segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

ACÇÕES DESESPERADAS !

 


Hugo Dionisio



Alguma coisa está em mudança no monte Olimpo e está a deixar em retalhos a união de tendências ligadas à falcoaria estado-unidense. Perceber e prever as acções da elite política que comanda, através dos seus mandatários transnacionais, os nossos destinos, implica conhecer o que reflecte e publica o mais importante think thank de defesa dos EUA. Esta pesquisa leva-nos a uma entidade que muito raramente surge nos momentos “informativos” da imprensa do atlântico norte: trata-se da RAND Corporation.
O momento mais conhecido da RAND, no que respeita ao conflito no leste europeu, é sinalizado pela publicação do relatório “Extending Russia - Competing from Advantageous Ground” (estender a Rússia – competir por uma posição vantajosa no terreno”. Este relatório contém todo o cardápio de malfeitorias que, nas pretensões tornadas públicas, publicadas e assaz repetidas pela cúpula do poder dos EUA, levariam a um fulminante derrota do poder político, económico e militar da Federação Russa.
A análise manifestada publicamente, pelos diversos intervenientes políticos, dizia que a Federação Russa não passava de “uma bomba de gasolina com armas nucleares”, um “tigre de papel” com um PIB equiparado ao da Holanda e um povo amordaçado por um “ditador louco” que apenas pelo “autoritarismo” e “repressão” se mantinha no poder.
Partindo de uma análise cuja informação parecia consubstanciar tais posicionamentos políticos, o relatório da RAND preconizava um tipo de intervenções, algumas das quais bem reportadas – outras nem por isso – na imprensa oficial. Foi o caso da tentativa de revoluções “coloridas” made in CIA na Bielorrússia, no Cazaquistão e nos países da ásia central, os quais, em conjunto com a Geórgia e a Moldávia, seriam provavelmente “promovidos” e “apoiados” à condição de uma Ucrânia actual. A Federação Russa, tendo de acorrer a todos os fogos, uns porque se transformavam em exércitos por procuração (como a Ucrânia), outros em bases de operações desestabilização interna lançadas pela CIA, acabariam por se “estender” até se partir em bocados e colapsar, colocando um fim à ameaça atual. Mesmo sem esta partição, sempre se poderia chegar a um ponto em que, após a destruição do poder político vigente, seria instalaria um “regime” mais dócil, apontando a uma “posição mais vantajosa no terreno”.
Dado a conhecer apenas em 2019, somos forçados a constatar que esta estratégia já estava em preparação há muito, principalmente a partir do momento em que o presidente russo perdeu a esperança de poder contar com uma “parceria” ocidental e anunciar o fim do mundo unipolar. Facto é que, o relatório tem uma ligação lógica com a National Defense Strategy de 2018 (estratégia nacional de defesa dos EUA).
Fosse quando fosse, esta estratégia entronca na estratégia de “jugoslavização” da Federação Russa. A verdade é que o itinerário constante desse trabalho foi cumprido quase escrupulosamente pela cúpula da segurança e defesa dos EUA: revoluções “coloridas”; estados transformados em exércitos por procuração; campanha de comunicação e desinformação; operações de desestabilização e sabotagem; sanções e embargos económicos. Um cardápio de fulminantes actividades “democráticas” em crescendo!
E porque é que é importante falar disto hoje? É importante porque nos últimos dias foi publicado um novo documento da RAND corporation, mas desta feita em sentido inverso, um estudo intitulado “Avoiding a Long War U.S. Policy and the Trajectory of the Russia-Ukraine Conflict” (evitar um conflito de longa duração – a política dos EUA e a trajectória do conflito russo-ucraniano).
Se os trabalhos anteriores apontavam para os objectivos que tão propalados foram por Anthony Blinken, Biden, Nuland ou Kirby, e que passavam por um conflito duradouro que esgotasse as energias russas, de forma a permitir a remoção do obstáculo, pela força, se necessário fosse, o estudo publicado, desta feita, aponta para a realização de uma relação de custo benefício entre os custos e riscos resultantes de uma guerra longa com Moscovo e os benefícios que os EUA podem retirar de uma trajectória que se prevê de escalada e poder resultar numa confrontação directa.
Algo mudou e de que maneira. Primeira era o triunfalismo e a destruição da ameaça, agora, um conflito longo traz riscos e custos que impedem os EUA de se focarem em prioridades mais prementes. Como ficamos? No início pretendia-se, precisamente, um conflito duradouro… Agora, não apenas comporta custos e riscos, como parece ser a própria Rússia que está mais confortável com a previsível extensão do conflito no tempo, ao ponto de designar Gerasimov como comandante chefe das forças armadas, prevendo mais do que um teatro de operações em simultâneo (a RAND apontava para a possibilidade bilateral Polaca).
Segundo o site www.moonofalabama.org
, uma das melhores fontes sobre politica externa dos EUA, a publicação deste estudo não surge por acaso, surgindo, antes, após uma tentativa por parte do chefe de gabinete dos EUA, Mark Milley, em promover um debate interno sobre possíveis negociações de paz com. Perdida a batalha na casa branca, não conseguindo demover Biden, pois este só ouve Nuland, Blinken e Sulivan (falcões de serviço), optou pela exposição publica da sua pretensão, vindo apelar ao início das negociações primeiro e, talvez, suscitar a publicação deste estudo, depois.
O problema é, como escreve Tyler Durden, num dos melhores sites de opinião da actualidade que é o www.zerohedge.com
