quinta-feira, 29 de julho de 2021

 


Paulo Figueiredo




Leio num “post” do Dr. Fernando Gomes Da Costa os números debitados pela Organização Mundial de Saúde comparando os índices da crise epidemiológica entre a SUÉCIA e PORTUGAL:
- Mortos desde o início da pandemia: Portugal 17.307, Suécia 14.617
- Média de mortes por dia desde 26 de maio a 27 de julho (2 meses): Portugal 8, Suécia 2.
Comooo…?? Mas a Suécia ainda existe ? A Suécia que abria os telejornais, com os jornalistas (??) indignadíssimos porque "lá não se usa máscara! E não há confinamento!". Sim, porque a tal Suécia da "irresponsabilidade, do enorme número de mortos, da catástrofe!", desapareceu por completo das "notícias". A Suécia das escolas que nunca fecharam, dos bares, restaurantes, museus e cinemas sempre abertos, dos namorados desmascarados nas ruas e nos bancos de jardim, da continuidade do viver quotidiano, dos direitos individuais. Eclipsou-se, não vá a malta dar conta do contraste com o que sucede(u) por cá, onde um tranquilo e espantado cidadão era incomodado e expulso pela polícia por estar sozinho numa praia deserta. E a seguir o “jornalista” vinha ordenar-lhe “tenha noção !!”, só faltando exigir masmorra imediata para tal prevaricador. E que atirassem a chave fora.
Misteriosamente, nunca mais se falou de tal país, a tal Suécia. Terá sido fagocitada pela COVID, como sucedeu com a desditosa gripe, sumida a sete pés quando chegou a COVID de tal forma que passou de largos milhares de vítimas anuais para ZERO, fenómeno de dissipação nunca antes observado na história da Ciência e julgada impossível até há muito pouco tempo - merecendo até tal hipótese francas gargalhadas de escárnio dos "especialistas".
E por falar nestes : Anders Tegnell, o epidemiologista diretor da Agência de Saúde Pública da Suécia ? Ora essa !! Mas ousa-se comparar a competência do homem com a dos nossos "especialistas-do-INFARMED", mesmo que peritos em Geografia e afins ? O tipo é médico e doutorado em epidemiologia, com um currículo de respirar fundo quando o lemos - mas é "fake", decerto. Aliás, cá também temos um quase igual, o Jorge Torgal, que foi Presidente da European Society of Mycobacteriology e preside à Associação Portuguesa de Epidemiologia - com alguma cunha, decerto. Começou a delirar que as escolas não deviam ser fechadas, mas arrumámo-lo num instante, nunca mais apareceu. Para que "tivesse noção".
Será que a tal Suécia ainda existe, será que ainda há gente viva por lá...?? Ou estarão Estocolmo, Gotemburgo e Malmöe ocupadas por renas ? Porque, por cá – não me atrevendo a dizer que estamos ocupados por burros -, estamos, decerto, mandados e “noticiados” por gente com palas.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

PROMETEU


De quem fomos, no que nos tornámos e para aonde caminhamos...
Somos ou não somos Humanidade?
Temos ou não temos dignidade e honra e virtude?
Acreditamos ou não que são o Amor, a Beleza e a Coragem que sempre salvaram e salvarão o Mundo?
No que nos estamos a tornar em nome dum vírus, do medo, do risco zero e na ilusão da imortalidade?
Para aonde estamos a levar o nosso Livre Pensamento e o nosso Livre Arbítrio?
Que uso estamos a fazer do fogo divino, da Luz e da sabedoria com que Prometeu nos presenteou?
Para aonde vamos?
E até quando?
Dizem que é para a nossa Protecção.
Existirá protecção na mentira, na manipulação, na censura?
Não creio.
E dizem-nos que é para nossa segurança.
Segurança pela discriminação, pelo abandono ou pelo sonegar de afectos, de convívio, dos sorrisos?
Jamais!
E falam-nos de tolerância.
Qual tolerância?
A responsável e consciente? A mesma que se alicerça no amor, na fraternidade e no exercício da Liberdade? A que, de facto não discrimina?
Ou a tolerância hipócrita do politicamente correcto, que corrompe a nobreza de valores intransponíveis e de direitos inalienáveis? Esta “tolerância” é a que nos vêm falando e é intolerável e é inaceitável.
Inaceitável porque Tolerância não é sinónimo de obediência cega nem de opinião acrítica, muito menos rótula, divide ou subverte.
Tolerância não é submissão.
Tolerância é compreender a diferença, escutá-la, respeitando o que sempre deu sentido à Humanidade: a sua diversidade.
Ser tolerante é ser Livre sem restrição ou estigma, naturalmente...
E falam em cuidar. Absolutamente!!!
E também aliviar. Sempre!
Mas com ética, com respeito pela integridade física e psíquica do outro.
Jamais se cuida proibindo antes esclarecendo.
E desde quando o exercício dum direito cardinal como o Consentimento Informado pode ser punido socialmente? Com maioria de razão quando exercido perante algo experimental? Desde quando?
E onde ficam a objecção de consciência e as contra-indicações relativas e absolutas inerentes a qualquer acto médico?
E onde fica a dúvida?
Alguma vez na História post-Nuremberga foi permitido ou aceitável instituir, sequer propor, inoculações obrigatórias ou internamentos compulsivos?
Estaremos loucos?
Teremos regredido à barbárie?
E tudo por medo?
Não posso crer...
Para onde queremos ir?
Para onde estamos a arrastar o nosso Futuro?
- Quereremos de facto tornar-nos cobaias de laboratório e meros números numa experiência social sem precedentes?
- Quereremos de facto abdicar da nossa Vontade? Da nossa Liberdade?
- Estaremos cientes das consequências do caminho que nos foi dado seguir e que, em servidão ébria, parecemos aceitar?
E a Democracia? Estará démodé?
O livre pensamento e o livre arbítrio terão passado a ser crime?
A sério?
Desde quando?
Até quando?
E o Estado de Direito? Passou a ser um empecilho?
Mas afinal quem nos governa e a quem confiámos o nosso destino não jurou servir a bandeira, a constituição e o povo?
O que mais precisamos para que tomemos consciência que a Tirania se instalou e que os Direitos Humanos e a Bioética foram enjeitados?
A Hora é agora!!
Hora de dizer: Basta!
Basta de manipulação e de nevoeiro pseudo-científico.
Basta de propaganda!
Basta de sorrisos amordaçados!
Basta na prisão domiciliária de gente saudável.
Basta de Confinamentos absurdos e infundados! Contudo nefastos - Deixem-nos aprender, trabalhar, socializar e circular livremente!
Basta de atropelos a direitos que jamais deveriam ter sido suspensos!
Basta de ferretes na Liberdade!
Basta de experiência social!
Basta!
E Basta nas inoculações experimentais já provadas ineficazes, inegavelmente perigosas e imprevisíveis a prazo!
Basta!!
Porque ninguém é cobaia!
Ninguém!!
Nem os velhos, nem os cuidadores, nem os educadores, muito menos as nossas crianças e os nossos jovens!
Ninguém é cobaia a não ser que, conscientemente, o consinta?
Quantos dos inoculados foram devidamente informados?
A Hora é agora!
Hora de dizer: Não!
Não à certificação da nossa Vida.
Não à devassa da nossa privacidade.
Não à Discriminação Sanitária!!
Não nos infantilizem mais!
Sabemos o que queremos.
Sabemos e queremos escolher o que fazer com as nossas vidas e com a nossa saúde.
Na nossa vontade ainda mandamos nós!Sobre o nosso corpo e a nossa mente ainda decidimos nós!!
Dos nossos filhos cuidamos nós.
Por isso gritamos: BASTA! De Coerção e de Coação!
Dizemos Basta!
E dizemos Não!
E Exigimos!
- Exigimos saber os nomes e os currícula dos especialistas que nos trouxeram até esta ignóbil situação
- Exigimos que responsabilidades sejam apuradas.
- Exigimos que as entidades reguladoras regulem, que os tribunais sentenciem e que Justiça seja feita porque a negligência grosseira que já nem se esconde e os atentados à nossa integridade física, psíquica e social são crime e não poderão mais ser toleráveis num Estado que se diz de direito e democrático.
Eu vou dizer basta!
E vou dizer não!
E vou exigir explicações no próximo dia 24 de Julho.
Olhos nos olhos!
Porque a Hora é agora e respostas são-nos devidas e a voz tem de nos ser dada! Da espiral de silêncio mediática estamos fartos.
Os grilhões estão soltos.
As nossas entranhas regeneradas.
E é a nossa Humanidade Remanescente que, depois do mal lhe fizeram e apesar da mentira, permanece erecta, qual fénix, olhos nos olhos e ecoando num brado:
BASTA!
Não vos cremos!
Não vos queremos!
Não temos medo!
Porque a Esperança e a Verdade jamais se aprisionam!
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23 de Julho de 2021
Margarida Gomes de Oliveira


