segunda-feira, 30 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
PORTUGAL ENFORCADO
Arselio Martins
Um poeta amigo chamou-me a atenção para um texto de Nuno Ramos de Almeida. Obrigado, Firmino. Aqui fica transcrição:
PORTUGAL ENFORCADO
Em Portugal a corrupção não é um desvio do sistema, é a própria normalidade, num regime em que os pobres pagam os prejuízos do bancos e os ricos têm o dinheiro na Holanda.
O responsável máximo da fundação do Pingo Doce, um think tank inteligente do neoliberalismo, declarou, ao jornal i, que os juízes do Tribunal Constitucional tinham mentalidade de funcionários públicos. Como se isso fosse um insulto, como se ser professor, médico, polícia, homem do lixo, funcionário de uma autarquia, bombeiro e enfermeiro desqualificasse as pessoas e significasse que andam a roubar o dinheiro dos outros.
Para certa gente, servir a população é um crime. Todos os serviços públicos e o Estado social são vistos como privilégios de madraços e coisas que em última instância estão a impedir algum negócio chorudo de um amigo privado.
No fundo o Sr. Garoupa tem alguma razão: neste país há duas atitudes mais pronunciadas, uma espécie de ideal de tipo weberiano, que resumiriam as atitudes em disputa: por um lado, temos a maioria da população, que tem "mentalidade de funcionário público", por outro lado, temos os governantes, as fundações, que justificam o nosso sistema, e as elites económicas, que têm mentalidade de banqueiro.
É essa atitude que permite o Sr. Ricardo Salgado ir ter com o primeiro-ministro, que ele ajudou a colocar no poder, e pedir 2500 milhões de euros para tapar um dos buracos no BES. Mentalidade de banqueiro é aquela que acha natural que os lucros da especulação sejam para os acionistas e os prejuízos dessa nobre atividade sejam pagos pelo contribuinte. Foi o que funcionou até agora. Nós pagamos os BPN, os BCP, as parcerias público-privadas e os swaps especulativos com os nossos ordenados, impostos e reformas. Infelizmente, para o líder do BES aproximam-se as eleições e nem mesmo Passos Coelho o pode salvar e tirar mais 2500 milhões de euros da cartola que alimentou tanto rico com o nosso dinheiro.
Mas não sejamos cegos, a crise continua a ser uma máquina ideológica que destrói a vida da maioria da população, aquela que tem a "mentalidade de funcionário público", e permite salvar os negócios da casta que manda neste país. No meio da maior crise que a Europa viu desde a Segunda Guerra Mundial, os mais ricos viram crescer a sua riqueza individual. É caso para usar uma expressão, do na altura primeiro-ministro Cavaco Silva, sobre alguns dos empreendedores portugueses dos anos 80: "Há milionários prósperos que são donos de empresas falidas."
Nos países da periferia da Europa a corrupção não é um acidente. Ela não é combatida pelo sistema porque é a própria garantia da manutenção das elites e da casta que manda e lucra. O capitalismo rentista, em que as fortunas são feitas à conta do Estado e do contribuinte, tem a desigualdade económica e política como condição de existência. Só uma sociedade em que a maioria da população é expulsa do campo da decisão política permite o seu roubo e empobrecimento continuado.
Mas de tanto puxar a corda, as coisas são cada vez mais voláteis. É por isso que ninguém pode dizer que o rei vai nu. Só assim se percebe que um estudante da Universidade do Algarve esteja a responder em tribunal por ter feito uma obra em que denunciava a situação no país. Como fez uma instalação em que enforcava a bandeira nacional, pode ir preso. Aqui em Portugal quem denuncia a pouca-vergonha pode acabar na cadeia, aqueles que na realidade enforcam o país e roubam a sua população ainda ganham medalhas de comendadores.
NUNO RAMOS DE ALMEIDA
(Texto publicado no «i» em 24/Junho/2014)
quarta-feira, 25 de junho de 2014
A incrível geração de mulheres...
Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:
“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, p'ra lá e p'ra cá.
Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projecto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.
Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.
Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”
Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.