, no seu artigo “The most Egregious Mistake” (o erro mais egrégio), recuar e inverter a direcção da política dos EUA, nesta matéria, não é, simplesmente, uma opção. A Casa Branca levou todo o ocidente numa direcção e velocidade tal, em matéria de triunfalismo, arrogância e “egrégia” imbecilidade, que não existe retorno ou inversão possíveis, sem uma total derrota da narrativa oficial e a consequente vergonha eterna. Daí que estes esforços de Mark Miller, devam de resultar em muito pouco, a não ser no aprofundamento das fracturas internas, o que pode ser positivo. O facto é que, já existe gente a pretender destoar deste caminho para o abismo.
Agora, ao contrário dos diversos escritos sobre a matéria, os quais tendem a explicar a impossibilidade de inversão na direcção, da estratégia suicida actual, com o sectarismo da narrativa oficial, que só oferece certezas e resultados inequívocos, em que, segundo os quais, inicialmente, esta estratégia não resultava propriamente de uma necessidade mas de uma escolha, traduzida no tal “erro egrégio”, eu, pessoalmente, tendo a considerar que não se tratou de um “erro”, nem tão pouco de uma escolha, mas sim, de um acto de desespero.
Diz a narrativa – americana - alternativa à corrente oficial, que a estratégia delineada representava uma ameaça existencial para a Rússia, mas não para os EUA. Para os EUA seria possível enveredar por outros caminhos que não os da criação deste conflito.
A meu ver, esta é uma posição condescendente e que desvaloriza os sentimentos de urgência que resultaram da análise catastrófica (nunca tornada pública) que, provavelmente, muitos terão feito quanto à situação da hegemonia estado-unidense. O facto é que, enquanto os EUA gastaram 8 triliões de dólares na guerra ao terror, canalizando para aí todos os seus esforços diplomáticos, económicos e militares… O que fizeram Rússia e China?
Enquanto os EUA usavam o pretexto do terrorismo (que eles próprios tantas vezes fomentaram e instrumentalizaram como arma de arremesso contra adversários políticos – Síria, por exemplo) para dominarem as maiores reservas mundiais de petróleo (no médio oriente), secundarizando outros recursos naturais, hoje com importância (como o lítio, por exemplo), a China desenvolveu as suas infra-estruturas, industria, exercito e, sobretudo, a sua plataforma internacional de trocas comerciais, hoje conhecida como Belt and Road Initiative (Novas Rotas da Seda). Neste período, o sul global pôde experimentar uma nova forma de “soft power”, que em vez de exigir privatizações, dolarização da economia e reformulação do sistema político à moda do que dava mais jeito, de que FMI e Banco Mundial eram os procuradores de serviço, a integração na BRI apenas exige que os projectos facilitem as trocas entre os países (daí as infra-estruturas). Em troca de recursos naturais, estes países – ao invés de corporações ocidentais e “investimento” traduzido na compra das empresas publicas -, recebem escolas, hospitais, redes 4G e 5G, portos, aeroportos, pontes, e quanto maiores e mais desafiantes melhor.
Nem a propaganda da “armadilha da dívida”, bem conhecida do FMI e dos tratados de associação com os EUA, impediu mais de 120 países de aderirem a esta rede. Entretanto e no mesmo período de tempo, a Rússia pôde reerguer-se do pesadelo neoliberal dos anos 90, recuperando a sua indústria e, acima de tudo, a sua auto-estima e orgulho nacional. Um pecado mortal aos olhos da casa branca. Foram feitos projectos de integração euroasiática (EUEA), de cooperação internacional (BRICS) e de infra-estruturas (INSTC) que contornam a influência dos EUA através dos mares, o que ajuda a blindar a economia dos países envolvidos.
Enquanto este mundo multipolar nascia nas barbas dos falcões mais arrogantes e sectários, o complexo militar industrial centrava as suas atenções na guerra ao terror. Os nossos noticiários, à data, em vez de Ucrânia, começavam e fechavam com atentados suicidas e bombas relógio. Até que…
Quando começaram a surgir as informações sobre este mundo, sob a forma de dados concretos, o pânico começou a instalar-se. Foi por alturas de 2017/18. É claro que, na minha perspectiva, este pânico não pode confessar-se. A sua exteriorização começou a surgir através do Euromaidan, da pressão e desestabilização sobre nações da américa latina menos alinhadas, com a prisão de Lula da Silva e de outros líderes nacionais, com cujas políticas a casa branca não estava confortável. Aos poucos fomos vendo a política externa dos EUA dirigir-se novamente para o domínio dos recursos naturais e dos mercados e menos para o terrorismo. Chegaram mesmo a “abandonar” o médio oriente, deixando aí apenas os cães de guarda Sionista e Curdo. Era o tempo dos noticiários que abriam e fechavam com a Venezuela.
Contudo, esta inversão de rumo já denunciava, a meu ver, uma espécie de corrida contra o tempo. Tempo que tinha que ser ganho.
Perante a contínua perda de terreno, lá chegámos ao tempo do Covid (que segundo muitos é “cartada” da casa branca, provocada ou oportunista, logo veremos, a seu tempo) e à construção de uma estratégia militar que terá sido eleita como, o último dos meios – longe de ser remoto –, para “conter” a China, recém classificada como “ameaça existencial”. O confronto no pacífico passaria pela criação de uma NATO oriental, baptizada de AUKUS. Nesta estratégia havia que remover os obstáculos que poderiam fazer pender a balança para o lado do inimigo. Esse obstáculo é a Federação Russa. A celebração de uma verdadeira aliança estratégica entre a Federação Russa e a China demonstra que as lideranças destes dois países deixaram de ter qualquer ilusão sore as reais intenções dos EUA. Quanto mais juntos estiverem, maior a sua protecção e maior a ameaça para os EUA.
É aqui que surge a opção “Ucraniana”! A estratégia de estender a Rússia até que partisse não foi uma opção. Foi uma acção desesperada. Absolutamente! E porquê?