segunda-feira, 5 de julho de 2021

A estirpe portuguesa é a mais perigosa /premium


ALBERTO GONÇALVES JULY 03, 2021

Parece que na passada quinta-feira entrou em vigor a Lei da Censura, perdão, a Carta Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital, que diz combater a “desinformação”. Não se nota. Ao que me contam, as televisões continuam a receber governantes e “especialistas” empenhados em espalhar mentiras acerca da Covid. Para cúmulo, as mentiras, que antes tentavam fingir-se alinhadas com a ortodoxia internacional na matéria, são cada vez mais descaradas e exóticas. Julgo que em nenhum outro lugar do mundo há “autoridades” a garantir que a vacina não protege da infecção nem reduz a possibilidade de contágio.

Aqui há. Aqui há de tudo. Aqui até há tempo de antena, sem contraditório, para médicos que descrevem o “caos” nos hospitais onde trabalham, embora alguns estejam às moscas no que toca a internamentos motivados pelo vírus chinês. Aqui há entidades oficiais que empreendem uma gigantesca campanha de vacinação sem assumir, ao contrário do que acontece com as suas congéneres no resto do planeta, uma única consequência positiva para as pessoas que aceitam a injecção, ou são empurradas para ela. Aqui há um primeiro-ministro que, para inspirar subjugação, simula estar em “isolamento profilático” após alegadamente se ter vacinado, observado as “regras” e testado negativo. Aqui há charlatães que puxam dos pergaminhos em medicina, matemática ou pólo aquático a explicar que a atitude do dr. Costa faz sentido. Os charlatães afirmam que temos de nos vacinar, testar, distanciar e usar um farrapo nas trombas porque se não nos vacinarmos, testarmos, distanciarmos e usarmos um farrapo nas trombas podemos adoecer e contaminar o próximo, e que se nos vacinarmos, testarmos, distanciarmos e usarmos um farrapo nas trombas podemos na mesma adoecer e contaminar o próximo. A lógica disto é irrefutável: entrámos no manicómio. Naturalmente, os malucos, que aparentam ser uma vasta parte da população, batem palmas.

O engraçado, se não fôssemos vítimas, é que isto é perpetrado em nome da “ciência”. Há quase 200 anos, o velho Proudhon lançou o conceito de “socialismo científico”, e desde então andamos a descobrir o que sucede quando essa contradição em termos vem ao de cima. Misturar a cegueira com a busca do conhecimento não é apenas impossível: é desastroso. No desastre vigente, limitamo-nos a pagar o preço por deixar um assunto de saúde pública nas mãos de fanáticos, oportunistas e demagogos sem escrúpulos e com ambição. Claro que a culpa é partilhada pelos “media” tradicionais, que têm na loucura “pandémica” o alívio provisório do seu fatal anacronismo. E por uma oposição castrada. E por “peritos” que repetem delírios para esticar a inesperada popularidade de que começaram a desfrutar. Porém, em penúltima instância, a culpa é de quem manda. Em última, é de quem percebe a prepotência e se resigna à prepotência.

Duas ou três considerações. A Covid provocou em toda a parte reacções a princípio desorientadas e, depressa se notou, exageradas. É talvez um sinal dos tempos, tempos de maior conforto e menor discernimento: em 1958 e 1968, as gripes Asiática e de Hong Kong, respectivamente, mataram quantidades similares à Covid sem um milésimo da balbúrdia e dos danos “secundários”. De qualquer modo, em 2021 existe a vacina. A vacina, ao que se constata, funciona (e numa percentagem significativa para todas as “variantes”, incluindo a Delta Plus, a Delta Ultimate e a Delta Mega Force). Nas nações democráticas, a eficácia da vacina é um argumento para o regresso ao normal, descontados certos resíduos autoritários que conviria erradicar em breve. Em Portugal, regressar ao normal não é hipótese.