O fato é que eu venho pensando nisso. Na incrível dissonância entre a criação que nós, meninas e jovens mulheres, recebemos e a expectativa da maioria dos meninos, jovens homens, homens e velhos homens.
O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?
Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.
Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exactamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.
Mas nos ensinaram esportes. Nos fizeram aprender inglês. Aprender a dirigir. Aprender a construir um bom currículo. A trabalhar sem medo e a investir nosso dinheiro. Exactamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.
Mas, escuta, alguém lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco p'ra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?
Aí, a gente, com nossa camisa social que amassou no fim do dia, nossa bolsa pesada, celular apitando os 26 novos e-mails, amigas nos esperando para jantar, carro sem lavar, 4 reuniões marcadas para amanhã, se pergunta “que raio de cara vai me querer?”.
“Talvez se eu fosse mais delicada… Não falasse palavrão. Não tivesse subordinados. Não dirigisse sozinha à noite sem medo. Talvez se eu aparentasse fragilidade. Talvez se dissesse que não me importo em lavar cuecas. Talvez…”
Mas não. Essas não somos nós. Nós queremos um companheiro, lado a lado, de igual p'ra igual. Muitas de nós sonham com filhos. Mas não só com eles. Nós queremos fazer um risotto. Mas vamos querer morrer se ganharmos um liquidificador de aniversário. Nós queremos contar como foi nosso dia. Mas não vamos admitir que alguém questione nossa rotina.
O facto é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia p'ra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?
E não estou aqui, num discurso inflamado, culpando os homens. Não. A culpa não é exactamente deles. É da sociedade como um todo. Da criação equivocada. Da imagem que ainda é vendida da mulher. Dos pais que criam filhas para o mundo, mas querem noras que vivam em função da família.
No fim das contas a gente não é nada do que o inconsciente colectivo espera de uma mulher. E o melhor: nem queremos ser. Que fique claro, nós não vamos andar para trás. Então vai ser essa mentalidade que vai ter que andar para frente. Nós já nos abrimos p'ra ganhar o mundo. Agora é o mundo tem que se virar p'ra ganhar a gente de volta.
sábado, 21 de junho de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Dicas para fazer sexo , na 4ª idade :
1. Ponha os óculos.
2. Certifique-se de que sua companheira está realmente na cama.
3. Ajuste o despertador para tocar daí a 3 minutos, para o caso de adormecer durante a 'performance'.
4. Acerte a iluminação: apague todas as luzes.
5. Deixe o tlm programado para o número da EMERGÊNCIA MÉDICA.
6. Escreva na mão o nome da pessoa que está na cama, para o caso de não se lembrar.
7.Tenha um analgésico à mão, para o caso de conseguir cumprir a 'performance'.
8. Não faça muito barulho:nem todos os seus vizinhos são surdos como você.
9. Se tudo der certo, telefone para seus amigos para contar as boas novas!
10. Nunca, jamais, pense em repetir a dose, mesmo sob efeito de VIAGRA.
11. Não esqueça de levar dois travesseiros para colocar sob os joelhos, para não forçar a artrose.
12. Se for usar camisinha, avise antes o pirilau 'que não se trata de touca para dormir', senão ele pode se confundir.
13. Não esqueça de tirar a parte de baixo do pijama, mas fique com uma camisolão para não apanhar gripe.
14. Não tome nenhum tipo de laxante nos dias anteriores; nunca se sabe quando se tem um acesso de tosse...
PS: (Estas dicas foram escritas com letras grandes para facilitar a leitura...!
O grande Estaline
(Este artigo foi assinado pelo camarada Abel, no "Luta Popular" de Setembro de 1975. O camarada Abel era, à época, José Manuel Durão Barroso, militante do MRPP e agora militante do PSD, ex-primeiro-ministro e actual presidente da Comissão Europeia).