Não o digo apenas por causa do que antes referi e da urgência que os dirigentes da elite das Corporações Transnacionais (a espinha dorsal do Império estado-unidense) deverão ter sentido perante a informação que lhes foi chegando. Nesta fase, convém dizer que o “falhanço” da estratégia Chinesa teve a sua importância nesse desespero. Para a elite corporativa que controla o poder político dos EUA, a “abertura” económica da China levaria de certeza (não sei em que ciência se basearam) à destruição do poder do Partido Comunista e à instalação de um governo de tipo neoliberal. Hong-Kong já terá sido uma etapa forçada, pois esta gente acreditava que o processo seria mais ou menos “natural”, resultando num colapso de tipo “URSS”, desta feita, na China. Mas não… Em 2015 já se dizia na casa branca que teriam de aprender a viver com a China como ela era. Não haveria um novo “Tiananmen” à vista.
Para a elite corporativa transnacional não existe cooperação. Existe domínio. Afinal é esse o combustível e a adrenalina do império. De qualquer um. Mas, voltando ao leste europeu, porque digo que a opção Ucraniana foi desesperada?
Primeiro foi forçada. E foi forçada porque resultou do fracasso de gente como Navalny e outros fantoches neoliberais, que deveriam ter conseguido produzir um desgaste do poder do Rússia Unida. A opção preferencial é sempre a que passa pela desconstrução e submissão interna do adversário. Não o conseguindo, sobrou apenas a militar. A militar é a componente em que os EUA ainda se consideram superiores.
O relatório da RAND apontava para um conjunto de “tarefas” que deveriam ser cumpridas para atingir-se o objectivo de “estender a Rússia” e assim conseguir uma “posição mais vantajosa no terreno”. Foi atingido esse desiderato? Não, nem por sombras.
Primeiro, falharam as revoluções “coloridas” na Bielorússia e Cazaquistão. Não apenas não removeram os respectivos governantes como pioraram a sua situação no terreno, reforçando o poder da Rússia sobre esses países (os respectivos governos por por si “salvos”). Segundo, falharam as sanções de 2014 em diante, ao não destruírem a economia russa. Pior, deram ao país uma capacidade de viver com as sanções do ocidente. As sanções foram “a” oportunidade de desenvolvimento, o pretexto que faltava para passar de uma economia apenas baseada na extracção de recursos, para uma economia industrial, em alguns casos de ponta e de ciclo completo, ou seja, com sectores chave soberanos e blindados contra manobras de sabotagem, a partir do exterior. Terceiro, a Geórgia não mordeu o isco e não se armou em exército por procuração, falhando o plano de criação de várias frentes de batalha. De tudo isto a Federação Russa saiu mais forte.
Enquanto o discurso para fora, por motivos ideológicos e estratégicos, continuava a ser o da “bomba de gasolina”, as acções denunciavam apenas desespero. A própria instrumentalização dos acordos de Minsk, acordos sancionados pela ONU, como forma de ganhar tempo para armar a Ucrânia, descredibilizou totalmente o ocidente aos olhos do sul global. Quem engana assim, um país como a Rússia, apoiando-se num processo como o de Minsk, é capaz de tudo.
O facto de conseguirem “convencer” um país ao sacrifício por causa do poder de outro, fazendo assentar esse “convencimento” na instauração de uma doutrina neonazi, que recupera Bandera (responsável directo pela morte de milhões de polacos, ucranianos e judeus), assente na xenofobia, no ódio racial e cultural, conduzindo esse país a um golpe de estado perpetrado por forças comparáveis às SS, e fazerem esta gente toda passar por mártires e heróis, chegado mesmo a retirar o batalhão Azov da lista de organizações extremistas… Tratou-se de outra facada na confiança, por parte de um mundo composto por nações a quem ainda não foi apagada a memória e conhecem o que de mal o fascismo e o nazismo lhes trouxe. Esse mesmo mundo também sabe a contribuição decisiva que a URSS – e a Rússia, por maioria de razão – deram, no século XX, para a derrota do colonialismo e para a libertação nacional da maioria da humanidade.
Tratou-se, também, da libertação das garras do imperialismo e colonialismo ocidentais. Do mesmo ocidente que usou a pilhagem como momento de apropriação primitiva de riqueza, que lhe permitiu chegar primeiro ao desenvolvimento e que depois o usou para submeter, ainda mais, os pilhados. Não, este mundo já não confia no ocidente. Este mundo não é o mesmo mundo que a média corporativa diz estar com Zelinsky.
O discurso oficial negou toda esta realidade e vendeu uma “banha da cobra”, segundo a qual, a Ucrânia, com a ajuda da poderosa NATO, venceria, sem apelo nem agravo, uma guerra de atrito contra a Rússia. Claro, a vitória seria tão retumbante que o atrito nem se iniciaria, pois, às primeiras sanções, o poder cairia na rua. Nem os milhares de agentes russos que a CIA tem no seu bolso foram capazes de o conseguir. O poder não só caiu como se reforçou, demonstrando que ainda está por nascer a nação orgulhosa que, sendo acossada a partir de fora, se volta contra si própria. Os pressupostos da RAND continuavam a estar cada vez mais longe de se verificarem.
Segundo a imbecilidade resultante do complexo de superioridade das elites ocidentais, um país com 3% do PIB global não teria hipótese contra o poderoso G7/NATO/EU. O que diz muito do método PIB enquanto forma de caracterização de uma economia. Como explicou o “velhinho” Marx, só o trabalho produz riqueza e só a transformação da matéria em algo com valor de uso traduz essa riqueza. É isso a “economia real” de que tanto fala Martyanov. Ao contrário da economia especulativa e ultra-financeirizada do ocidente, a Rússia tem uma economia real, que produz coisas com valor de uso. Com valor “real” de uso, sem as quais não vivemos, ao contrário de um Iphone ou de um perfume Chanel. Aliás, o sul global tem vindo, paulatinamente, a descobrir que tem os recursos, a tecnologia e a riqueza para possuir uma economia real. E não precisa do ocidente para isso. É o ocidente que não vive sem o sul global e não o contrário. O sul global já o percebeu, e os EUA também.
