sábado, 20 de novembro de 2021

NÃO À SEGREGAÇÃO


O texto completo de Elisabete Tavares:

“É agora a hora de nos unirmos. Como seres humanos. Estamos a tempo de impedir a repetição na Europa, em Portugal, de eventos impensáveis.
Estamos a tempo mas temos de falar e de mostrar que sabemos o que aconteceu no passado quando grupos de cidadãos foram perseguidos. Quando europeus, irmãos, foram seleccionados como bode expiatório.
Hoje os seleccionados são uns. Amanhã serão outros. Assim, de atrocidade em atrocidade, regredimos enquanto Humanidade.
Quem hoje fica calado a assistir é tão responsável pela segregação do que os que executam a perseguição. Hoje, como outrora na Alemanha, na África do Sul, nos EUA, ...
Fechar os olhos hoje é tanto um crime como os criminosos que vão avançar com as medidas seguintes. Calar hoje, pactuar hoje com a segregação da família vizinha, do amigo, é ser cúmplice desta nova era de perseguição de uma minoria.
A Europa sabe bem demais os perigos da segregação e da escolha de bodes expiatórios para os 'males' do momento.
Todos contagiam. Tenham a vacina ou não. Todos. Segregar e castigar uns falha em resolver os problemas. Apenas nos destrói enquanto humanos com alma que somos.
Podemos impedir mais uma atrocidade na Europa. Em Portugal. Temos de mostrar que jamais permitiremos que segreguem o vizinho em 'nosso nome', para o 'nosso bem'. Temos de garantir que nos mantemos humanos. Com alma.
Hoje os 'seleccionados' são uns. Amanhã serão os que se escusarem a tomar a sétima dose da vacina que não trava o contágio.
Aconteça o que acontecer, todos os que hoje se têm calado e fechado os olhos estão a tempo de dizer que vão contribuir para impedir a perseguição do vizinho, do amigo. Do filho. Da irmã.
Tal como em outros tempos perseguiram europeus, atribuindo-lhes a culpa pela peste, pela crise na economia, por alguma 'maleita' na sociedade, hoje, alguns dos que estão no poder estão a querer repetir esse padrão infame.
Estamos a tempo. Estamos a tempo de salvar o vizinho, o amigo. Antes de termos de o esconder na cave, com os seus filhos. Ou dar-lhe comida às escondidas. Ou vê-lo desaparecer com a mulher para um campo de 'reeducação ', de 'trabalho'. De concentração. Pensam que jamais será possível tal cenário? Procurem nos livros de História a resposta. Ou pensam que na Alemanha nazi, na África do Sul, eram 'animais' os que viviam lá? Não. Eram pessoas. Famílias. Como nós.
Como antes, as desculpas arranjam-se quando o objetivo é fazer mal a alguém.
Da minha parte, falarei. Agirei. Continuarei a contribuir para, unidos, encontrarmos a verdadeira e duradoura solução racional para o problema que enfrentamos. Que passa por eliminar a censura que amordaça cientistas e especialistas. Que passa pela união, o debate, o diálogo, a lógica. O bom senso. O compreender o vírus e como atua. Saber que não se resolve criando um apartheid.
Como escrevi antes, a solução não é atirar um membro da tribo para o vulcão. Seja porque é judeu, de outra etnia, de outro género. Ou porque não tomou uma vacina que falha em impedir o contágio. A primeira dose. A segunda ou, a seguir, a terceira. E daí em diante. Nao tomou a dose do medicamento que falha em proteger a tribo de apanhar e passar a peste.
Como recuperada da doença, tendo a vacina natural, decidi escusar-me a tomar as doses da vacina atual que falha em impedir o contágio, mas que pode ter efeitos adversos de curto e longo prazo.
Jamais confinarei quando todos podem ter e espalhar o vírus. Jamais permitirei que os meus filhos sejam alvo de bullying e segregação na escola. Os tempos de irracionalidade e ódio precisam chegar ao fim. Só depende de todos nós. Está nas nossas mãos.”


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