quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Ali Farka Touré & Ry Cooder - Ai Du

Kovacs - I´ve Seen That Face Before


VENTO

Passaram os ventos de agosto, levando tudo.
As árvores humilhadas bateram, bateram com os ramos no chão.
Voaram telhados, voaram andaimes, voaram coisas imensas;
os ninhos que os homens não viram nos galhos,
e uma esperança que ninguém viu, num coração.


Passaram os ventos de agosto, terríveis, por dentro da noite.
Em todos os sonos pisou, quebrando-os, o seu tropel.
Mas, sobre a paisagem cansada da aventura excessiva -
sem forma e sem eco,
o sol encontrou as crianças procurando outra vez o vento
para soltarem papagaios de papel.

Cecília Meireles,

Jethro Tull Live at the Capital Centre 1977

Diz-me por favor onde não estás
em qual lugar posso não te ver,
onde posso dormir sem te lembrar
e onde relembrar sem que me doa.

Diz-me por favor onde posso caminhar
sem encontrar as tuas pegadas,
onde posso correr sem que te veja
e onde descansar com a minha tristeza.

Diz-me por favor qual é o céu
que não tem o calor do teu olhar
e qual é o sol que tem luz apenas
e não a sensação de que me chamas.

Diz-me por favor qual é o lugar
em que não deixaste a tua presença.
Diz-me por favor onde no meu travesseiro
não tem escondida uma lembrança tua.

Diz-me por favor qual é a noite
em que não virás velar meus sonhos.
Que não posso viver porque te espero
e não posso morrer porque te amo.

Gustavo Alejandro Castiñeiras

Atribuído a Borges. Nome original: Poema de un Recuerdo)

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Salma Hayek / From Dusk till Dawn (HD720).


Chico Buarque (Teaser "As Caravanas")

É um dia de real grandeza, tudo azul
Um mar turqueza à la Istambul enchendo os olhos
Um sol de torrar os miolos
Quando pinta em Copacabana

A caravana do Arará — do Caxangá, da Chatuba
A caravana do Irajá, o combio da Penha
Não há barreira que retenha esses estranhos
Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho
A caminho do Jardim de Alá — é o bicho, é o buchicho é a charanga
Diz que malocam seus facões e adagas
Em sungas estufadas e calções disformes
Diz que eles têm picas enormes
E seus sacos são granadas
Lá das quebradas da Maré
Com negros torsos nus deixam em polvorosa
A gente ordeira e virtuosa que apela
Pra polícia despachar de volta
O populacho pra favela
Ou pra Benguela, ou pra Guiné
Sol, a culpa deve ser do sol
Que bate na moleira, o sol
Que estoura as veias, o suor
Que embaça os olhos e a razão
E essa zoeira dentro da prisão
Crioulos empilhados no porão
De caravelas no alto mar
Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria
Filha do medo, a raiva é mãe da covardia
Ou doido sou eu que escuto vozes
Não há gente tão insana
Nem caravana do Arará



Quem me dera , chegar aos 84 anos com essa lucidez . . . essa inteligência e . . . toda essa genica . . .


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Mark Knopfler - Why Worry

Baby, I see this world has made you sad
Some people can be bad
The things they do, the things they say

But baby, I'll wipe away those bitter tears
I'll chase away those restless fears
And turn your blue skies into gray

Why worry
There should be laughter after pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now
Why worry now

Baby, when I get down I turn to you
And you make sense of what I do
And though it isn't hard to say

But baby, just when this world seems mean and cold
Our love comes shining red and gold
And all the rest is by the way

Why worry
There should be laughter after pain
There should be sunshine after rain
These things have always been the same
So why worry now
Why worry now

Chico Buarque - "As Caravanas" (Vídeo Oficial)



CARAVANAS (Chico Buarque)

É um dia de real grandeza, tudo azul
Um mar turquesa à la Istambul enchendo os olhos
E um sol de torrar os miolos
Quando pinta em Copacabana
A caravana do Arará - do Caxangá, da Chatuba


A caravana do Irajá, o comboio da Penha
Não há barreira que retenha esses estranhos
Suburbanos tipo muçulmanos do Jacarezinho
A caminho do Jardim de Alá - é o bicho, é o buchicho, é a charanga