Ao constatá-lo, e ao assistir ao espectáculo deplorável que é o constante confisco de quantias soberanas depositadas em dólar ou euro, que o ocidente, a mando dos EUA, tanto rouba, hoje assistimos a um movimento de fuga do dólar…
Também nisto temos muito desespero, como o processo que levou à “instauração” de um Guaido na Venezuela ou as sucessivas tentativas de revolução “colorida” no Irão. Em ambos os casos, os dois países viram “congelados” as suas reservas no espaço G7/NATO/EU. Se este movimento, por si, já tinha colocado em sobreaviso muitos países, pois já não eram apenas os “comunistas” Cuba e República Popular da Coreia, desta feita, o congelamento e intenção de confisco das reservas russas fez, claramente, apertar o botão de pânico. Qualquer país, independente da dimensão, se não aceitar a submissão, é alvo de confisco de tudo o que tenha em moedas do ocidente colectivo.
O resultado? O resultado é BRICS+ e a cesta de moedas, é a proposta de moeda latino-americana entre Brasil e Argentina, é o retorno ao ouro, o criptoyuan e a multiplicação das trocas em moedas nacionais, como já sucede entre países euroasiáticos, Irão, China, India, Turquia e Rússia, a que muito recentemente se juntou o Paquistão, ou o caso da Arábia Saudita e China. O desafio parece ser simples: fugir às moedas “malditas”, mas sem parecer que se está a fazê-lo com urgência, não vá tudo cair aos trambolhões.
Este resultado era óbvio e foi tantas vezes previsto ao longo da última década. Inclusive em canais insuspeitos do ponto de vista da ideologia neoliberal como o Bloomberg ou Politico. Mas nem esses avisos demoveram a suicida arrogância e prepotência que resulta de 500 anos de supremacia racial ocidental.
Hoje, depois de Annalena Berbock nos confirmar que fomos arrastados para uma guerra, sem qualquer discussão democrática de fundo e reflexão pública, a não ser as infindáveis horas de propaganda “slava Ukraini” na média corporativa; tal guerra parte, também ela, de uma subavaliação das capacidades militares e industriais da própria federação russa. Lêssemos o relatório feito pelo congresso há uns dois anos sobre as capacidades militares da Federação Russa e veríamos que a conclusão geral era qualquer coisa como: muito armamento, mas pouco sofisticado, com problemas de precisão e ultrapassado em relação ao dos EUA. Ora, não é essa a história que contam os mais de 7500 tanques abatidos, os mais de 300 aviões, mais de 200 helicópteros e, mais importante que tudo, as centenas de milhares de vidas perdidas, principalmente de soldados (Zaluzhny terá dito ao Pentágono que seriam 232.000, fontes da CIA falam em 305.000 e a inteligência Chinesa já fala de 500.000 a 680.000). Seja o menor ou o mais pequeno, especialmente quando comparado com as perdas russas, dá-nos uma ideia catastrófica da desproporção de forças. Assistimos, de facto, a um processo de desmilitarização e desnazificação.
Com este pano de fundo, discutiu-se o envio de tanques, em mais um episódio de “armas maravilha”. Mas, desta feita, e depois de as outras não terem surtido o efeito desejado, os EUA já não querem atirar para a fogueira mais negócios de venda de armamento, como aconteceu com os “maravilhosos” HIMAR ou M777. Enviassem para lá os seus tanques Abrahms e logo cairia o número de vendas. Assim, os alemães que mandem para lá os seus Panzer-Gepard. Sholz não queria? Quando o ouvi dizer que só os enviaria se… Logo pensei: “ainda não recebeu o pedido não recusável de Biden e companhia”. Não demorou um dia a aparecerem imagens dos tanques caminho da Polónia, ainda antes do anúncio público. É assim a Alemanha dos nossos dias: um aglomerado de cavaleiros teutónicos identitários montados em unicórnios, com armaduras rosa e com girassóis não mão, em vez de espadas. Uma tristeza!
Seja como for, lá se vai preparando uma campanha de primavera em que, para defender os EUA, mais 100.000 militares ucranianos, recrutados à força, serão sacrificados em nome de Bandera (multiplicam-se a velocidade alucinante os vídeos de gente a ser apanhada nas ruas, nos centros comerciais, a esconder-se da polícia…)!
Podendo já garantir-se a derrota da ofensiva (vá lá… um país como a FR prefere sacrificar milhões dos seus melhores filhos a submeter-se a um qualquer império ocidental), os EUA preparam-se já para a próxima manobra desesperada. A jogar em Taiwan, Japão e Coreia do Sul. Entretanto seguem-se as tentativas de revolução “colorida”, até agora frustradas (os outros estão a aprender a desarmar o exército de ONG’s da CIA), para arranjar mais candidatos a “ucrânias” no pacífico.
O estudo da RAND aponta precisamente para essa “prioridade”. Mais uma que levará a acções cujos requisitos prévios não se verificam e, por isso mesmo, condenadas ao fracasso. Mas como alguém, dos EUA, disse há algum tempo: “já não existem opções boas”. Só as desesperadas. Faz lembrar os últimos tempos do Reich com a sua procura pelas “armas maravilha”.
Mas se o resto do mundo já viu as cenas dos próximos capítulos, aqui no território da NATO, a média corporativa ainda anda em modo ilusório, segundo o qual, o mundo é um quintal dos EUA e o ocidente colectivo é a referência civilizacional… É como o chavão “a Ucrânia está a ganhar a guerra”.
Será com prazer que assistirei a toda a uma multidão de jornaleiros, analistas, politólogos e outros charlatães a fazer o pino… e a dizer “ninguém previa isto”!
Não é o que fazem sempre? Em sinal de desespero?
E ainda há quem acredite neles!
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

