criança que morre de fome hoje é assassinada.

Fome não pode ser considerada uma causa de morte natural. É massacre criminoso, organizado. O número de mortes no mundo, por ano, corresponde a 1% da população do planeta.

Isso significa que no ano passado 70 milhões de pessoas morreram. Desses 70 milhões, 18,2 milhões morreram de fome ou de suas consequências imediatas. A fome é de longe a causa de mortalidade mais importante e o mundo transborda de riquezas!



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

PAULO COELHO: SOBRE O CORPO DE UMA MULHER





Simplesmente genial este texto. Vem lembrar às mulheres que vivem obcecadas com a balança de que para nós, homens, o peso é irrelevante. A beleza é muito mais do que isso. Ora lê só…

“Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra… está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros – é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas… . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas… Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.

É essa a lei da natureza… que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.



As jovens são lindas… mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda… cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.

Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos ‘em formol’ nem em spa… viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!”

A beleza é tudo isto.

Paulo Coelho

sábado, 8 de novembro de 2014

Semear e Plantar com a Lua



Semear e Trabalhar com a Lua é considerar as plantas como organismos vivos, e não como objetos inanimados.

Na produção de alimentos, a influência da lua sobre as plantas é conhecida pelos agricultores desde a antiguidade. É milenar o conhecimento que os chineses detêm, por exemplo, sobre o corte do bambu e madeira: a ser realizado entre lua minguante e a nova, quando o teor de seiva e humidade dentro dos troncos é menor. Usando este conhecimento é possível trabalhar com o ritmo da Natureza e usá-lo em beneficio da plantas.

A lua passa por quatro fases: minguante, nova, crescente e cheia. Cada fase dura sete dias.

Lua crescente
Fase em que a seiva é atraída para cima, para as folhas, favorecendo o crescimento da parte superior da planta.
Periodo favorável ao plantio de cereais, frutas e flores e colheita de verduras.
Boa época para se fazer enxertos e preparar o solo com compostos e cobertura vegetal (mulch).

Lua cheia
Colher plantas medicinais e frutos — os frutos estão mais suculentos devido a maior quantidade de seiva encontrada nos frutos. Plantio desaconselhado.

Lua minguante
Nesta fase a força da seiva diminui, indo para a parte inferior da planta.
Iniciar o plantio de plantas de raízes, como a beterraba, cenoura, cebola, batata… Colher as raízes e vagens pois a planta encontra-se com menos seiva o que facilita a cozedura, para colher milho, abóbora e outros para armazenamento porque resiste mais ao ataque de caruncho.
Boa época para podar.
Colher as sementes uns dias antes da Lua Nova.

Lua nova
Nesta fase a seiva atinge o seu pico máximo de retrocesso.As plantas têm baixa resistência às pragas. Plantio desaconselhado.
Do que precede tiramos as regras seguintes: que entre a lua minguante e a nova deve ser plantado tudo o que dá “abaixo do solo” (raízes, tubérculos, rizomas e bulbos comestíveis) e, que entre a lua crescente e a cheia, deve-se plantar tudo o que dá “acima do solo” (folhas, flores e frutos comestíveis).

A lua biodinâmica
Também a relação entre a lua e as constelações determina o que deveremos fazer no campo (e também em casa!).
Existe uma relação entre a posição em que a lua se encontra nas constelações e os órgãos das plantas que se encontram em maior actividade.

Se a lua se encontrar numa constelação do elemento fogo (carneiro, leão, sagitário) estamos num dia de fruto e por isso é o fruto da planta que está mais potencializado. É por isso altura para trabalhar as culturas que nos darão o fruto – as courgetes, os tomates, as abóboras,… É também nestes dias que deveremos fazer as podas para que possamos ter frutos vigorosos.

Se a lua se encontrar numa constelação do elemento terra (touro, virgem, capricórnio) estamos num dia raiz e por isso são as raízes que estão mais activas. Nestes dias devemos semear, transplantar e cuidar de vegetais de raiz ou tubérculos.

Se a lua se encontrar numa constelação do elemento água (caranguejo, escorpião, peixes) o dia é chamado de folha e por isso são os vegetais de folha a quem devemos dar particular atenção – couves, alface, salsa,…. Para a colheita deste tipo de vegetais é preferível, no entanto, escolher dias de fogo ou ar para que eles se conservem melhor.

Se a lua se encontrar numa constelação do elemento ar (gémeos, balança, escorpião) deveremos tratar das plantas das quais estamos interessados em obter as flores como por exemplo a couve-flor, os bróculos e as flores em particular.

Há calendários que podem ser consultados online e que nos dizem em que tipo de dia estamos. http://www.the-gardeners-calendar.co.uk/

Sabe mais sobre o nosso percurso de aprendizagem de Introdução à Permacultura.


Blogue Ser Sustentável
Written by José Cordeiro