domingo, 16 de outubro de 2022







Antonio Jorge
24 de Fevereiro de 2020 ·

Uma questão actual - O racismo é inumano
O Racismo pode combater-se de várias formas, como criminalizar o prevaricador.
Mas só se resolve pela erradicação nos nossos costumes, através da cultura e pelo conhecimento cientifico das razões, porque é que uns tem uma cor e outros outra, pela história que explica porque... ainda há racistas, e por uma pedagogia séria no nosso ensino... que ensine as crianças a perceberem... de que somos todos iguais.
- Nós portugueses - Depois de mais de 500 anos em África, deveria-mos saber; porque há racismo e desvalorização dos negros.
O racismo, é para os colonizadores uma aparente ideia construída pela confusão provocada pelo submissão... dos colonizados aos colonizadores.
Em que os europeus, mesmo pobres, e terem aos seu dispor empregados e empregadas negras, para fazerem as tarefas mais sujas e pesadas, a troco de pataco.
A confusão mental perversa, entre opressão colonialista por submissão e das capacidades humanas dos africanos.
A quem a civilização ocidental, deveria pedir desculpas à África e aos africanos, pelo sofrimento infligido durante séculos de escravatura e colonialismo, e que são a principal razão que explica o atraso do Continente africano, face aos outros.
Pelo que, nós portugueses, mais do que ninguém, deveria-mos de ter vergonha do racismo ainda presente na nossa sociedade.
Há duzentos anos, os europeus consideravam Portugal, um país de africanos e marranos!
O racismo consiste na atribuição de uma relação direta entre características biológicas e qualidades morais, intelectuais ou comportamentais, implicando sempre em uma hierarquização que supõem a existência de raças humanas superiores e inferiores. Factores como a cor da pele ou o formato do crânio são relacionados a uma série de qualidades aleatórias, como a inteligência ou a capacidade de comando. Discursos racistas historicamente têm servido para legitimar relações de dominação, naturalizando desigualdades de todos os tipos e justificando atrocidades e genocídios.
O racismo e as teorias racistas não surgiram do nada, elas possuem uma história própria. Os primeiros discursos racistas derivam de uma visão teológica, são baseados na leitura de uma série de episódios bíblicos, como aquele no qual Noé amaldiçoa seu único filho negro, afirmando que seus descendentes seriam escravizados pelos descendentes de seus irmãos. Essas interpretações serviram para justificar e naturalizar relações de exploração, como a escravização do povo africano pelos europeus.
Já no século XVIII surgem as primeiras teorias racistas de cunho científico. Da mesma forma como já fazia com as plantas e os animais, a ciência passa a classificar a diversidade humana e, para tal, usa como critério central a pigmentação da pele. O problema central dessa classificação é que ela conecta a essas características físicas atributos morais e comportamentais depreciativos ou valorativos, a depender de que “raça” se está tratando.
Carl Von Linné, naturalista sueco, foi um dos primeiros a sistematizar essa classificação racista. Ele divide os humanos em quatro raças: a asiática, de pele amarela e caráter melancólico; a americana, de pele morena e comportamento colérico; a africana, negra e preguiçosa; e a europeia, branca, engenhosa e inventiva.
Este tipo de teoria racista, que junta adeptos por décadas a fio, utilizou-se da sua autoridade científica para justificar o tratamento de populações não-europeias como inferiores, indignas de respeito e incapazes de governar a si mesmas, legitimando as empreitadas colonialistas sob a Ásia, a África e as Américas.
Obviamente que, o desenvolvimento da ciência foi completamente incapaz de provar qualquer tipo de ligação entre as quantidades de melanina de um ser humano e sua personalidade/capacidade intelectual.
No entanto, elementos dessa hierarquização seguiram intactos nos imaginários coletivos e se expressam até os dias de hoje.
Melanina (biologia)
A melanina é uma substância derivada do aminoácido tirosina que contribui para a pigmentação de determinadas partes do corpo. Algumas peles, pelos, cabelos e olhos recebem a melanina o que lhes confere a cor marrom e quando mais concentrada o preto. Assim, quanto maior for a concentração de melanina na pele, mais escura será a pessoa.
Assim, os loiros, de pele clara, olhos azuis ou verdes, possuem menos melanina que os morenos. Já os albinos, pessoas muito brancas que sofrem do albinismo, possuem falta de melanina no corpo.
Há ainda outro tipo de melanina de coloração avermelhada, que confere a cor ruiva. Note que além da melanina, a hemoglobina e os carotenoides contribuem para a pigmentação da pele.

António Jorge

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