Em Portugal, a Covid é um pretexto, e já não uma ameaça. Há um partido, com um projecto muito adiantado de conquista do poder, que se foi apercebendo das portas que a Covid lhe abria. Não é difícil reinar arbitrariamente sobre uma sociedade primitiva, fechada à realidade e aberta à crendice e à dependência. Se lhe acrescentarmos o medo, leia-se um pavor irracional da morte alimentado por “noticiários” de fancaria, a conquista fica consumada. Por isso o governo e os seus serviçais teimam na estratégia do susto, à revelia da ciência de facto: uma sociedade embrutecida, temerosa e decorrentemente doida facilita a empreitada.

Doidos não faltam. Os doidos despejam babugem nas mãos de dez em dez minutos, ainda que o risco de apanhar o vírus em superfícies seja comprovadamente ínfimo. Os doidos usam máscara ao ar livre e nos próprios carros. Os doidos são incapazes de ponderar riscos banais. Os doidos tomam a vacina e não acreditam que a vacina os defenda. Os doidos, que apreciam salário seguro e Netflix, exigem confinamentos para prevenir calamidades imaginárias e suscitar calamidades certas. Os doidos levam a sério a propaganda alucinada (Ai, o R(t)! Ai, a “incidência”! Ai, a estirpe Omega!) e desprezam a evidência de que a Covid, enquanto doença mortal e enquanto vigorar a função das vacinas, praticamente sumiu. Os doidos, que em Janeiro comparavam as mortes “de” e “com” Covid à queda diária de um avião, não fazem comparações com o acidente diário de um Smart. Os doidos não entendem que a discrepância entre o aumento de “casos” e o número de mortes é uma óptima notícia e não um truque para violar a Constituição, decretar “obrigações” ilegais, arrasar o pouquíssimo que sobra da economia e reforçar o domínio. Os doidos são a prova de que a Covid produz estragos duradouros no cérebro, incluindo antes da infecção.

Algures neste ano e meio, perdi a paciência para com os doidos. Afinal, é graças à cumplicidade deles que somos esmagados e enxovalhados e assaltados e até atropelados por Costas, Marcelos, Ferros, Cabritas, Martas, Gracinhas, Pedros Nunos, Salgados, Vieiras da Silva, Mortáguas, Medinas, Césares, Louçãs, Rios e o que calha. A doideira não é atenuante para o mal que causam. Os taradinhos da Covid que se entretenham a cumprir “regras” e ler gráficos insultuosos, como os antigos liam as entranhas das perdizes para decidir se desposavam a vizinha ou cultivavam cevada. Embora tardiamente e aos poucos, a generalidade dos países reduziu a Covid a um problema que importa ultrapassar. Os portugueses que gostam de mandar e os portugueses que gostam de obedecer vêem na Covid uma benesse permanente. É com eles.

Aos demais, os raros portugueses que prezam a liberdade, cabe rir das restrições, dos cercos, das multas, dos políticos, das polícias, dos “peritos” e dos patetas – e viver a vida. Eu, pelo menos, só tenho uma. E, aqui ou em paragens civilizadas, não tenciono desperdiçá-la na veneração de pânicos falsos e bandidos verdadeiros. (E agora, enfim, chega o divertido momento em que o chalupa da aldeia consulta os astros e o boletim da DGS, desce a máscara ao queixo, aponta o dedinho a pingar álcool-gel e, transido, acusa-me: “Negacionista”. Mas se lhe atiramos alho ou um espirro ele foge).

domingo, 4 de julho de 2021

MORTES DE PRIMEIRA E MORTES DE SEGUNDA. Cidadãos essenciais e não essenciais.



Alguém me consegue explicar a dualidade de critérios expressa na reacção popular aos 55 lamentáveis óbitos reportados no Relatório do Infarmed, verificados nos 28 dias após a toma completa da vac do SARS-2, comparativamente ao que se viu com as primeiras 55 mortes a lamentar associadas ao SARS-2, ainda em Março de 2020?!
É que, se bem me lembro, as 2 primeiras mortes associadas ao SARS-2 registadas a 18 de Março de 2020, foram um dos critérios que contribuiram para o decretar do 1º Confinamento Geral que durou 6 semanas e nos trouxe até ponto de desgraça em que nos encontramos. Decisão essa tomada à revelia do Conselho Nacional de Saúde Pública, claro.
Ou seja, as primeiras 55 mortes associadas ao SARS-2 em Portugal foram acompanhadas de um circo meRdiático incessante e sensacionalista, ao minuto, com toda a cobertura possível e imaginária.
Provocaram na maioria das pessoas reacções de histeria, hipersensibilidade, compaixão e total empatia... sentimentos e manifestações que não se verificam (nem de perto nem de longe) para com as mortes reportadas nos 28 dias após a toma completa da vac. E isto até seria só estranho, se não fosse tão hipócrita, desequilibrado e lamentável...
Sendo que hoje em dia já se sabe que as vacs podem provocar, em algumas pessoas e em números baixos, reacções adversas no espectro dos problemas Cardíacos (miocardites e pericardites, principalmente em crianças e jovens), assim como problemas Cardiovasculares (trombocitopénias, tromboembolismos, etc...) entre outros que se têm verificado e terminado em mortes na ordem dos 1400 no Reino Unido (ONC), 5000 nos EUA (VAERS) e mais de 17.000 na UE (EUDDRA), será que vou "ter" de ler agora relativamente a estes efeitos secundários comentários como:
"Se forem parar a uma UCI depois da toma da vac, não deviam ser era assistidos!";
"Se fosse com alguém da tua família a ficar assim depois de tomar a vac, já não falavas assim!";
"Se aparecerem no hospital com uma miocardite ou pericardite aguda, não devia era haver desfibrilhador para esta malta!"
"Essa malta que se vai vac devia era assinar um termo de responsabilidade a dizer que abdicam da assitência médica, se correr mal!"
É que eu fartei-me de ler este tipo de comentários relativamente às pessoas infectadas com SARS-2, ou pessoas que simplesmente andavam na rua, nos quais sempre me incluí e com os quais manifestei compreensão e total apoio à sua decisão de viverem.
Será que a maioria das pessoas que escreveram e gritaram estas pérolas bem alto e em viva voz o vão fazer agora também para os óbitos reportados nos 28 dias após a toma completa da vac?!
Não. A resposta é: "não"! Em vez disso a unica coisa que tenho lido, ambiguamente, é que estas mortes "são normais", porque "todos os medicamentos têm efeitos secundários" e até mesmo "a pílula (sim, leram bem... a pílula) tem montes de efeitos secundários e disso já não te queixas". Porque afinal temos de ver que "há um custo-benefício claro" quando eu estava à espera era da coerência de algo como "uma morte já é demais" ou "se fosse alguém da tua família..." Enfim.
Isto, só por si, deveria dar para percebermos que ao fim de um ano a hipocrisia popular é tão evidente, desproporcional, cobarde e egoísta como o foram o medo, a histeria, a condenação do outro e o julgamento gratuito há um ano atrás.
E que tudo não passa da Percepção Popular da situação, manipulada, gerida e condicionada pelos meRdia, pelos decisores políticos e até pelos "especialistas" (que há um ano argumentavam que uma morte SARS-2 era demais, mas hoje 55 mortes após a vac é custo-benefício... cerca de 25000 se considerarmos EUA, Reino Unido e UE) com o objectivo de não admitirem o erro de excesso de zelo injustificado que condenou centenas de milhar o desemprego, à falência, à suspensão dos cuidados primários de saúde em consultas, diagnósticos, tratamentos e cirurgias não realizadas, entre tantos outros males que vão ter consequências muito mais graves do que o SARS-2 a médio e longo-prazo.
Por isso pensem na forma atrozmente díspar e na desvalorização demonstrada relativamente a UMAS mortes em prol da sobrevalorização de OUTRAS mortes que manifestaram ao longo deste processo todo, que de sanitário pouco tem, assim como de empático e humano.
Tem sido, isso sim, mais hipócrita e cobarde do que outra coisa qualquer. E percebam o tipo de bonecos que vos fizeram ser e parecer... e sejam mais coerentes. Parece que afinal sempre há mortes DE PRIMEIRA e mortes DE SEGUNDA, que não dão direito a jornadas de luto... nem de luta, parece.
"Lamentem gravemente a morte de todos os que falecem nos 28 dias após a toma completa da vac. Chorem as suas mortes como choraram as associadas ao SARS-2. Valorizem os seus sintomas e hipotéticas sequelas como valorizaram as do SARS-2... porque se não o fizerem... são só uns cobardes hipócritas e egoístas.
E o epíteto da descriminação e segregação INsanitária que alimentam e querem impor a toda uma sociedade. E aí sim, lamentem... mas lamentem-se a vós mesmos.
E depois experimentem dispender a energia que dispenderam a lamentar as mortes SARS-2 para com as mortes por TODAS AS CAUSAS e vejam se são capazes... ou se faz sentido para vocês. Se não fizer (como é óbvio), então está tudo errado."
Bom fim-de-semana a todos e beijinhos!!!!
Tenham mais coerência do que hipocrisia...
Texto: João Beato