Diz que malocam seus facões e adagas
Em sungas estufadas e calções disformes
Diz que eles têm picas enormes
E seus sacos são granadas
Lá das quebradas da Maré

Com negros torsos nus deixam em polvorosa
A gente ordeira e virtuosa que apela
Pra polícia despachar de volta
O populacho pra favela
Ou pra Benguela, ou pra Guiné

Sol, a culpa deve ser do sol
Que bate na moleira, o sol
Que estoura as veias, o suor
Que embaça os olhos e a razão
E essa zoeira dentro da prisão
Crioulos empilhados no porão
De caravelas no alto mar

Tem que bater, tem que matar, engrossa a gritaria
Filha do medo, a raiva é mãe da covardia
Ou doido sou eu que escuto vozes
Não há gente tão insana
Nem caravana do Arará

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Esqueçamos as palavras, as palavras:
As ternas, caprichosas, violentas,
As suaves de mel, as obscenas,
As de febre, as famintas e sedentas.

Deixemos que o silêncio dê sentido
Ao pulsar do meu sangue no teu ventre:
Que palavra ou discurso poderia
Dizer amar na língua da semente?

José Saramago,

art"daria endresen"
Foto de Artes & Poesias.

AURA - If You (HQ Sound, HD 1080p, Lyrics) d46b's

Portugal devastado: rotina ou terrorismo?




José Goulão

QUINTA, 17 DE AGOSTO DE 2017




O vento sopra em todo o país, mas as chamas, tal como em 1975, poupam as zonas onde prevalecem grandes interesses económicos tendencialmente sem pátria.
https://www.abrilabril.pt/sites/default/files/styles/jumbo1200x630/public/assets/img/paulocunha_incendioabrantes_res.jpg?itok=KCSu8OA-

CréditosPaulo Cunha / Agência Lusa

O terrorismo tem mil caras. Lançar o terror contra pessoas comuns e quase sempre indefesas, ou atemorizar populações e devastar países usando os cidadãos apavorados como reféns são práticas que preenchem os nossos dias num mundo que, pela mão de dementes usando o poder acumulado por conglomerados do dinheiro, caminha para inimagináveis patamares de destruição.

Portugal tem tido a sorte de ser poupado pelo terrorismo, diz-se e repete-se, por vezes com inflexões de um misticismo bolorento próprio de pátrias «escolhidas» para auferir das mercês do sobrenatural. Uma interpretação com curtos horizontes e vistas estreitas, características cultivadas por uma comunicação social habilmente arrastada para realidades paralelas e que reduz o terrorismo dos nossos dias ao estereótipo do muçulmano fanático imolando-se com explosivos à cintura, ou atropelando a eito, não se esquecendo de deixar o cartão de identidade, intacto, num local de crime reduzido a destroços humanos e amontoados de escombros.

Assim sendo, deixa de ser terrorismo, por exemplo, o que a NATO fez na Líbia, o que Israel pratica em Gaza, os massacres que as milícias nazis integradas no exército nacional da Ucrânia «democratizada» cometeram, por exemplo, na cidade de Odessa.

Olhando em redor, porém, é imperativo que cada um de nós estilhace a dependência em relação a um conceito de terrorismo que corresponde a uma ínfima parte da gravidade do fenómeno global. Só assim alongaremos os horizontes e alargaremos as vistas que permitirão reflectir a sério, e profundamente, sobre a realidade que devasta Portugal e que, com uma irresponsabilidade e uma inevitabilidade próprias de uma cultura tecnocrática e desumana, chegou a ser conhecida como «a época dos incêndios».

Se quisermos reflectir livre e abertamente sobre o maior número possível de aspectos da situação com que nos confrontamos é imprescindível associar o poder destruidor e aterrador dos incêndios deste ano ao quadro político-social que vivemos em Portugal; e também à memória que em muitos ainda estará viva e que outros poderão consultar junto dos mais velhos ou das fontes de uma época que dista 42 anos. Chamaram-lhe o «Verão quente de 1975».

