Numa madrugada
Atravessam-me as palavras cansadas
Arrastadas nos dedos nuas e devassas
Silêncio acordado e janelas apressadas
Vidros estilhaçados e atitudes escassas
No esvaziar demorado de suspiros e ais
Madrugada fria na escalada de loucuras
Pairam chilreadas e canções nos beirais
Sorrisos abertos e desvairadas aventuras
Transparência de caminhos sem destino
Numa madrugada
Pelo vento semeados ao som do violino.
Encruzilhada
Alice Coelho
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