sábado, 3 de julho de 2021

Emmylou Harris & John Prine - Magnolia Wind

“PARA VIAJAR BASTA EXISTIR” Da democracia que morreu e do Apartheid que perscruta . . .


Basta existir para viajar, estar consciente, conectado com o Universo, com o Outro.
Basta existir porque não há amarras para o sonho, a imaginação e o pensamento.
E basta existir para pedir explicações e principalmente para exigir que Direitos Humanos inalienáveis sejam honrados sem quaisquer restrições ou excepções.
E não! Para viajar não é preciso ser complacente com a tirania.
É sim urgente lutar contra ela.
Para viajar basta existir e basta dizer NÃO!!
Direitos Cardinais como o Direito à Integridade Física, ao Livre Arbítrio, ao Consentimento Informado, à Livre Circulação e à Liberdade de Expressão, não se restringem nem em Emergência Sanitária.
Isso é mentira. Mais uma, dentre as muitas que vos vêm contando desde há muito e despudoradamente desde há 15 meses.
Restringem-se privilégios não direitos.
Isolam-se doentes não saudáveis.
Protege-se não se abandona.
Educa-se não se discrimina e muito menos se censura.
E jamais, jamais se impõem dispositivos médicos por decreto e sem fundamento científico tampouco se obrigam a actos médicos profiláticos, diagnósticos ou terapêuticos sob pretexto algum.
Sugere-se, aconselha-se, jamais se obriga!
Jamais!
Está difícil de perceberem porque a vossa iliteracia em Saúde é tão gritante quanto vossa a iliteracia em Direito.
Nem sequer as imunizações constantes do Plano Nacional são obrigatórias!
Nem essas!!!
Compreenderam?
Diga a senhora ministra o que disser.
Opinem as eminências pardas mediáticas o que opinarem.
É o que Lei define .
É o que Ciência dita.
Quando uma imunização funciona e, de facto, o É, quem se imunizou está protegido contra o agente alvo e contra os não-imunizado. Por isso não é preciso obrigar.
Sempre assim foi sempre assim será - excepto quando nos mentem em relação ao que nos inoculam.
E atentem que para se obrigar à v@c1n@ção ou a quaisquer outros actos médicos será preciso regredir aos tempos de Josef Mengele e demais atrocidades praticadas nos regimes totalitários estalinistas, maoístas e demais sufixos “istas” cuja repetição não pode ser consentida numa Humanidade que se afirma inclusiva, solidária e compassiva.
E assim é porque a Constituição da Républica Portuguesa, os artigos 156° e 157° do Código do Processo Penal, a Lei do Acto Médico, o Código de Nuremberga, a Declaração de Helsínquia e a Declaração para a Bioética Direitos Humanos o regulam e principalmente o Proíbem!!.
A obrigatoriedade da v@c1naç@o em geral e destas injeções em particular está proibida.
Compreenderam?
Enquanto não atestarem oficialmente o óbito da Democracia e do Estado de Direito, podem criar as Task-force que entenderem que não servirão os propósitos da ditadura a não ser que, a mesma, se assuma de vez.
Até que tal aconteça, não vale tudo.
Ainda não vale tudo.
E não vai valer tudo apenas porque alguns de vós estais borrados de medo e reivindicais a tirania porque nem livres mereceis ser. Cobardes!
Não se certificam inoculações experimentais como salvo conduto para viajar, porque são experimentais e porque contra um vírus que, ao contrário daqueles que são endémicos em algumas partes do globo - como o da Febre Amarela, circula em todos os continentes à semelhança do HIV, dos Influenza A e B do vírus da Hepatite ou mesmo do bacilo de Koch.
Portanto se a diarreia legislativa e o vómito mediático não traduzissem uma ignorância confrangedora e se encerrassem genuína preocupação sanitária, jamais teriam parido um pass-apartheid pois não faz sentido epidemiológico e muito menos humanitário.
O que é pandémico ou está endémico globalmente não se certifica.
Compreenderam?
Nunca a tal se assistiu na modernidade desde os tempos mais negros da História da Medicina. Talvez na Coreia do Norte... podereis sempre emigrar para lá.
Mas até que o decidis fazer, ide estudar, informai-vos e tomai um banho de democracia e de humanismo pois tresandais.
Não se podem discriminar cidadãos por exercerem o seu direito ao Consentimento Informado - o instrumento legal que assegura que o Direito à Integridade Física não é violado por um qualquer tiranete ignorante e mauzinho seja ele uma alta patente militar, um político bem falante, um comentador pseudo-intelectual, politicamente correcto e muito, mesmo muito, imbecil. Sequer por um “especialista” paternalista atolado em conflitos de interesse.
E depois aonde fica a objecção de consciência?
E aonde ficam as contra-indicações médicas, absolutas ou relativas, contra o acto que se pretende regular como obrigatório?
Não se pune o livre exercício de um Direito Inalienável por mais que o mesmo vos incomode.
Compreenderam?
Tenhais consciência do que apregoais, sugeris e estais a reivindicar?
Ide estudar!
Tende vergonha!
E tirai a máscara - a cirúrgica e, principalmente, a da hipocrisia!
Condenais (e muito bem), a discriminação racial, étnica, religiosa, sexual e social.
Encheis a boca com palavras e motos cheios de beleza e grandiosidade.
Defendeis fervorosamente (e bem) a solidariedade, a igualdade e a liberdade. Alguns de vós até tratais o cão como gente - nada a opor!
Haveis condenado o Apartheid porque o racismo e todos o tipo de estigmatização são hediondos. Aplaudo e concordo!
Vindes agora defender o Apartheid Sanitário?!
Já haveis parado para vos escutardes?
Aonde ficaram a vossa memória, a vossa racionalidade, o bom senso e a vossa humanidade?
Cuidado com o que desejais!!
“Para viajar basta existir”!
Ser complacente é perigoso e é um atentado à dignidade humana e principalmente à vossa dignidade - sois invertebrados? Talvez cobaias...
Ignorar os vossos direitos é meio caminho para a subjugação e a porta escancarada para a segregação .
“Para viajar basta existir”!!
E, se ainda tendes uma réstia de hombridade:
Gritai!!!
- Não à Discriminação!
- Não! ao Apartheid!
E mais do que nunca:
- NÃO AO APARTHEID SANITÁRIO!
A minha Liberdade continua com a do outro.
“Nunca, nunca, nunca mais deixaremos esta bela terra voltar a experimentar a opressão de uns e outros. Vamos deixar a liberdade reinar”. Nelson Mandela
————-
03 de Julho de 2021
Margarida Gomes de Oliveira