Pois nesse «Verão quente», assim baptizado não por causa do terrorismo incendiário mas de uma instabilidade política inerente às situações revolucionárias e também organizada, em grande parte, por conspiradores externos, internos e todos os outros manobradores integráveis no diversificado círculo dos contrarrevolucionários, multiplicaram-se as práticas terroristas.

Houve os assassínios políticos puros e duros, os assaltos às sedes dos partidos de esquerda, quase sempre culminados com incêndios, a intimidação e perseguição de democratas em regiões onde o salazarismo campeava como se nada tivesse acontecido, forçando a restauração de situações de clandestinidade; e houve os incêndios: no Alentejo, ferindo a Reforma Agrária, que depois viria a ser assaltada e liquidada em nome da «normalidade», da «estabilidade», enfim, da «democracia do arco da governação»; e que deflagraram também em muitas outras regiões do país onde não ameaçavam os grandes interesses económicos estabelecidos – desde logo protegidos pela contrarrevolução – caracterizadas por populações economicamente mais débeis, socialmente vulneráveis, presas fáceis das mensagens contra a «indisciplina», a «balbúrdia» e todos os outros nefastos efeitos atribuídos à revolução.

Hoje os tempos são outros, mas quem dispuser de olhos para ver não terá dificuldade em encontrar pontos de contacto. A própria comunicação social, no seu afã recadeiro de apontar culpados e responsáveis pelas causas e consequências da interminável vaga de incêndios, abre interessantes pistas de análise e, por certo involuntariamente, ajuda a estabelecer diferenças gritantes entre a tragédia deste ano e as rotineiras «épocas de incêndios».

Sem precisar de evocar essas discrepâncias, é evidente que o actual governo português, pesem embora as suas subserviências, que são também fontes das suas fragilidades, não goza das simpatias dos interesses que gerem a União Europeia, a NATO, enfim das gentes que dirigem o mundo. Tal como em 1975, mesmo que as semelhanças sejam pouco mais que imperceptíveis.

Porém, nunca como agora, nos tempos da «estabilidade», um governo foi atado ao pelourinho dos responsáveis pela vaga estival de incêndios, tanto pela oposição como pela comunicação social. São conjecturas, especulações, exigências de demissões, acusações levianas de incompetência, sucessivas adivinhações sobre «remodelações ministeriais», aproveitamentos necrófilos das vítimas, mentiras sobre suicídios e outras desgraças – o quadro é tão conhecido que não vale a pena prosseguir com a enumeração das malfeitorias.

As atrocidades políticas chegam ao ponto de responsabilizar o governo por insuficiências do SIRESP e da PT, entidades privadas que se guiam pelo lucro e não pelos interesses humanos, quando o verdadeiro pecado do executivo, nesta matéria, é sujeitar-se a mendigar investimentos a sociopatas, pondo liminarmente de lado o dever de colocar tais entidades ao serviço dos portugueses e às ordens do Estado Português, porque manipulam interesses estratégicos dos cidadãos nacionais, prejudicando-os.

No meio da altercação passa de fininho o facto mais repugnante das manobras: foi a actual oposição quem entregou esses serviços fundamentais a entidades que nem querem ouvir falar em pessoas e nos inconvenientes que provocam ao bem-estar do mercado.


«As atrocidades políticas chegam ao ponto de responsabilizar o governo por insuficiências do SIRESP e da PT, entidades privadas que se guiam pelo lucro e não pelos interesses humanos»

Indo por este caminho, porém, perder-nos-íamos em atalhos da política de bordel e nunca chegaríamos ao patamar de reflexões que a situação dos incêndios em Portugal exige.

O princípio da abordagem é tão óbvio que a comunicação social foge dele como o diabo da cruz: o fogo que alastra em Portugal, sem descanso, resulta da acumulação de incêndios isolados provocados por fenómenos naturais ou pela demência de pirómanos? Ou é uma vaga terrorista organizada para devastar o país, delapidar o que resta da sua riqueza natural e impedir o governo de governar até que mãos salvadoras venham encarreirar a pátria nos trilhos de onde jamais deveria ter saído?

Estamos, obviamente, a lidar, com uma teoria da conspiração.