As obras teóricas do grande Estaline são contribuições valiosas. Por elas estudaram e estudam o marxismo-leninismo milhões de operários em todo o Mundo. Com elas o Partido Comunista da China e o Partido do Trabalho da Albânia educaram os seus quadros, com elas formaram milhares de bolcheviques na União Soviética. (...) O camarada Estaline está demasiado vivo nos corações de todos os explorados e oprimidos do mundo inteiro para que oportunista algum o possa fazer esquecer. A vida, a obra, a actividade do grande Estaline pertencem aos Comunistas de todo o mundo e não apenas aos soviéticos, pertencem à classe operária e não apenas ao povo da URSS. Na pátria do Socialismo, a União Soviética, o Socialismo vencerá, uma nova revolução surgirá tarde ou cedo. Os autênticos comunistas soviéticos já se organizaram e, juntamente com a classe operária e o povo da URSS, erguerão bem alto a bandeira vermelha de Estaline, instaurando de novo o poder proletário. Força alguma o poderá evitar. QUE VIVA ESTALINE!.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
UM
TESOURO!
CONHECE O VINHO QUE BEBE?
Um achado: uma enciclopédia resumida sobre vinhos. Vale a pena colocar entre os favoritos e consultar sempre que se quiser fazer boa figura.
Belos artigos, esclarecimentos gerais, etc., etc.. Que isto de tintos e tantos tem muito que se lhe diga!
http://www.tintosetantos.com/index.php/escolhendo/cepas
TESOURO!
CONHECE O VINHO QUE BEBE?
Um achado: uma enciclopédia resumida sobre vinhos. Vale a pena colocar entre os favoritos e consultar sempre que se quiser fazer boa figura.
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http://www.tintosetantos.com/index.php/escolhendo/cepas
sábado, 14 de junho de 2014
A ÉTICA NA DEFESA E SEGURANÇA DOS DOENTES
Tomamos conhecimento, através da comunicação social, do projecto de despacho que o Ministério da Saúde está a elaborar e que visa a aplicação obrigatória de códigos de ética para clarificar as regras de conduta de gestores, dirigentes, demais responsáveis e colaboradores das unidades do Serviço Nacional de Saúde.
Entre outros aspectos que constam do documento, pretende-se estabelecer punições aos colaboradores e demais agentes que por sua iniciativa ou mediante solicitação dos doentes prestem declarações que possam afectar ou colocar em causa o interesse da respectiva organização. A proposta chega mesmo a recomendar “absoluto sigilo e reserva em relação ao exterior de toda a informação”.
Se este despacho se vier a concretizar nos moldes agora divulgados, a questão que se coloca é: se o interesse da organização se afastar do interesse dos doentes ou até se o lesar, deverá o médico, como testemunha, remeter-se ao silêncio e respeitar o “absoluto sigilo”? A resposta é evidentemente negativa. O médico é obrigado a fazer precisamente o contrário, no cumprimento do seu Código Deontológico.
Neste momento, cabe a todos os cidadãos portugueses mostrar aos legisladores que este projecto governamental não pode concretizar-se. Aos médicos resta, sem qualquer hesitação, a opção da fidelidade à nossa consciência denunciando aquilo que entendemos que põe em risco os doentes, mesmo que para tal seja necessário desobedecer à lei do “absoluto sigilo”. De resto, os médicos fazem o Juramento de Hipócrates há mais de 2000 anos e estão sujeitos a regras éticas e deontológicas exigentes e que têm a obrigação de cumprir.
Foi pelo silêncio e pela obediência de muitos, umas vezes por medo, outras por imposição, que tantas atrocidades foram cometidas ao longo da História.
O que qualquer código de ética e deontologia médica deve deixar claro é exactamente o oposto do que defende este projecto. Deverá sim, ser obrigatório que os médicos denunciem tudo aquilo que possa pôr em risco os doentes, seja por parte de alguém em particular, seja por parte de uma instituição pública ou privada, quer nela trabalhem ou não.
Apelamos a todos os portugueses, independentemente das suas convicções políticas ou religiosas, que não permitam este atentado à segurança dos doentes, à transparência das instituições e aos direitos fundamentais das pessoas. No limite, estarão colocados em causa os princípios fundadores de uma sociedade democrática.
É cada vez mais imperiosa uma verdadeira união de todos na defesa de duas das maiores conquistas sociais da nossa democracia: a liberdade de expressão e o acesso a um serviço de saúde público, universal e de qualidade. É o momento de dizer Basta!