Escolher . . .



Diogo Cabrita


Uma teoria sem contraditório é uma praga pois cresce como um espécie sem predador, onde há muito alimento. Uma espécie que se reproduz muito depressa e muitas vezes por ano, pode tornar-se destrutiva, como o provaram alguns momentos em Montemor os lagostins e as ratazanas do campo, ou a abelhas asiáticas. As teorias mais prevalentes que se construíram nos últimos anos são agradáveis e sustentadas pela ausência de contraditório. A tese do aquecimento global, a teoria das energias verdes, a ideia de que há mais que dois sexos, a implementação dos carros eléctricos. Michael Moore construiu um documentário perverso, diria pérfido, que desmonta as teorias da energia verde e vos deixo ao dispor. https://www.youtube.com/watch?v=Zk11vI-7czE
A verdade é que impedimos o contraditório e até o asfixiamos, numa montagem de discursos lógicos e carregados de certezas, que sofrem depois a ajuda do insulto e o vilipêndio nas redes sociais. Podemos mudar de sexo aos dezasseis anos mas não podemos ter carta de pesados antes dos vinte e um. Podemos ter animais guardados em minúsculas varandas e pássaros em gaiolas, mas não toleramos jardins zoológicos nem zoomarines. Podemos torturar um cão a vida toda, mas indigna-mo –nos da tourada. O cão dos cegos é um escravo ou um animal feliz? O problema é sempre o contraditório e a consequência última da nossa tese. Quando levamos recipientes para o take -away passamos a consumir muito mais água, pois temos de lavar os recipientes. Quando bebemos refrigerantes em garrafas de plástico estamos a apoiar o maior produtor de plástico do planeta e a entregar demasiado açúcar às nossas células. O vidro é reciclável de modo eficiente? Utilizar uma garrafa de vidro uma vez justifica destruir e reconstruir? Há uma evidência de fascismo ideológico que está a construir silêncios preocupantes. O silêncio vota. O silêncio, vai escolher na tranquilidade outro desenvolvimento. O fascismo das certezas da moda tornaram-se possíveis pela vergonha de alguns políticos no contraditório. A ausência de outras estratégias para a situação actual da saúde pública, está a par com a ausência de críticas à separação do lixo, às políticas de aterros, à energia verde, ao veganismo, ao sistema prisional, à sustentabilidade, à certeza de corredores de bicicletas nas cidades. Tudo merece discussão aberta e ampla. Tudo deve ser dissecado até ser percebido o que podemos fazer melhor. De facto a maior das transformações para mudar o planeta é a consciência individual – a opção por reduzir o desejo e portanto consumir de modo ponderado, criar uma pegada mais eficiente, respeitar a fauna e a flora, sem produzir animais de estimação, que são apenas produções humanas para a sua egocentricidade controladora. Temos coisas demais, desejamos objectos sem utilidade, ocupamos as casas com milhares de coisas sem uso e por isso somos um predador, sem predador. Estamos descontrolados na Natureza e daí advém a maioria dos problemas. O contraditório é essencial à percepção da verdade. Michael Moore coloca o dedo na ferida e desperta questões a que cabe dar respostas sustentadas. Não sei com quem estou de acordo pois sei pouco destes temas, mas percebo que é na confrontação educada e com sabedoria, que posso escolher um caminho. Por tudo isto sou um firme defensor da liberdade, quase até à incomodidade.




«𝐕𝐢𝐯𝐚 𝐚 𝐋𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞! 𝐀𝐛𝐚𝐢𝐱𝐨 𝐚 𝐃𝐢𝐭𝐚𝐝𝐮𝐫𝐚, 𝐞𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐚𝐬 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐬!»