Assim era também o argumento fatal em 1975, como muitos se recordarão. No entanto, na sombra, organizações terroristas como o ELP («Exército de Libertação de Portugal«) e o MDLP («Movimento Democrático de Libertação de Portugal»), dirigidas por mãos experientes como as do marechal Spínola e de profissionais do terror instalados em embaixadas estrangeiras – de países da NATO, naturalmente – conduziam a vaga de incêndios e outras acções terroristas contra Portugal e os portugueses. O objectivo era virar as populações indefesas contra a «balbúrdia» criada pelo movimento transformador, abrindo as portas à contrarrevolução, à «estabilidade». E conseguiram-no.

Quando se saúda que Portugal tem estado imune ao terrorismo costuma acrescentar-se que o mesmo acontece em relação a organizações fascistas, por sinal numa Europa onde elas se desenvolvem a ritmo veloz. Será?

Ora vivendo nós em macro estado policial formado pela União Europeia e a NATO, onde as organizações internas e externas para devassa secreta da vida dos cidadãos se atropelam, ao que parece para detectar as intenções ínfimas de um qualquer muçulmano, não haverá meios para investigar a possibilidade de existir um ataque terrorista sistematizado contra Portugal através desta espécie de fogo inquisitorial? Ou será porque não querem? Ou será porque tal hipótese nem sequer passou por cabeças tão informadas sobre as vocações conspirativas de cada qual?

Ou porque entendem que é suficiente resumir os autos aos interrogatórios de dezenas de incendiários já detidos, como se o banal executante do crime soubesse dizer alguma coisa sobre os chefes terroristas supremos? Se acham que investigar assunto tão corriqueiro é enfadonho, ao menos ouçam os bombeiros.

Até à vista desarmada – sem necessitar da espionagem por satélites ou da caça aos telefones e e-mails de cada um de nós – se percebe que nem tudo é aleatório no quadro de incêndios em Portugal. O vento sopra em todo o país, mas as chamas, tal como em 1975, poupam as zonas onde prevalecem grandes interesses económicos tendencialmente sem pátria.

As vítimas da catástrofe são pequenos e médios proprietários fundiários, normalmente esquecidos pelos governos e indefesos perante as calamidades; o terror ataca pequenas aldeias que até os mapas oficiais olvidam, ou então preciosidades do património humano, histórico e natural que é de todos, como no caso da Gardunha e suas aldeias, onde chegou a hora do ataque das chamas.

Tanto como destruir, o efeito procurado é o de aterrorizar. Não é difícil perceber que o fogo, entendido como a soma de todos os incêndios, escolhe áreas a consumir, combustíveis e rotas que não são apenas as ditadas pelos ventos. Ao menos a grande parte do Alentejo flagelada em 1975 tem sido agora poupada, provavelmente porque os ventos, tal como os tempos, também mudaram.

Se pedirem a cada uma das pessoas directamente prejudicadas pela calamidade que cite responsáveis pela tragédia, certo será, mesmo sem qualquer sondagem, que o governo ficará com as orelhas a arder. As pessoas sentem, mas também ouvem e assimilam, sobretudo o que via TV's, rádios e jornais as ajuda a identificar os alvos mais fáceis para descarregar a raiva do desespero.

O ELP e o MDLP já lá vão, sendo certo que as suas mentalidades não se desvaneceram, tudo tem o seu aggiornamento.

Ignorar, para os devidos efeitos, que a vaga de incêndios em curso em Portugal, pelas suas características, regiões de acção e contumácia, pode ser uma operação de terrorismo organizado é um crime contra o país e todos os portugueses. Uma hipótese como essa não pode ser descartada.

Por isso, é dever de todos os cidadãos interrogar-se, reflectir e exigir respostas das autoridades competentes sobre quem tira proveito dos dois crimes: o dos incêndios e o do laxismo no apuramento de uma eventual componente terrorista.

