sábado, 4 de dezembro de 2010

MEDINA CARREIRA (Com letra grande)

JOSÉ SÓCRATES É UM HOMEM DE CIRCO (quer dizer, um PALHAÇO, com perdão dos
verdadeiros profissionais)

A economia vai derrotar a democracia de 1976.

José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser
gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José
Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país.
O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não
está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que
isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas.
A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele
em que nós estamos a viver. **Este que está lá agora, o Sócrates, é um homem
de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.
É gente de circo. E prezam o espectáculo porque querem enganar a sociedade.

Vocês, comunicação social, o que dão é esta conversa de «inflação menos 1
ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6». Se as pessoas soubessem o que é
0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto
andamos a discutir um café de 3 em 3 dias... **mas é sem açúcar.**
Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não
quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser
«popularuxo» porque não dependo do aparelho político!
Ainda há dias eu estava num supermercado, numa **fila** para pagar, e estava
uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar **«
6 x 3 = 18 »,** contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... Isto não é
ensino... é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa!
Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste.
Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1%... esta economia
não resiste num país europeu.
Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar
coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse.
Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este
dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis?
P'rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha
que sim?
A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se
calhar não era melhor aproveitar a Portela?
**Quer dizer, isto está tudo louco?"**
Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a
funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da
Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado
aquilo for...
Nós tivemos nos últimos 10 / 12 anos 4 Primeiros-Ministros:
- Um desapareceu;
- O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;
- O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;
- **E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim**
O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou . . .

Foi "exilado" para Londres.

O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris.

O Alegre depois não sei para onde ele irá...

Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio
dourado", ou então é entupido e cercado.
Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí
uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400?

Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um
saque dos dinheiros públicos?

E não vejo intervenção da polícia... Há-de acreditar que há muita gente que
fica com a grande parte da diferença!
De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o
país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na
estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas
não passa disso. É só para entreter a gente.
Isto é um circo. É uma palhaçada. Nas eleições, uns não sabem o que estão a
prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos:

- Prometem aquilo que sabem que não podem.
A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do
ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que
não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve
estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer
estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é
inclusiva...
O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?
Os exames são uma vergonha.
Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha
que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que
posso dizer é que é mentira, é um roubo ao ensino e aos professores! Está-se
a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser
completamente desgraçada!
A minha opinião desde há muito tempo é: TGV - Não !
Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho
que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do
petróleo.
Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não?
Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos
encalacrados no estrangeiro?

Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe...
Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que
se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os
bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria... Esses é que
têm interesse, não é o Português!
Nós em Portugal sabemos resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque,
do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos
resolver os nossos. **As nossas grandes personalidades em Portugal falam de
tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes
perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe.** Somos um
país de papagaios...
Receber os prisioneiros de Guantanamo?
Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara... Saibamos olhar para
os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um
sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os
outros.

Olhemos para nós!
A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando
passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós
ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é
importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita
crise. Não é!
Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a
48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões!Portanto, quando
acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões!Quem é que vai
pagar?
Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade.
Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós
estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o
pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir...
Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na
Assembleia...
Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse
espectáculo....
Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum.
Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada» Porque sem
pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes
professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que
lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa
nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar
aquilo...Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a
autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira».
Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou
numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12º ano e agora vai seguir
Medicina...

Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas
oportunidades» e agora entra em Medicina...

Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas
quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação...
Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice...
É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a
levar.
Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as
desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades
ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem
justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um
caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe.
Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais
pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos
outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho...
Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer,
provavelmente com muito barulho...
Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e
agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o
que quiserem...
Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de
Portugal. Por conseguinte quando os Governos dizem que estão a fazer coisas
e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de
médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem
nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e
portanto, não acreditem...
No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a
angústia da economia portuguesa.
Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta interpenetração do
político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos
políticos que vão buscar as empresas...Isto não é um problema de regras, é
um problema das pessoas em si...Porque é que se vai buscar políticos para as
empresas?
É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política...
Um político é um político e um empresário é um empresário. Não deve haver
confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser
político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá,
volta-se para ministro... é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à
sociedade.
Este país não vai de habilidades nem de espectáculos.
Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e
a distribuir computadores, eles não são ministros. São propagandistas! Eles
não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm
que perceber quais os grandes problemas do país!
Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem
«este tipo é chato, é pessimista»...
Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito...
Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem
estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os
portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que
começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir.



O Português está farto de ser enganado!

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