Por Andreia Félix Coelho em 15:14, 21 Set 2021
D.R. Marcos Corrêa/PR
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, defendeu hoje na 76.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas uma reforma no Conselho de Segurança, de forma a que o seu país passe a ter assento permanente, e disse não entender por que tantos países foram contra o tratamento precoce contra a covid-19, ou seja, o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada.
Sobre a pandemia, o presidente brasileiro (que não está vacinado) garantiu que, até novembro, “todos os que escolherem ser vacinados no Brasil, serão atendidos”. “Apoiamos a vacinação. Contudo o nosso governo tem-se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina”, ressalvou.
“Apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso conselho federal de medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a decisão de médico e paciente na medicação a ser utilizada. Não entendemos como muitos países e grande parte dos media se colocaram contra o tratamento inicial. A História e a Ciência saberão responsabilizar todos”, declarou no seu discurso.
O “tratamento precoce” refere-se ao uso de medicamentos contra a malária como a cloroquina e a hidroxicloroquina, e outras substâncias como a azitromicina, que diz ter tomado com sucesso quando foi infetado pelo novo coronavírus no ano passado. Porém, estudos e a comunidade científica global indicam que estas substâncias são ineficazes contra o vírus SARS-CoV-2.
“Lamentamos todas as mortes no Brasil e no mundo”, afirmou, mas dizendo que sempre defendeu o “combate ao vírus e ao desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade.”
“As medidas de isolamento e ‘lockdown deixaram um legado de inflação, em especial nos géneros alimentícios no mundo todo. No Brasil, para atender àqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e perfeitos [autarcas] e que perderam o seu rendimento, concedemos um auxílio emergencial”, disse o presidente brasileiro, adiantando que foram criados 1,7 milhões de novos empregos.
Bolsonaro referiu ainda que “o Brasil vive novos tempos.” “O meu governo recuperou a credibilidade externa e neste momento apresenta-se como um dos melhores destinos para investimento”, disse.
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