Garcia Pereira

«Os gritos de “Viva a Liberdade! Abaixo a Ditadura!” que, antes do 25 de Abril, levaram quem os proferisse a ser vigiado, perseguido, preso e torturado estão, todavia, e por mais terrível que isto possa parecer, a tornar-se cada vez mais actuais. Dirão alguns que se trata de um exagero, que já não há Pide, que podemos falar livremente e que, ao menos formalmente, vivemos em Liberdade e Democracia. A verdade, porém, é que, em matéria de expressão de ideias e opiniões, porventura teremos ainda a liberdade de gritarmos a nossa revolta, mas apenas no deserto ou para dentro de um poço e (quase) só isso, enquanto os nossos dados e os nossos movimentos são rigorosamente vigiados.
Com efeito, vigora cada vez mais a “lei da rolha”, quer no sector laboral privado (com as crescentes cláusulas, políticas salariais e outras, e regimes ditos de “confidencialidade”[1]), quer no sector público (com a perseguição implacável, inclusive criminal, a quem ouse denunciar irregularidades e ilegalidades)[2]. E agora, e como melhor veremos mais adiante, assistimos nas próprias redes sociais aos novos senhores do mundo digital (a começar pelo Facebook e pelo Twitter) a defenderem e a aplicar, sem direito de defesa ou contraditório, medidas de censura.
𝐍𝐨𝐯𝐚𝐬 𝐏𝐢𝐝𝐞𝐬
1. Enquanto escasseia o dinheiro para acorrer aos necessitados e famintos, sobra ao Estado um milhão de euros para melhorar a Plataforma para o Intercâmbio da Informação Criminal, o chamado “google dos polícias”.
2. Conforme se descobriu finalmente, a Câmara Municipal de Lisboa tratou de ceder, mais de uma centena de vezes, os dados pessoais (incluindo telefone e morada!) de responsáveis de manifestações, não apenas a vários serviços e polícias portuguesas (do SIS ao SEF), como também às embaixadas dos países contra cujos governos se realizavam tais manifestações e que são conhecidos pelos métodos pidescos que usam relativamente aos respectivos dissidentes (da Rússia a Israel, passando por Angola e pelo Irão), em completa e claríssima violação quer da lei nacional, quer do Regulamento Comunitário de Protecção de Dados[3].
3. Confirmou-se recentemente que todos os dados pessoais que são transmitidos pelos passageiros às companhias aéreas, incluindo a TAP (nome, morada, telefone, identificação das pessoas com que viajam, número de malas, etc.) são colocados, pelo menos durante 5 anos, numa mega base de dados a que acedem serviços de informações e polícias de todo o mundo.
4. Foi revelado que diversos sites públicos portugueses (SNS, PSP, Governo, etc.) forneceram à Google os dados de navegação dos cidadãos que a eles acederam.
5. Os dados pessoais dos cidadãos que aderiram ao IVAUCHER[4] (nome, NIF, morada, n.º das contas bancárias, etc.) foram entregues pelo governo português a uma empresa privada, a Pagaqui[5].
6. O Governo tratou de, através de uma Portaria do presente mês de Junho, atribuir aos administradores de insolvência – que não são magistrados nem polícias – o poder de acederem aos dados dos cidadãos constantes da Autoridade Tributária, dos Registos Civil, Comercial, Predial e Automóvel, da Segurança Social, da Caixa Geral de Aposentações e até do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP).
Como vemos, existem várias “Pides”, com diversos e variados nomes e, sobretudo, com meios infinitamente mais sofisticados do que os da velha polícia política.
𝐀 𝐂𝐨𝐯𝐢𝐝-𝟏𝟗 𝐞 𝐚 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐢çã𝐨 𝐝𝐞 𝐃𝐞𝐦𝐨𝐜𝐫𝐚𝐜𝐢𝐚
O alegado combate à pandemia da Covid-19 é, todavia, o pior e o mais significativo exemplo do que é este processo de corrosão e de completa deliquescência da Liberdade e da Democracia. Como é hoje fácil de verificar (não só em Portugal), o verdadeiro debate (quer científico, quer político) sobre esta matéria foi por completo impedido e abafado. As vozes divergentes foram silenciadas ou reduzidas à expressão mais ínfima que permita manter uma aparência de Democracia. A liberdade de expressão sem qualquer tipo ou forma de censura, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado sem impedimentos nem discriminações[6], na prática, estão reduzidos a quase nada.
Com a “prestimosa” e insubstituível colaboração, quer dos gigantes das redes sociais, quer da maioria da Comunicação Social (quase toda falida e dependente seja das receitas da publicidade, seja dos apoios estatais e, logo, tendente a ser “responsável” e “colaborante” com o Poder e com os poderes), tornou-se propositadamente impossível discutir quer a “estratégia” (melhor, as estratégias, porque foram mudando, às vezes de semana para semana…) política e administrativa de combate à doença, quer os fundamentos alegadamente científicos em que se baseavam.
Os direitos dos cidadãos de tomarem parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país e de serem esclarecidos objectivamente sobre actos de Estado e demais entidades públicas e de serem informados pelo governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos[7] foram varridos do mapa. Propaganda é a palavra mais adequada para definir aquilo a que vimos assistindo. E agora até já vemos – tal como sucedeu pouco antes do golpe militar de 28 de Maio de 1926, que pôs fim à I República e instaurou a Ditadura – vozes a sustentar que “isto só vai lá com os militares no Poder!”.
Não se apostou a sério na testagem e na realização em massa dos inquéritos epidemiológicos para se determinar onde estavam as cadeias de transmissão e a melhor forma de a estancar; não se definiram, muito menos com a precisão e celeridade que se impunham, quais eram os alvos mais vulneráveis e que, logo, maior protecção precisavam; encerraram-se milhares de velhos em lares e residências (muitos deles, cerca de 3.500, ilegais, coisa que toda a gente sabia, mas que o governo só descobriu agora) sem quaisquer condições higiénicas e sanitárias e deixaram-se tais cidadãos morrer que nem tordos, por uma forma de actuar cuja responsabilidade política, e mesmo jurídico-criminal, está ainda hoje por apurar, e assim se pretende que permaneça (sempre sob o famigerado “argumento” de que “em tempo de incêndios não se atacam os bombeiros”); não se aproveitou o Verão do ano passado para se reforçar a sério o depauperado SNS, em termos logísticos, materiais e sobretudo humanos; não se apostou a tempo – como só agora se começa a falar – na sequenciação do mais que previsível surgimento das novas variantes de um vírus como este.
Por outro lado, ainda hoje não se sabe exactamente como distinguir os pacientes que, padecendo de outras patologias, faleceram (também) com Covid daqueles que, como causa directa e necessária, morreram de Covid. E as entidades públicas resistem a disponibilizar os dados oficiais dos óbitos, como se de segredos nucleares se tratasse!
Ora, com um Serviço Nacional de Saúde gravemente deteriorado e até, nalguns sectores, desmantelado – e que só conseguiu sobreviver mercê do esforço sobre-humano e até heroico dos seus profissionais, dos médicos e enfermeiros aos técnicos e auxiliares –, foram praticamente abandonados durante mais de um ano os doentes não Covid, actuação esta com terríveis consequências para os portadores de doenças crónicas mais graves (como, por exemplo, as oncológicas, as cardio-vasculares e as respiratórias) e com o aumento drástico da sua mortalidade (quer por não detecção precoce, quer por não acompanhamento e tratamento adequado).
Fez-se, na verdade, uma clara opção de classe, disfarçando-a com argumentos científicos (como o de que o vírus não “atacaria” nos superlotados transportes públicos e hipermercados), mantendo-se a trabalhar os trabalhadores dos serviços considerados essenciais, de actividades insusceptíveis de teletrabalho (da produção agrícola à construção civil, dos transportes, públicos e privados, e da recolha de lixo aos supermercados), colocou-se em teletrabalho o essencial do sector dos serviços e encerraram-se sectores inteiros como a restauração e o comércio local, com consequências absolutamente desastrosas para a economia e, logo, para a subsistência e sobrevivência das pessoas. Mas, obviamente, nada disto pôde ser adequadamente discutido e qualquer tentativa de debate foi logo abafada sob os epítetos de “negacionistas”, “adeptos das teorias da conspiração” e quejandos, com os resultados que agora se começam a ver.
E nem vale a pena repisar o óbvio – em nome do combate ao vírus, os portugueses têm de ficar encerrados em casa, mas já os ingleses podem vir a Portugal sob o pretexto de assistirem (mesmo que em Albufeira…) à final da “Champions League” que, recorde-se, o governo inglês não quis que se realizasse no seu próprio país. Repisa-se todos os dias que é preciso manter o distanciamento social, mas todos os dias vemos altos responsáveis do Estado (do Presidente da República ao Primeiro Ministro) a ostensivamente não respeitarem esse distanciamento. As forças policiais, que tanta energia mostram para dispersar “festas ilegais” de dezenas de jovens, nada fazem perante grandes concentrações, designadamente desportivas.