A Guerra está a escalar…para um patamar demasiado perigoso para a Europa, para gáudio das corporações do armamento americano e dos falcões dos EUA!



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Alexandre Du Maar

Os media atingiram o top do declínio, do ponto de vista da moral, da ética e da verdade…e manipulam de forma vil tudo o que se passa na guerra!
Os pivôs das TVs parecem baratas tontas a adular consciente ou inconsciente a ascensão do nazismo !
Até a Alemanha visivelmente contrariada avançou para a escalada …com a leopardomania com a qual se diz que agora é que vai ser - Os russos vão sofrer!
Entretanto na frente de batalha os inocentes de ambos os lados continuam a morrer aos milhares!
Os tanques agora enviados podem usar projécteis com pontas de urânio , já anteriormente utilizadas na guerra do Iraque e da Yugoslavia, mas desta vez o opositor é a maior potência nuclear do mundo , …não se auguram bons tempos!
O nervosismo é visível no seio da NATO e seus vassalos aliados na Europa…as demissões e purgas por corrupção continuam no seio do governo Ucraniano, e as conversas em família de Zalensky estão cada vez mais distantes, enfadonhas e repetitivas!
Hoje faz 78 anos sobre o Crime mais hediondo da história- O Holocausto.
Sei que a Paz é o único acto heróico, mas agora só me apetece dizer ;
O Mundo está em maus lençóis…

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

A SANTIFICAÇÃO DA UCRÂNIA

Dr Paulo Figueiredo

Eram assim as notícias sobre a Ucrânia, há pouco mais de 2 anos. Fazia as capas dos jornais, com títulos como “Ucrânia: o campo de treino militar da extrema direita mundial”, concluindo que “A Ucrânia transformou-se no maior viveiro de neonazis do Mundo”. Até se adivinhavam as “ligações com Portugal”. Zelensky e o seu regime eram acusados de proteger e estimular tais actividades. Tudo com fotografia de saudação de mão estendida, para não deixar dúvidas.
De repente, tudo isto desapareceu, como por magia, como se nunca tivesse acontecido (quantas vezes já tivemos isto, quando convém, não é?). Um autêntico processo de beatificação dos pobres cordeiros ucranianos martirizados pelo algoz russo – não, eles eram santinhos, quietinhos à volta da fogueira aquecendo as mãos pacíficas no frio invernal, quando foral atacados pelos lobos esfaimados. Zelensky entra-nos em casa todas as noites, várias vezes por telejornal, exaustivamente transfigurado de permitir o fascismo puro e duro paramilitar do batalhão Azov & similares para “combatente da Liberdade”. A Ucrânia, a tal que era, e cita-se, “o maior viveiro de neonazis do Mundo”, transvestiu-se de repente no símbolo da Liberdade. Santificada, glorificada, ungida da água benta hipócrita dos “PÚBLICO´s” deste mundo, os tais que nos informam com rigor e isenção.
Ou será que o insuspeito “PÚBLICO” seria, na altura, afinal, algum “agente da propaganda russa”, como é acusado qualquer um/a que coloque em causa a “verdade” oficial que nos servem todos os dias, em altas doses ?


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

O mundo fragmentado caminha como sonâmbulo para a III Guerra Mundial . Klaus Schwab , o patrão do Fórum Económico Mundial .



