(quando será?)
as mãos com os braços
quando
as memórias
de um passado recente
se tornarem insuportáveis
quando
o pensamento livre
de tristeza gritar sufocado
talvez os olhos deixem de olhar
as mãos pendentes dos nossos braços
caídas quase rendidas
a este tempo de quereres falsos
quando
de novo acordarmos
e em nós com firmeza acreditarmos
voltará a força que fará
erguerem-se as mãos
com os braços
ana vieira
pintura a óleo de Álvaro Cunhal
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