A CENSURA DAS REDES SOCIAIS E A MANIPULAÇÃO DA IMPRENSA: A HIPOCRISIA DOS FALSOS DEFENSORES DA LIBERDADE
A censura imposta pelas grandes plataformas de redes sociais durante a pandemia de COVID-19 foi um dos episódios mais graves de limitação da liberdade de expressão nos tempos modernos. Durante esse período, assistimos a um bloqueio sistemático de contas, à remoção de conteúdos e até ao banimento de utilizadores que ousaram questionar a narrativa oficial sobre o vírus, os confinamentos e, sobretudo, as vacinas.
Médicos, cientistas, jornalistas e cidadãos comuns que levantaram dúvidas ou apresentaram estudos divergentes foram silenciados, acusados de espalhar desinformação, mesmo quando os seus argumentos se baseavam em evidências científicas ou simplesmente no direito ao debate. As redes sociais, em conluio com governos e entidades supranacionais, assumiram o papel de árbitros da verdade, decidindo unilateralmente o que podia ou não ser discutido.
O mais grave é que, com o passar do tempo, muitas das chamadas "teorias da conspiração" que foram censuradas revelaram-se legítimas preocupações. Hipóteses sobre a origem laboratorial do vírus, os riscos de efeitos adversos das vacinas e a ineficácia de certas medidas restritivas, antes tratadas como desinformação, acabaram por ganhar reconhecimento em estudos posteriores.
No entanto, essa censura não foi um fenómeno isolado das redes sociais. Os órgãos de comunicação social, dominados por jornalistas e comentadores alinhados com a ideologia dominante, colaboraram ativamente na construção e na manutenção da narrativa oficial.
Recusaram-se a dar espaço a vozes discordantes, ridicularizaram especialistas que apresentavam visões alternativas e, em muitos casos, funcionaram como autênticos veículos de propaganda do politicamente correto. A imprensa, que deveria ser um pilar da liberdade e do pluralismo, tornou-se um instrumento de controlo da opinião pública, servindo os interesses de quem está no poder.
A censura digital e a manipulação mediática não foram apenas um atentado contra a liberdade de expressão; foram também uma afronta à ciência e ao próprio espírito democrático. Ao impedir o debate, impôs-se uma única visão como verdade absoluta, violando o princípio fundamental da ciência: a dúvida e a contestação.
Agora, os mesmos que participaram nessa ofensiva contra a liberdade de pensamento vêm discursar sobre a importância de defender a democracia e a liberdade de expressão. Políticos, jornalistas e líderes institucionais que antes incentivaram ou compactuaram com o silenciamento de vozes discordantes apresentam-se como os novos defensores da liberdade.
A hipocrisia não poderia ser maior.
O avanço de lideranças conservadoras e a crescente rejeição das políticas progressistas são um reflexo do cansaço das populações face a este autoritarismo disfarçado de preocupação com a "desinformação".
O povo não esquece o que aconteceu. A censura e a manipulação mediática serviram apenas para expor a incoerência e o totalitarismo dos que se dizem democratas, mas que apenas aceitam a liberdade de expressão quando lhes convém.
Se a democracia e a liberdade devem realmente ser defendidas, que o sejam para todos, e não apenas para aqueles que seguem a cartilha ideológica do politicamente correto.
A verdade não precisa de censura para se sustentar.
JL BRAGA
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