Os Conselhos Distritais da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos
O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos
António Sarmento
Presidente do Conselho Distrital do Porto
Anabela Correia
Presidente do Conselho Distrital de Braga
Nelson Rodrigues
Presidente do Conselho Distrital de Viana do Castelo
Margarida Faria
Presidente do Conselho Distrital de Vila Real
Marcelino Silva
Presidente do Conselho Distrital de Bragança
Miguel Guimarães
Presidente do CRN da Ordem dos Médicos
Porto, 19 de Maio de 2014
A velhinha e os 2 sacos
- Uma velhinha caminhava pela calçada arrastando 2 sacos de
lixo. Um estava rasgado e, de vez em quando, caía uma nota de 20 dólares pelo buraco.
O policia - que passava, parou e disse:
- Senhora, tem notas de 20 caindo desse saco plástico.
- Ai, sim? Que maçada! (respondeu a velhinha). É melhor eu voltar e ver se pego as que caíram... Obrigada por me avisar.
- Espere aí, senhora! Onde conseguiu todo esse dinheiro? Não andou a roubar; não?
- Não, sr. guarda, O meu quintal dá para um campo de golf. Os golfistas vêm urinar num buraco da minha cerca,em cima de um canteiro de
flores. Isso incomodava-me, matava as minhas flores... Então eu pensei:"por que não aproveitar da situação?".
Agora, fico bem quieta, atrás da cerca, com a tesoura de jardim. Toda as vezes que um enfia o instrumento na cerca, eu agarro-o e digo:
- "OK, amigo: ou paga 20 dólares, ou eu corto essa coisa".
- Parece justo (diz o policia, rindo da história). OK, boa sorte!
Mas, a propósito, o que é que a senhora tem no outro saco?
- Bem, você sabe... Nem todos pagam...
lixo. Um estava rasgado e, de vez em quando, caía uma nota de 20 dólares pelo buraco.
O policia - que passava, parou e disse:
- Senhora, tem notas de 20 caindo desse saco plástico.
- Ai, sim? Que maçada! (respondeu a velhinha). É melhor eu voltar e ver se pego as que caíram... Obrigada por me avisar.
- Espere aí, senhora! Onde conseguiu todo esse dinheiro? Não andou a roubar; não?
- Não, sr. guarda, O meu quintal dá para um campo de golf. Os golfistas vêm urinar num buraco da minha cerca,em cima de um canteiro de
flores. Isso incomodava-me, matava as minhas flores... Então eu pensei:"por que não aproveitar da situação?".
Agora, fico bem quieta, atrás da cerca, com a tesoura de jardim. Toda as vezes que um enfia o instrumento na cerca, eu agarro-o e digo:
- "OK, amigo: ou paga 20 dólares, ou eu corto essa coisa".
- Parece justo (diz o policia, rindo da história). OK, boa sorte!
Mas, a propósito, o que é que a senhora tem no outro saco?
- Bem, você sabe... Nem todos pagam...
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Not to be missed! On May 2, 2011
Not to be missed! On May 2, 2011, the Copenhagen Philharmonic amazed commuters at the Copenhagen Central Train Station, as they created a kind of orchestral "flash mob" – performing Ravel's famed Bolero, with the musicians gradually assembling in place as the work progresses. The video – which shows not only the assembling orchestra, but also the delighted faces of the commuters – has generated overwhelming interest, and indeed has exceeded the orchestra’s expectations. We hope you enjoy it as much as we do!
If you post or see a video of such high quality and interest on YouTube, please let us know - your video may land on our home page!
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quinta-feira, 12 de junho de 2014
Bolo de vinho tinto com chocolate
Ingredientes
Bolo
240 g de manteiga;
240 g de açúcar;
4 ovos;
300 ml de vinho tinto;
240 g de farinha de trigo peneirada;
1 pitada de noz-moscada;
1 pitada de canela em pó;
2 colheres (sopa) de cacau em pó;
1 colher (sopa) cheia de fermento;
130 g de chocolate amargo ralado.
Calda
100 ml de água;
60 g de açúcar;
250 ml de vinho tinto.
