sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Instrumento musical tradicional chinês - o Erhu. Com apenas duas cordas, toca uma melodia comovente única, que soa como a voz humana. O Erhu leva o título de instrumento mais antropomorfizado e exprime toda a emoção interior do músico. A música, as Czardas, de Monti, é de difícil execução em violino de 4 cordas, imagina executá-la em apenas duas.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
You say you don't want me you say you don't care
You say that your heart ain't got no room for me there
You say you don't need me
But I know that it's just a lie
'Cause you call me in the night
Tellin' me your life is better off without me
How come you're sleepin' all alone
Tellin' me you don't ever think about me
Hey you're givin' yourself away
It's there in every move you make
You can't hide your heartache away
Hey it's something you don't have to say
It's written in the tears on your face
I see through the part that you play
You're givin' yourself away
So you got all your freedom and you got all your time
So you got the illusion that you're doin' fine
So you smile in the mirror
Through the sadness your smile can't disguise
Why don't you come right out and say
"Baby you can't take another day without me?"
You know I'm runnin' through your blood
You need me like a drug and you can't live without me
Hey you're givin' yourself away
It's there in every move you make
You can't hide your heartache away
Hey it's something you don't have to say
It's written in the tears on your face
I see through the part that you play
You're givin' yourself away, you're giving yourself away
It doesn't matter what you say
You're givin' yourself away
And when you call me in the night
Tellin' me your life is better off without me
I know that you're lyin' there alone
Baby 'cause I know, you can't live without me
Hey you're givin' yourself away
It's there in every move you make
You can't hide your heartache away
Hey it's something you don't have to say
It's written in the tears on your face
I see through the part that you play
You're givin' yourself away, you're giving yourself away
It doesn't matter what you say
You're givin' yourself away
Hey it's something you don't have to say
It's written in the tears on your face
I see through the part that you play
Hey you're givin' yourself away...
https://www.youtube.com/watch?v=PlBPy...
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Carta dirigida pelo Dr. Frederico de Moura, Médico e Historiador de Vagos, ao Dr. Nogueira de Lemos, Médico Cirurgião de Aveiro
Meu caro Lemos,
É coisa axiomática que o pénis não obedece a freio; e é coisa de esperar que, a natureza o tenha dado a animal que lhe não obedece. Mas como a esta estuporada profissão que exercemos só aparecem anormalidades, aberrações e coisas em desacordo com a natureza, surgiu-me hoje no consultório esse rapazinho que lhe envio, com um freio de tal dureza e de tal conformação que o insubmisso pénis, tradicionalmente indomável, não teve outro remédio senão ceder. Calcule os mistérios e os paradoxos desta ladina natureza! Esse moço, na casa dos 20 anos com uns corpos cavernosos que devem estar isentos de qualquer esclerose ou de qualquer obstrução, e concerteza dispondo de uma libido afinada capaz de lhe fazer sair, erecto, o próprio umbigo, resolve ir para o casamento com os seus (dele) três vinténs e confirma, então a suspeita que já tinha, de que no auge da metálica erecção, o pénis fica em crossa como o báculo de um bispo, por incapacidade de vencer a brevidade e a dureza do freio que lho verga para a terra. Calculará o meu prezado Lemos, as acrobacias de alcova que este desgraçado terá de realizar para conseguir a penetração de um membro viril, quase tão torto como uma ferradura, na vagina suplicante da consorte. De modo que o rapazinho veio pedir-me socorro, e eu condoído peço-lhe a sua colaboração em favor da harmonia conjugal, com a certeza de que por isso ninguém nos irá acoimar de chegadores. Condoa-se a cirurgia de braço dado com a medicina que, por intermédio deste fraco servidor que eu sou, já se condoeu e endireitemos o pénis torto (e nada de confusões, que não é mole pelo que me afirma o proprietário). Lembremo-nos, sobretudo, ao praticarmos esta obra, que vem aí um tempo em que um pénis destes, mesmo em arco ou em forma de saca-rolhas, nos faria um jeitão, e ajudemos o pobre rapaz que se compromete comigo a fazer bom uso dele, emprenhando a mulher da primeira vez que o usar, depois da operação ortomórfica que o meu amigo lhe vai fazer sem sombra de dúvida. Desculpe mandar-lhe desta vez uma tarefa fálica! Ouvi uma mulher um dia dizer que um Phallus é um excelente amuleto e que dá sorte verdadeira. Se quiser tirar a prova não tem mais que endireitá-lo... e jogar a seguir na lotaria. Desculpe, pois, a remessa de bicho tão metediço que eu por mim prometo, logo que possa, e em compensação, mandar-lhe uma vulva virgem e nacarada como uma concha de madrepérola.
Um abraço do seu amigo certo
Frederico de Moura
P.S. – Como a minha letra é muito má segundo a sua opinião, e como o assunto desta carta é muito importante para duas pessoas, uma das quais do sexo fraco, entendi do meu dever dactilografá-la. Assim, não haverá nenhuma razão para que o meu amigo dizer que não entendeu o que eu queria e, por partida, deixar o aparelho na mesma ou pior ao rapaz.
Quero ainda dizer-lhe que para sua compensação, tenciono depois do êxito que o seu ferro cirúrgico vai alcançar, comunicar o seu nome à mulher beneficiada que, por certo, lhe ficará eternamente grata, ficando sempre com a sua pessoa presente na memória nos momentos – e oxalá que sejam muitos! – em que se sentir penetrada por um pénis que só o meu Amigo conseguiu endireitar. E nem sei se o Estado virá louvar a sua acção, se lhe for dado conhecimento que os filhos que saírem daquele casal são devidos em grande parte (não ao seu pénis) mas, sem dúvida, à sua mão.
