Se optar por um depósito de uma só serpentina a solução passará pela ligação em série de um esquentador/caldeira accionados por um módulo solar e que estarão em funcionamento apenas e só o tempo necessário para que a água que vai ser consumida seja aquecida à temperatura necessária.
Se optar por um depósito de dupla serpentina significa que terá a possibilidade de o esquentador/caldeira actuar directamente no depósito (na segunda serpentina colocada na parte superior deste), fazendo com que a água se mantenha sempre à temperatura indicada pelo utilizador. No caso destes depósitos de dupla serpentina é possível, e nalguns casos até aconselhável, que estes sirvem de abastecimento/apoio a sistemas de aquecimento como os de piso radiante.
Exemplo de instalação com suporte de caldeira
Selecção de Depósitos
O volume óptimo de acumulação depende do tipo de colectores, do local e das características do consumo. De uma maneira geral o volume de armazenamento é idêntico ao consumo diário. Valores superiores não originam maiores economias.
Se o volume acumulado é menor conseguem-se maiores temperaturas de acumulação mas com um menor rendimento.
O sistema de armazenamento deve garantir prioritariamente o uso da energia solar face à energia convencional. Sempre que possível, separar o depósito acoplado ao sistema solar do depósito ligado ao sistema de apoio. Procurar depósitos termo-vitrificados ou em aço inox. O isolamento deve ser completo com espessura mínima de 80 mm, dependendo do material utilizado.
CUIDADOS A TER AQUANDO A AQUISIÇÃO DE UM SISTEMA
Antes de se efectuar a escolha/implementação de um sistema de energia solar térmica é conveniente ter-se em consideração diversos factores técnicos. O equipamento deverá ser certificado e deve prestar-se especial atenção aos rendimentos dos colectores e do sistema global.
A nível europeu, destaca-se a certificação Solar KeyMark (ver figura) atribuída pela ESTIF (Federação Europeia da Indústria Solar Térmica) e ao nível nacional a do CERTIF, realizada pelo laboratório do INETI (laboratório de ensaios de colectores solares).
A equipa técnica, que procede à sua instalação, também terá que ser credenciada, nomeadamente os instaladores deverão possuir uma certificação da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Apenas desta forma se poderá garantir a fiabilidade do sistema.
Normas aplicáveis a colectores solares:
Norma de Requisito de Produto: EN 12975-1:2006 Norma de Ensaio de Produto: EN 12975-2:2006
Normas aplicáveis a sistemas solares tipo “kit” (sistemas compactos em termossifão):
Norma de Requisito de Produto: EN 12976-1:2006 Norma de Ensaio de Produto: EN 12976-2:2006
Escolher apenas paineis solares/colectores com Solar KeyMark
Vantagens e Desvantagens dos sistemas
Sistema de TERMOSSIFÃO
VANTAGENS
- Unidade com colectores e acumulador num só sistema- Sistema simples auto-regulado pelo Sol- Praticamente isento de manutenção devido à qualidade dos materiais empregues e à ausência de partes móveis
DESVANTAGENS
- Instalação pode ser dificultada se não existirem pontos de ancoragem em planos inclinados que possam suportar o maior peso do conjunto - Maiores perdas térmicas da instalação devido à colocação do acumulador na posição horizontal e sujeito à intempérie
Sistema FORÇADO
VANTAGENS
- Os colectores e o acumulador ficam fisicamente separados. Este sistema recorre a uma electrobomba accionada por um controlador electrónico que força o fluido a percorrer o circuito solar- Fácil instalação/integração dos colectores no telhado- Menores perdas térmica do sistema uma vez que o acumulador ficará situado no interior da habitação, na posição vertical
DESVANTAGENS
- Necessário instalar uma rede em cobre de forma a ligar os colectores e o acumulador;- Consumo eléctrico da bomba e do controlador que, no entanto, são compensados pelo maior rendimento do sistema
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