Modo de fazer
Bolo
1 Pique a manteiga e espere até que ela atinja a temperatura ambiente. Leve-a à batedeira juntamente com o açúcar e misture até obter uma pasta lisa.
2 Adicione os ovos e continue batendo para que a massa fique homogénea.
3 Acrescente o vinho tinto, misturando levemente com um batedor manual.
4 Junte a farinha peneirada e bata até obter uma massa lisa.
5 Adicione as especiarias, o cacau e o fermento de uma vez só, batendo tudo à mão. Acrescente o chocolate ralado.
6 Despeje a massa numa forma média de furo no meio e leve ao forno a 170 °c /180 °c por aproximadamente 1 hora.
Calda
1 Numa panela, aqueça a água e o açúcar, misturando até ficar homogéneo.
2 Desligue o fogo e adicione o vinho. Espere até atingir a temperatura ambiente.
3 Deite a calda no bolo ainda morno e deixe esfriar para servir.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
Volta Salazar! Banqueiro Ulrich espera por ti… Brasilino Godinho
O ‘Diário Económico’ traz hoje, 04 de Junho de 2014, uma notícia que nos despertou a atenção, algum desfrute e grande frustração; o que, convenhamos, em conjunção de reacções, é raro acontecer-nos em simultâneo, num qualquer momento.
A notícia diz respeito à pessoa de Fernando Ulrich, presidente do Banco BPI e à sua extraordinária capacidade de produtor e coleccionador de pérolas cinzentas, de brilho pálido e mui ofuscante.
Trata-se de um cidadão que tem a interessante particularidade de cada vez que, gratuitamente, abre a boca em público, lhe saem pérolas muito apreciadas em certos sectores do Poder instituído.
Desta vez, para não fugir à sua identitária regra, voltou a acontecer o que de habitual se espera da criatura Ulrich.
Vejamos:
O jornal destaca em título:
«Ulrich chocado por haver juízes que decidam economia do país».
Depois, o jornal cita as declarações do presidente do Banco BPI, proferidas ontem em Leiria. Vamos cingir-nos às partes (as pérolas) que mais nos sensibilizaram…
Ei-las, as pérolas de Ulrich:
- Primeira pérola. “A mim choca-me um bocadinho que um grupo, (…) de 13 pessoas (…)”
- Segunda pérola. “(…) as questões de gestão da economia deviam poder ser decididas pelo parlamento.”
- Terceira pérola. “(…) preferia que os governos apoiados em maiorias pudessem funcionar com mais liberdade, (…)”.
Nossos comentários:
Iniciámos este texto com a anotação de que a notícia nos tinha despertado atenção. Devemos acrescentar que atenção habitualmente desperta sempre que nos deparamos com as pérolas do cidadão Fernando Ulrich.
Desfrute, porque as pérolas do famoso banqueiro nos proporcionam gozo de natureza estética face à sua representação em letra de forma. Gozo aqui e agora exposto ao público.
No caso em apreço, surgiu, inopinadamente, a frustração que decorreu da confissão feita por Ulrich, de ter ficado “chocado um bocadinho”. E a frustração centrou-se na expectativa que nos é sugerida com a expressão utilizada: um bocadinho chocado. É que somos levados a imaginar como ficaria Ulrich chocado um bocadão. Todavia, cumpre-nos dar nota da nossa fraca imaginação. Mais: não atinamos quais seriam as formas e os efeitos, provavelmente tenebrosos para ele, quiçá para Portugal e suas gentes, se Ulrich tivesse ficado muitíssimo chocado. Decerto, graças à Divina Providência (cautelar...) valeu-nos e à maioria dos portugueses famintos, humilhados, ofendidos e maltratados, ter Ulrich sido chocado pela dose mínima. Outra curiosidade não menos importante é a de se saber que factos, motivações ou pretextos, e as respectivas modalidades de ocorrência, poderão, no futuro, ocasionar tão dramática, transcendente, situação de abalo físico e espiritual de Fernando Ulrich. Se é que nem nos podemos esquivar ao vaticínio de que tal hipótese existencial, se concretizada, poder causar irreparáveis danos no funcionamento e nos resultados de gestão financeira do banco que dirige… até pondo, eventualmente, em risco o lugar de presidente do Banco BPI.
