não são moinhos de água
é o silêncio dos meus pensamentos
que nas profundezas
escuta sussurros e gritos
vindos de um povo que se indigna
mas não se atulha
somos embalados por um suave torpor
por homens sem rosto
que com incenso e leques de vento
perfumam o nosso corpo
somos do vício do tempo
somos dos centros comerciais
não queremos saber
dos valores existenciais
acordemos
porque o Sol se esconde
e a noite vai ser longa
vamos à rua
tocar ao vento
correr na avenida
entrelaçar os sentimentos
e dizer tanto assim
não queremos mais
estamos fartos
de tanto suprimento
POR CFBB (Carlos Fernando Bondoso Bondoso)
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