E, ainda agora, estamos à espera do inquérito necessário para se saber como foi possível a forma como correram os festejos da conquista do campeonato de futebol e – mais importante ainda – se houve alguma contribuição desse acontecimento, e qual, para a disseminação da Covid-19 (já que, para a mortalidade, parece evidente que não terá havido, pelo menos de forma significativa), e que conclusões se poderiam e deveriam retirar daí.
Como, porém, o adequado esclarecimento de tudo isto poria em causa muitas das autênticas falsidades que são diariamente vendidas como verdades absolutas, melhor é deixar tudo no nevoeiro e continuar na via das meras medidas de restrição, tantas vezes estúpidas e irracionais, dos direitos dos cidadãos. Por exemplo, a última proibição de saída da Área Metropolitana de Lisboa para os seus habitantes, como forma de pretenso combate à Covid-19, deu este resultado: quem tem possibilidades e meios financeiros para tal (uma vez mais!), pôde sair à hora de almoço de sexta-feira e ir para qualquer ponto do país e os que ficaram dentro dela puderam circular livremente, inclusive entre zonas muito diversas e com graus de incidência da Covid-19 muito distintos!?
Qual a eficácia – e nem esse seria um critério único ou sequer essencial – desta medida, ninguém conseguiu demonstrar. E, bem pior do que isso, dentro da lógica de que os fins justificariam os meios, temos um direito constitucionalmente consagrado[8], como é o direito de deslocação a ser restringido a até eliminado, fora de qualquer estado de sítio ou de emergência, e não por lei, mas por um acto regulamentar como uma Resolução do Conselho de Ministros. E temos até uma Justiça Administrativa (neste caso, do próprio Supremo Tribunal Administrativo), cada vez mais próxima das teorias (de antes do 25 de Abril) da presunção de legalidade de todos os actos da Administração e de que o Estado tem sempre razão, a considerar que não há aqui qualquer inconstitucionalidade!?
𝐔𝐦𝐚 𝐯𝐚𝐜𝐢𝐧𝐚çã𝐨 “𝐥𝐢𝐯𝐫𝐞” 𝐞 “𝐞𝐬𝐜𝐥𝐚𝐫𝐞𝐜𝐢𝐝𝐚”?
Quanto à vacinação – e atenção, eu não sou “anti-vacina”, pelo contrário![9] – passa-se algo semelhante. Os temas relativos a possíveis efeitos adversos, inclusive a morte, de cada uma das vacinas e a respectiva dimensão real, a razão de ser do seu (des)aconselhamento a diferentes escalões etários ou estados de saúde ou de gravidez e até as mudanças desse (des)aconselhamento, as vantagens e desvantagens já conhecidas de cada uma das ditas vacinas, os critérios que levaram o Governo a adquirir umas e não outras, ainda que absolutamente indispensáveis para a formação de um consentimento verdadeiramente livre e informado, são, todavia, temas absolutamente tabus e a lógica é a de que o cidadão leva a vacina que lhe derem, quando derem e como derem e também nesta matéria deve é “comer e calar”. Ainda por cima, apesar do silêncio anti-científico que se tentou impor, já se sabe que não só cidadãos vacinados podem contrair a infecção (1/3 dos que estão internados nos hospitais estarão nessa situação), como também cidadãos vacinados podem transmitir a doença.
𝐎 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐯𝐢𝐝 𝐞 𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐬𝐜𝐫𝐢çã𝐨 𝐝𝐨𝐬 “𝐢𝐦𝐩𝐮𝐫𝐨𝐬”
Ora, o que se está a tratar de se impor – uma vez mais contra a lei e contra a Constituição, mas também contra a Ciência – é a obrigatoriedade do chamado passaporte sanitário ou “certificado digital Covid,” tornando a sua posse e exibição requisito indispensável, não só para que o cidadão possa circular, inclusive dentro do seu próprio país, mas até para que possa ir às compras, tomar uma refeição ou simplesmente aceder a um espaço público!?
Justificação científica para semelhante atrocidade anti-constitucional não há nenhuma, até porque, repito, mesmo os vacinados podem transmitir a Covid-19 e, sobretudo, porque se continua a não conseguir determinar com o mínimo de exactidão quais as causas e as cadeias da transmissão. Mas as consequências sociais e políticas são gravíssimas, pois a partir daqui teremos a “raça pura” dos vacinados – que podem circular livremente, apesar de poderem estar também a disseminar a infecção – e os “impuros” e “inferiores” não vacinados – culpados de todos os males de Covid e, assim, “legitimamente” condenados a uma eterna “prisão domiciliária” e outras medidas restritivas.
E como se faz relativamente aos “impuros” que os interesses económicos e financeiros dominantes exigem que continuem a trabalhar e, logo, a deslocar-se entre casa e trabalho e trabalho e casa? É simples: ou se lhes impõe um “passe” que só lhes permite circular nesse percurso e nesse período, ou se lhes impõe, sob a ameaça de despedimento com justa causa em caso de recusa, a vacinação, embora se continue a dizer que esta é voluntária!?…
𝐏𝐫𝐚𝐭𝐢𝐜𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐨 “𝐛𝐞𝐦” 𝐞 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 “𝐨𝐟𝐢𝐜𝐢𝐚𝐢𝐬”
Esta técnica de gestão política, assente na divisão entre os cidadãos e, como vimos, sem base quer científica, quer jurídico-constitucional é, todavia, o que está a ser imposto todos os dias. Para que essa imposição seja mais fácil, é essencial proteger o “unanimismo” oficial e fechar a boca aos renitentes e divergentes. Ora, no essencial na Comunicação Social, escrita e falada, isso já está hoje assegurado pelos “praticantes do bem”, ou seja, pelos censores, digo, editores de serviço.
Nas redes sociais, o art.º 6.º da famigerada “Carta Portuguesa dos Direitos Humanos da Época Digital”[10] prevê que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) vigie, analise, decida e puna condutas de pessoas singulares e colectivas que pratiquem alegada “desinformação”. E esta é definida como “toda a narrativa comprovadamente falsa ou enganadora, criada, apresentada e divulgada para obter vantagens económicas ou para enganar deliberadamente o público, e que seja susceptível de causar um prejuízo público, nomeadamente ameaça aos processos políticos democráticos, aos processos de elaboração de políticas públicas e a bens públicos”[11]. A mesma lei estabelece que “O Estado apoia a criação de estruturas de verificação de factos por órgãos da comunicação social devidamente registados” e que “incentiva a atribuição de selos de qualidade por entidades fidedignas dotadas do estatuto de utilidade pública”[12] (sic).
Tudo isto levanta três questões incontornáveis:
1.ª É claro que as ideias propositadamente falsas e enganosas devem ser combatidas e rebatidas. Mas isso faz-se, sobretudo e acima de tudo, pelo debate ideológico e não por medidas de censura administrativa; faz-se pela força e justeza dos nossos argumentos e não pelo tapar da boca de quem discorda – por ventura dura e até erradamente – de nós.
2.ª “Quem guarda o guarda?” Quem controla, e de que forma, o modo como a ERC e as tais “estruturas de verificação” vão decidir que uns têm direito a que as suas opiniões sejam expressas e conhecidas e outros não? Como o pode alguém avaliar correctamente se, desde logo, não for avaliado também? E alguém tem dúvidas de que personagens políticos como o Primeiro-Ministro, a Ministra da Saúde ou o Ministro da Administração Interna e aqueles que apoiam tenderão a qualificar como “desinformação” todas as denúncias e críticas que lhes sejam dirigidas?[13]
3.ª “Selos de qualidade” em matéria de informação já muitos de nós sabemos bem o que representam – o ignorar e violar, por exemplo, os básicos e constitucionais o direito de “exprimir e divulgar o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio” e o princípio geral, em matéria de eleições, de “igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas candidaturas”[14], tudo em nome dos eternamente insondáveis e insindicáveis critérios editoriais dos guardiões do pensamento dominante.
A questão é, pois, demasiado grave para que a possamos ou queiramos ignorar, até porque já vimos, e demasiadas vezes, o que fazem auto-proclamados democratas quando se apanham com o “lápis azul” da censura e com o poder (designadamente o decorrente de maiorias absolutas ou coisas similares) nas mãos…
𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥 (𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨) 𝐬𝐮𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐨, 𝐧ã𝐨!
Não se trata, pois, de nada fazermos perante posições e atitudes que se nos afiguram erradas ou até bastante incorrectas. Trata-se é de não seguirmos o caminho, perigoso e anti-democrático, de, sem permitir a discussão e sem qualquer demonstração de erro, se silenciar e se segregar quem discorda de nós, deixando que “guardiões do templo” decidam em nosso nome e disfarcem a sua incompetência, a sua prepotência, e até as suas falsidades sob o manto diáfano da legitimidade dos fins (do combate à Covid-19 e à “desinformação”).
Não queiramos, pois, regressar ao passado e voltar ao país retratado pelo poeta José Carlos Ary dos Santos neste belo poema:
"Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabri
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado."
Viva a Liberdade! Abaixo a Ditadura, em todas as suas formas!»
António Garcia Pereira
http://www.noticiasonline.eu/viva-a-liberdade-abaixo-a.../