E filhos com a mão nem toda a gente se poderá gabar de os fazer!
Creia-me seu afeiçoado,
Frederico
27/3/1958
domingo, 25 de outubro de 2015
A Boneca
PARA ONDE VAI O AMOR QUE SE PERDE?
Um ano antes de sua morte, Franz Kafka viveu uma experiência singular.
Passeando pelo parque de Steglitz, em Berlim, encontrou uma menina chorando porque havia perdido sua boneca.
Kafka ofereceu ajuda para procurar pela boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar.
Incapaz de encontrar a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram. “Por favor, não chore por mim, parti numa viagem para ver o mundo. ”.
Esta foi a primeira de muitas cartas que, durante três semanas, Kafka entregou pontualmente à menina, narrando as peripécias da boneca em todos os cantos do mundo : Londres, Paris, Madagascar…
Tudo para que a menina esquecesse a grande tristeza!
No fim, Kafka presenteou a menina com uma outra boneca.
Ela era obviamente diferente da boneca original.
Uma carta anexa explicava: “minhas viagens me transformaram…”.
Anos depois, a garota agora crescida encontrou uma carta enfiada numa abertura escondida da querida boneca substituta.
Em resumo, o bilhete dizia: “Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.
sábado, 24 de outubro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
O LOUCO
NO JARDIM dum manicómio
encontrei um rapaz
de rosto pálido e belo ,
cheio de espanto .
Sentei-me a seu lado
no banco e perguntei-lhe :
— Porque estás aqui ?
Olhou-me assombrado
e disse :
— É uma pergunta indiscreta ,
mas vou responder .
Meu pai queria executar em mim
uma reprodução de si próprio
e o mesmo quis fazer o meu tio .
Minha mãe queria converter-me
na imagem de seu ilustre pai .
Minha irmã fazia
do navegador seu esposo
o exemplo perfeito
que eu devia seguir .
Meu irmão pensava
que eu devia ser como ele ,
um excelente atleta .
Por sua vez os meus professores ,
o doutor em Filosofia ,
o mestre de Música ,
o de Lógica ,
estavam resolvidos ,
cada um deles ,
a que eu fosse apenas
o reflexo do seu rosto no espelho .
Foi assim que vim parar a este lugar .
Acho-o , aliás , mais cordato .
Pelo menos , aqui ,
posso ser eu próprio .
Depois , subitamente ,
voltou-se para mim e perguntou :
— Mas diz-me lá ,
também te trouxeram a este lugar
a educação e o bom conselho ?
— Não , respondi .
Eu sou um visitante .
Então ele disse-me :
— Ah ! Tu és um daqueles
que vivem no manicómio ,
do outro lado do muro .
— Khalil Gibran —
encontrei um rapaz
de rosto pálido e belo ,
cheio de espanto .
Sentei-me a seu lado
no banco e perguntei-lhe :
— Porque estás aqui ?
Olhou-me assombrado
e disse :
— É uma pergunta indiscreta ,
mas vou responder .
Meu pai queria executar em mim
uma reprodução de si próprio
e o mesmo quis fazer o meu tio .
Minha mãe queria converter-me
na imagem de seu ilustre pai .
Minha irmã fazia
do navegador seu esposo
o exemplo perfeito
que eu devia seguir .
Meu irmão pensava
que eu devia ser como ele ,
um excelente atleta .
Por sua vez os meus professores ,
o doutor em Filosofia ,
o mestre de Música ,
o de Lógica ,
estavam resolvidos ,
cada um deles ,
a que eu fosse apenas
o reflexo do seu rosto no espelho .
Foi assim que vim parar a este lugar .
Acho-o , aliás , mais cordato .
Pelo menos , aqui ,
posso ser eu próprio .
Depois , subitamente ,
voltou-se para mim e perguntou :
— Mas diz-me lá ,
também te trouxeram a este lugar
a educação e o bom conselho ?
— Não , respondi .
Eu sou um visitante .
Então ele disse-me :
— Ah ! Tu és um daqueles
que vivem no manicómio ,
do outro lado do muro .
— Khalil Gibran —
domingo, 4 de outubro de 2015
DECLARAÇÃO de . . . "NÃO VOTO"
Depois deste triste espectáculo , tão lamentável quanto degradante , de actos "libidino- masturbatórios" , públicos e publicitados , que foi a campanha eleitoral e que culminará com os mais variados orgasmos . . .
eu , que sou louco , decidi e declaro que :
(atendendo a que aceitaram as regras do jogo . . .)
- os perdedores , deverão calar-se , amargar e arcar com a azia da derrota (o Kompensan . . . o Vingel e outros , aliviam ! . . .) e esperar quatro anitos , até às próximas eleições , quem sabe . . . terão mais sorte . . .
- os ganhadores continuem a fazer aquilo que melhor fazem . . . (des)governar , governando-se . . .
eu e os outros , que não aceitamos e jamais aceitaremos as regras deste vosso jogo imundo e viciado , continuaremos a "refilar"com toda a legitimidade que nos assiste e a pugnar por uma mudança das regras , mas sempre com uma réstia de esperança de que um dia voltaremos a frequentar uma mesa de voto , cumprindo sim o nosso dever , mas numa Democracia de Verdade . . .
Até lá . . . tudo o que esperamos é que este regime político , esta democracia de treta . . . IMPLUDA de vez !
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