As auto-proclamadas "elites" de Davos têm medo. Estão assustadas. Nas reuniões desta semana do Fórum Económico Mundial, o articulador-mor Klaus Schwab – exibindo a sua marca registada de vilão estilo Bond – insistiu reiteradamente acerca de um imperativo categórico: precisamos de "Cooperação num Mundo Fragmentado".
Se bem que o seu diagnóstico da "mais crítica fragmentação" em que o mundo está agora afundado seja previsivelmente sombrio, Herr Schwab sustenta que "o espírito de Davos é positivo" e que, no final, todos nós poderemos viver felizes numa "economia verde sustentável".
O que Davos tem conseguido nesta semana é inundar a opinião pública com novos mantras. Há o "O Novo Sistema" que, considerando o fracasso abjeto do Great Reset (Grande Reinicialização), agora assemelha-se a uma atualização apressada do – avariado – sistema operativo atual.
Davos precisa de novo hardware, novas capacidades de programação, até mesmo de um novo vírus. Mas por enquanto tudo o que está disponível é uma "poli-crise": ou, na linguagem de Davos, um "cluster de riscos globais relacionados com efeitos combinados".
Em linguagem simples: uma tempestade perfeita
Aborrecidos e insuportáveis sujeitos daquela ilha do Divide e impera (Divide and Rule) no norte da Europa acabam de descobrir que a "geopolítica", infelizmente, nunca entrou realmente no túnel do "fim da história": para espanto deles, está agora centrada – mais uma vez – em toda a Eurásia central (Heartland), tal como esteve durante a maior parte da história registada.
Queixam-se de geopolítica "ameaçadora", expressão que é um código para a Rússia-China, com o Irão anexado.
Mas a cereja no bolo alpino é a arrogância/estupidez a dominar o jogo: a cidade de Londres e os seus vassalos estão furiosos porque o "mundo feito por Davos" está em colapso rápido.
Davos não "fabricou" mundo nenhum para além do seu próprio simulacro.
Davos nunca acertou em nada, porque estas "elites" estavam sempre ocupadas a elogiar o Império do Caos e as suas letais "aventuras" por todo o Sul Global.
Davos não só não conseguiu prever todas as crises económicas recentes e importantes, mas sobretudo a atual "tempestade perfeita", ligada à desindustrialização do Ocidente Coletivo, inspirada pelo neoliberalismo.
E, claro, Davos não tem a menor ideia sobre a verdadeira Reinícialização que está a ter lugar rumo à multipolaridade.
Os que se auto-descrevem como líderes de opinião estão ocupados em "redescobrir" que A montanha mágica de Thomas Mann foi colocada em Davos – "contra o pano de fundo de uma doença mortal e de uma guerra mundial iminente" – há quase um século atrás.
Bem, hoje em dia a "doença" – totalmente bioweaponizada – não é exatamente mortal em si mesma. E a "iminente Guerra Mundial" está de facto a ser ativamente encorajada por uma cabala de neocons e neoliberais-cons dos EUA: um Estado Profundo bipartidário, não eleito e não responsabilizado, nem sequer sujeito a ideologia. O criminoso de guerra centenário Henry Kissinger ainda não o entendeu.
Um painel de Davos sobre desglobalização estava cheio de inconsistências (non-sequiturs), mas pelo menos uma dose de realidade foi fornecida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro Peter Szijjarto.
Quanto ao vice-primeiro-ministro chinês Liu He, com os seus vastos conhecimentos de finanças, ciência e tecnologia, pelo menos foi muito útil para estabelecer as cinco principais diretrizes de Pequim para o futuro previsível – para além da habitual sinofobia imperial.
A China irá concentrar-se na expansão da procura interna; em manter as cadeias industriais e de fornecimento "suaves"; ir para o "desenvolvimento saudável do sector privado"; aprofundar a reforma das empresas estatais; e visar um "investimento estrangeiro atrativo".
Resistência russa, precipício americano
Emmanuel Todd não esteve em Davos. Mas foi o antropólogo, historiador, demógrafo e analista geopolítico francês que acabou por amarfanhar todas as penas caras ao Ocidente coletivo com um objeto antropológico fascinante: uma entrevista baseada na realidade.
Todd falou a Le Figaro – o jornal preferido do establishment francês e da alta burguesia. A entrevista foi publicada na sexta-feira passada, na página 22, ensanduichada entre as proverbiais arengas russofóbicas e com uma menção extremamente breve no fundo da primeira página. Por isso, as pessoas tiveram realmente de trabalhar arduamente para a encontrar.
Todd brincou que tem a reputação – absurda – de "rebelde destruidor" em França, ao passo que no Japão é respeitado, apresentado nos principais meios de comunicação e os seus livros são publicados com grande êxito, incluindo os mais recentes (mais de 100 mil exemplares vendidos): "A Terceira Guerra Mundial já começou".
Significativamente, este best-seller japonês não existe em francês, pois toda a indústria editorial sediada em Paris está reboque da linha UE/NATO no que se refere à Ucrânia.
O facto de Todd acertar em várias coisas é um pequeno milagre no atual panorama intelectual europeu, extremamente míope (há outros analistas especialmente em Itália e na Alemanha, mas têm muito menos peso do que Todd).
Eis, portanto, os Grandes Pontos de Todd em modo conciso.
Uma nova Guerra Mundial está em curso: Ao "passar de uma guerra territorial limitada para um choque económico global, entre o Ocidente coletivo de um lado e a Rússia ligada à China do outro, esta tornou-se uma Guerra Mundial".
O Kremlin, diz Todd, cometeu um erro ao calcular que uma sociedade ucraniana em decomposição entraria imediatamente em colapso. Claro que ele não entra em pormenores sobre como a Ucrânia fora armada até aos dentes pela aliança militar da NATO.
Todd acerta no alvo quando sublinha como a Alemanha e a França tornaram-se parceiras menores na NATO e não tinham conhecimento do que estava a ser conspirado militarmente na Ucrânia: "Elas não sabiam que americanos, britânicos e polacos podiam permitir à Ucrânia combater uma guerra prolongada. O eixo fundamental da NATO é agora Washington-Londres-Varsóvia-Kiev".
A grande revelação de Todd é assassina: "A resistência da economia russa está a conduzir o sistema imperial americano ao precipício. Ninguém havia previsto que a economia russa se manteria face ao "poder económico" da NATO".
Consequentemente, "os controlos monetários e financeiros americanos sobre o mundo podem entrar em colapso, e com eles a possibilidade de os EUA financiarem em troca de nada o seu enorme défice comercial".
E é por isso que "estamos numa guerra sem fim, num conflito em que a conclusão é o colapso de um ou do outro".
Sobre a China, Todd pode parecer uma versão mais combativa de Liu He em Davos: "Este é o dilema fundamental da economia americana: não pode enfrentar a concorrência chinesa sem importar mão-de-obra chinesa qualificada".
Quanto à economia russa, "aceita as regras do mercado, mas com um papel importante para o Estado, e mantém a flexibilidade de formar engenheiros que permitam adaptações, industriais e militares".
E isso leva-nos, mais uma vez, à globalização, de uma forma que as mesas redondas de Davos foram incapazes de compreender: "Deslocalizámos tanta da nossa actividade industrial que não sabemos se a nossa produção bélica pode ser sustentada".
Numa interpretação mais erudita dessa falácia do "choque de civilizações", Todd vai em direção a um poder suave e chega a uma conclusão surpreendente: "Em 75 por cento do planeta, a organização da paternidade era patrilinear e é por isso que podemos identificar uma forte compreensão da posição russa. Para o coletivo não-ocidental, a Rússia afirma um conservadorismo moral tranquilizador".
Assim, o que Moscovo conseguiu fazer foi "reposicionar-se como o arquétipo de uma grande potência, não só "anti-colonialista" mas também patrilinear e conservadora em termos de costumes tradicionais".
Com base em tudo isto, Todd esmaga o mito vendido pelas "elites" da UE/NATO – incluindo Davos – de que a Rússia está "isolada", sublinhando como os votos na ONU e o sentimento geral em todo o Sul Global caracterizam a guerra, "descrita pelos principais meios de comunicação social como um conflito sobre valores políticos, de facto, a um nível mais profundo, como um conflito de valores antropológicos".
Entre a luz e a escuridão
Será que a Rússia – ao lado do verdadeiro Quad, como os defini (com a China, Índia e Irão) – está a prevalecer nos desafios antropológicos?
O verdadeiro Quad tem tudo o que é preciso para desabrochar num novo foco transcultural de esperança num "mundo fragmentado".
Um misto da China confucionista (não dualista, sem divindade transcendental, mas com o Tao a fluir através de tudo) com a Rússia (cristã ortodoxa, reverenciando a divina Sofia); a Índia politeísta (roda do renascimento, lei do karma); e o Irão xiita (Islão precedido pelo zoroastrismo, a eterna batalha cósmica entre Luz e Trevas).
Esta unidade na diversidade é certamente mais apelativa, e edificante, do que o eixo da Guerra para sempre.
Será que o mundo aprenderá com ele? Ou, para citar Hegel – "o que aprendemos com a história é que ninguém aprende com a história" – estaremos nós condenados sem esperança?
- Pepe Escovar
18/Janeiro/2023
[*] Analista político. As suas obras principais estão aqui.
O original encontra-se em http://www.presstv.ir/.../world-sleepwalks-World-War-III
.
Este artigo encontra-se em resistir.info
19/Jan/23




segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

A Propaganda Perpetua a Pandemia e a Censura


9 de janeiro de 2023

Por que bilhões engoliram a farsa do COVID
Jabs não funcionam, mas eles ainda estão empurrando-os. Infecção assintomática não existe, mas de alguma forma pessoas saudáveis podem espalhar o vírus? Não faz sentido lógico, mas aqui está a manipulação subracional que eles usaram para enganar nossos olhos.

RESUMO DA HISTÓRIA

O COVID-19 é a maior e mais sofisticada operação de propaganda da história. Técnicas psicológicas foram amplamente utilizadas durante 2020 para incitar medo e pânico na população

Estratégias de propaganda também foram usadas para levar as pessoas a apoiar e defender medidas irracionais do COVID, como mascaramento, isolamento, distanciamento social, bloqueios e mandatos de jab.

O que tornou a propaganda do COVID muito mais eficaz do que qualquer operação de propaganda anterior é o fato de que um vírus é o inimigo perfeito. É invisível, pode ser carregado por qualquer pessoa, incluindo aqueles que você mais ama, e pode "levá-lo" a qualquer lugar

A retórica clássica trata da persuasão por meio de argumentos. Apela à lógica. A propaganda, por outro lado, é um tipo de manipulação subracional que apela aos nossos instintos mais básicos, como o medo. Uma definição informal de propaganda é "uma tentativa organizada de levar as pessoas a pensar ou fazer algo - ou não pensar ou fazer algo"

A Grande Mentira é possível porque quanto mais divorciada uma mentira estiver da realidade, maior a probabilidade de sucesso, pois a maioria das pessoas reluta em pensar que figuras de autoridade mentiriam e ignorariam completamente a realidade.

https://rumble.com/vkppo0-covid-is-a-global-propaganda-operation.html

No vídeo acima, publicado inicialmente em agosto de 2021, o professor Piers Robinson, Ph.D. — codiretor da Organization for Propaganda Studies, cuja especialidade de pesquisa é a comunicação persuasiva organizada e a propaganda contemporânea — fala ao Asia Pacific Today sobre a propaganda na era da COVID.

Conforme observado por Robinson, o COVID-19 é inquestionavelmente a maior e mais sofisticada operação de propaganda da história. Técnicas psicológicas foram amplamente utilizadas durante 2020 para incitar medo e pânico na população, enquanto outras estratégias de persuasão foram usadas para fazer com que as pessoas apoiassem e defendessem as medidas do COVID, como mascaramento, isolamento, distanciamento social, bloqueios e mandatos de jab.