Ademais, agora, cabe-nos manifestar estranheza pelo facto de Ulrich ter mencionado o grupo de 13 pessoas e não se ter apercebido da natureza aziaga do número treze e logo não haver tomado as precauções adequadas que evitassem chocar-se um bocadinho. Choque que, pelos vistos, apesar de diminuto não deixou de produzir grossa mossa e infernizar a sua delicada mente. Será que tal falha de discernimento poderá atribuir-se a seus poucos cuidados no que concerne à salutar prática de higiene mental?
Quanto à segunda pérola figurada nas questões de economia deverem ser decididas pelo parlamento, enaltecemos a bondade do propósito em sede dos interesses de Ulrich, na condição de presidente duma instituição bancária e nas conveniências da banca. Banca que está fortemente associada ao Poder e bastante relacionada, em comunhão de proveitosas vantagens, com o pessoal que assenta na Assembleia da República. Por tudo isto, ajuizamos onde se focam as dores e os aborrecimentos de Ulrich; umas e outros causados pelas intervenções cirúrgicas dos operadores do Poder Judicial Constitucional.
Relativamente à terceira pérola: “Preferia que os governos apoiados em maiorias pudessem funcionar com mais liberdade”, ela pode ser classificada como: a coisa excelente do momento da elocução aqui posta em causa; a cápsula gelatinosa de matéria algo opaca; uma das peças de adorno político mais brilhantes da produção de Ulrich; acima de tudo: um brado de alma angustiada e sofredora que carrega o pesadelo de, permanentemente, ansiar pelo retorno de tempos e modos da História recente, de sua predilecta afeição.
Assim manifestando o seu pesadelo, Ulrich com primária subtileza está a evocar Salazar e a intimá-lo que regresse ao seu convívio, à sua mesa e ao seu reconfortante agasalho.
Pela nossa parte e fazendo o desagradável papel de nos colocarmos na posição de Ulrich, diremos que o seu pensamento tem alguma parcela de lógica no que toca aos desempenhos do parlamento.
Pois que no tempo de Salazar e parafraseando Ulrich, o governo era apoiado na maioria parlamentar e funcionava com mais liberdade – com o supremo requinte de não haver oposição e a máxima consolação de nunca uma lei ter sido chumbada pela Assembleia Nacional e nem, sequer, ter sido apresentada qualquer moção de censura. Mais: até se registava a singularidade insólita de o governo e Salazar, apoiarem a maioria parlamentar - o que se traduzia no funcionamento dos poderes executivo e legislativo em regime de harmonia, reciprocidade e cumplicidade assaz colaborante. Esta era uma singularidade muitíssima proveitosa para ambas as partes (governo e assembleia) que em fraterna colaboração dispensavam a existência de fiscalização de um hipotético tribunal constitucional.
Aliás, importa anotar que, no nosso tempo, algo de semelhante no domínio da arbitrariedade e do poder incontrolado sucede em legislaturas de maiorias absolutas. Estas mais não são que envergonhadas e cínicas ditaduras de um ou de dois partidos coligados. Ou seja: a hipocrisia em formato de indecente máscara circense, contemplada em todo o seu esplendor no seio de uma democracia meramente formal.
Governos apoiados em maiorias absolutas fazem o que lhes apetece e as suas actuações pautam-se pelo autoritarismo mais perverso e por continuados abusos repulsivos do Poder. Tal e qual consta da história portuguesa desde o século XIX. Também, como acontece actualmente em Portugal. Embora a nação ainda disponha da activa vigilância do Tribunal Constitucional.
Tribunal Constitucional que se afirma cada vez mais como uma reserva moral da nação portuguesa. O qual nos últimos dias tem sido objecto de inqualificáveis chantagens e duma escandalosa campanha de soezes ataques de governantes e dos seus agentes de serviço e de vergonhosa imagem pública.
Finalizando, deixamos uma última observação. As pérolas de Ulrich configuram um apelo nos seguintes termos:
-Volta Salazar! Banqueiro Ulrich espera por ti…
quinta-feira, 5 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
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