[1] Como sucede, por exemplo, na TAP e na generalidade das empresas de novas tecnologias.
[2] O Ministério Público quer, por exemplo, levar a julgamento o funcionário de uma empresa gestora de resíduos hospitalares que denunciou um licenciamento “aligeirado” e “relâmpago” concedido à empresa.
[3] Em vigor desde Maio de 2018.
[4] Programa do governo destinado a dinamizar o consumo nos sectores mais afectados pela pandemia e que permite a utilização posterior de 50% de IVA acumulado pago nos sectores da restauração, da hotelaria e da cultura.
[5] Entretanto adquirida pelo grupo privado internacional do sector dos pagamentos Saltpay.
[6] Formalmente consagrados no art.º 37.º, n.º 1 e n.º 2º da Constituição.
[7] Proclamados no art.º 48.º, n.º 1 e n.º 2 da Constituição.
[8] Art.º 44.º da Constituição.
[9] Considero que a vacinação, se suficientemente testada e com eficácia cientificamente (e não “por encomenda política”) comprovada, constituiu um meio importante de combate à Covid-19, mas tem de assentar no princípio do livre e esclarecido consentimento.
[10] Aprovada pela Lei n.º 27.º/2021, de 17/05.
[11] De acordo com o n.º 2.
[12] Veja-se o n.º 6.
[13] Recordo que Marta Temido chegou a apresentar, junto da Ordem dos Advogados, uma queixa disciplinar contra mim, pela forma como defendi os enfermeiros em luta e critiquei a requisição civil contra eles decretada.
[14] Art.º 113.º, n.º 3, al. b) da Constituição.
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Via António Abreu