A Guerra da Propaganda

De fato, a propaganda é o que permitiu que medidas COVID draconianas e não científicas fossem implementadas em primeiro lugar. Sem propaganda e censura simultânea de pontos de vista opostos, pouco do que passamos teria sido possível.

Conforme observado por Robinson, embora o uso de propaganda estatal pudesse inicialmente ser justificado como um meio necessário para atingir um objetivo de saúde pública - proteger as pessoas de doenças e mortes relacionadas ao COVID - rapidamente ficou claro que esse não era o caso e provavelmente nunca era.

Hoje, três anos depois, é bastante evidente que a COVID é uma operação psicológica. Por exemplo, desde 2022, o mais tardar, COVID nada mais é do que outra infecção respiratória endêmica, muito parecida com o resfriado comum, mas a pandemia não foi declarada "acabada".

Agora também temos evidências claras de que as vacinas de COVID não impedem a infecção ou a propagação do vírus, o que nega toda a premissa dos passaportes de vacinas, mas estão sendo empurrados de qualquer maneira. Resumindo, o COVID-19 foi (e ainda é) um meio para um fim; suspender e despojar-nos dos direitos constitucionais e das liberdades civis, e promover objetivos de reestruturação social, política e financeira fora dos processos democráticos.

Uma obra-prima da propaganda

Outro especialista em propaganda que falou sobre o uso aberto de propaganda para criar e manter a pandemia é o professor Mark Crispin Miller, Ph.D., que entrevistei em junho de 2021 sobre a censura acadêmica que experimentou na Universidade de Nova York.

Ironicamente, foi o fato de ensinar os alunos a questionar e resistir à propaganda que provocou o cerceamento de sua liberdade acadêmica, depois de ensinar essa importante matéria por mais de 20 anos. Como Robinson, Miller acredita que o que vivenciamos nos últimos três anos é uma "obra-prima" de propaganda de escala e sofisticação inigualáveis.

Tudo começou com o surto de um patógeno desconhecido na China. A mídia mostrou imagens de pessoas supostamente caindo mortas nas ruas. Isso nunca aconteceu em nenhum outro lugar desde então, o que sugere fortemente que essas imagens foram apropriadas indevidamente para um propósito - espalhar o medo.

De acordo com Miller, o tipo de medo usado para propagar a crença de que o COVID-19 era uma ameaça letal foi o mais devastador já usado na história da propaganda. O que tornou a propaganda do COVID muito mais eficaz do que qualquer operação de propaganda anterior foi o fato de que um vírus é o inimigo perfeito.

É invisível, pode ser carregado por qualquer pessoa, incluindo aqueles que você mais ama, e pode "levá-lo" a qualquer lugar. Conforme explicado por Miller, em operações de propaganda anteriores, o inimigo era tipicamente retratado como tendo a capacidade de "infectar" o povo e a nação com seu mal.

Este foi o caso tanto da propaganda anticomunista quanto da "guerra ao Terror." O comunismo foi comparado a uma doença infecciosa destinada a devastar a nação, e os terroristas foram comparados a uma pandemia que precisava ser controlada e combatida. Com o COVID, a propaganda mudou para o próprio medo - um vírus real.

Apesar de um entendimento antigo de que a infecção assintomática não existe, os propagandistas até conseguiram convencer o público de que pessoas perfeitamente saudáveis poderiam espalhar o vírus. Era uma ficção completa, uma falsidade científica, é assim que sabemos que a narrativa da pandemia foi uma operação psicológica, mas as pessoas estavam com tanto medo que não questionaram.


O que é Propaganda?

Conforme observado pelo blogueiro e analista de propaganda Klark Barnes, se quisermos ser livres, devemos saber o que é propaganda e como ela funciona. A retórica clássica trata da persuasão por meio de argumentos. Apela à lógica. A propaganda, por outro lado, é um tipo de manipulação subracional que apela aos nossos instintos mais básicos.

Uma definição informal de propaganda é "uma tentativa organizada de levar as pessoas a pensar ou fazer algo - ou não pensar ou fazer algo". A propaganda pode ser verdadeira ou falsa, ou algo intermediário, e pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Anúncios de serviço público incentivando você a não fumar, por exemplo, são uma forma de propaganda benevolente.

O problema com a propaganda é que ela é inerentemente tendenciosa e unilateral, o que pode se tornar totalmente perigoso se o outro lado for censurado.

Isso é particularmente verdadeiro quando se trata de medicina e saúde, e a censura das informações sobre o tratamento do COVID-19 e os perigos potenciais das vacinas do COVID é um exemplo perfeito disso. A propaganda do estado e a propaganda de guerra também dependem muito da incitação ao medo e à raiva, o que faz com que as pessoas se comportem de maneiras que normalmente não fariam.

https://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2023/01/09/propaganda-perpetuates-pandemic-censorship.aspx

Covid é uma operação de propaganda global

https://rumble.com/vkppo0-covid-is-a-global-propaganda-operation.html

2020: Uma obra-prima da propaganda, Prof. Mark Crispin Miller, Perspectives on the Pandemic, Episódio 17, Parte Um

https://odysee.com/@PandemicParallaxView:6/2020-A-Propaganda-Masterpiece-Prof-Mark-Crispin-Miller-PonP-Episode17

Como a Propaganda Perpetua a Pandemia e a Censura

O problema com a propaganda é que ela é inerentemente tendenciosa e unilateral, o que pode se tornar totalmente perigoso se o outro lado for censurado.

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