sábado, 26 de julho de 2014
O banqueiro, a sua Isabelinha e o senhor Presidente
Isabel Diana Bettencourt Melo de Castro Ulrich
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Era uma vez um banqueiro
À D. Isabel ligado.
Vive do nosso dinheiro,
Mas nunca está saciado.
Vai daí, foi a Belém
E pediu ao presidente
Que à sua Isabel, também,
Desse um job consistente.
E o burro do Dom Cavaco
Admitiu a senhora,
Arranjando-lhe um buraco
E o cargo de consultora.
O banqueiro é o Fernando,
Conhecido por Ulrich,
E que diz, de vez em quando,
«Quero que o povo se lixe!».
E o povo aguenta a fome?
«Ai aguenta, aguenta!».
E o que o povo não come
Enriquece-lhe a ementa.
E ela, D. Isabel,
Com Cavaco por amigo.
Não sabe da vida o fel
Nem o que é ser sem-abrigo.
Cunhas, tachos, amanhanços,
Regabofe à descarada.
É fartar, que nós, os tansos,
Somos malta bem mandada.
Mas cuidado, andam no ar
Murmúrios, de madrugada.
E quando o povo acordar
Um banqueiro não é nada.
É só um monte de sebo,
Bolorento gabiru.
Fora do banco é um gebo,
Um rei que passeia nu.
Cavaco, Fernando Ulrich,
Bancos, Troikas, Capital.
Mas que aliança tão fixe
A destruir Portugal!
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