Uma coisa parece óbvia e pode servir como ponto de partida para uma investigação que se pretende indispensável: ninguém, desde o Presidente da República ao mais comum dos cidadãos, pode garantir que o ataque incendiário em curso contra Portugal não é uma operação terrorista.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Para entender a Venezuela


por Marcelo Zero — publicado 10/08/2017 14h04

Não se pode compreender a crise atual e o chavismo sem saber como era o país antes da ‘revolução bolivariana’ e o seu papel geopolítico para os EUA

Cristian Hernández/EFE


Pose para a foto oficial dos eleitos para a Assembleia Nacional Constituinte

Não é possível entender a atual crise da Venezuela e tampouco o regime chavistasem compreender como era esse país antes da “revolução bolivariana” e qual o seu significado geopolítico para os EUA. A Venezuela tem a maior reserva provada de petróleo do mundo. São 298,3 bilhões de barris, ou 17,5% de todo o petróleo mundial, localizado a apenas 4 ou 5 dias de navio das grandes refinarias do Texas.

O petróleo do Oriente Médio, em comparação, está entre 35 a 40 dias de navio dos EUA, maior consumidor de óleo do planeta.

Essas imensas reservas começaram a ser exploradas no governo de Juan Vicente Gómez (1908-1935) e a renda gerada pela produção e exportação de hidrocarbonetos possibilitou a construção de infraestrutura viária e portuária e a implantação de um aparelho de Estado centralizado. A consolidação do Estado Nacional venezuelano embasou-se apenas na exportação de petróleo para o mercado norte-americano, o que levou à Venezuela a desenvolver “relações privilegiadas” com os EUA.

Na década de 1950 do século passado, a Venezuela já havia se convertido no segundo produtor e no primeiro exportador mundial de petróleo. No entanto, essa notável afluência econômica, obtida numa relação de estreita dependência com os EUA, não se refletia na diminuição de suas graves desigualdades sociais, na diversificação de sua estrutura produtiva e na implantação de um regime democrático estável.

O país era marcado por profunda dependência em sua política externa, o que resultou em um sistema político formalmente democrático, porém profundamente oligárquico, em uma política externa avessa à integração regional e à articulação com outros países periféricos e a uma estrutura social marcada pela desigualdade e a pobreza.

O isolacionismo dependente da Venezuela só começou a ser parcialmente revisto ao final da década de 1980, quando a relativa abundância de petróleo no mercado internacional, que fez diminuir o preço dessa commodity, somada à crise da dívida, que viria a atingir aquele país ao final do decênio, produziu uma modesta mudança na estratégia de sua política externa. Ela passou a buscar progressivamente a inserção no cenário externo mais realista, na qual o Caribe e a América do Sul passaram a ter lugar de destaque.

Contudo, mesmo com essa mudança modesta e parcial, a Venezuela continuou a orbitar em torno dos interesses estratégicos do EUA na região, constituindo-se, junto com a Colômbia, no seu aliado mais fiel.

Antes do governo de Chávez, em 1998, o país com a maior reserva de óleo do mundo tinha 70% de sua população abaixo da linha da pobreza, 40% na pobreza extrema e 21% da população estavam subnutridos. Essa era a Venezuela dos Capriles, dos López e da “oposição democrática”.

Em relação à saúde pública, é preciso ressaltar que a mortalidade infantil era de 25 por mil, em 1990, quase o dobro da brasileira de hoje (13,8 por mil). Em relação à educação, apenas 70% das crianças concluía o ensino primário e o acesso às universidades era restrito às elites e à pequena classe média. A maioria dos idosos não contava com aposentadoria e simplesmente vivia à míngua.

Desse modo, a Venezuela chegava ao fim do século XX com uma contradição gritante e insustentável: apesar das grandes riquezas derivadas da exportação de petróleo, o país convivia com problemas sociais muito graves.

Embora o chavismo não tenha alterado, de forma significativa, a estrutura produtiva da Venezuela, que permaneceu estreitamente dependente das exportações do petróleo, Chávez implodiu as arcaicas estruturas sociais e políticas da Venezuela, bem como a política externa de alinhamento automático aos EUA.

A desigualdade, medida pelo índice de Gini, foi reduzida em 54%. A pobreza despencou de 70,8%, em 1996, para 21%, em 2010, e a extrema pobreza caiu de 40%, em 1996, para 7,3%, em 2010.

O chavismo implantou as chamadas misiones, projetos sociais diversificados e amplos que beneficiam cerca de 20 milhões de pessoas, e passou a criar um verdadeiro Estado de Bem-Estar Social na Venezuela. Hoje, 2,1 milhões de idosos recebem pensão ou aposentadoria, ou seja, 66% da população da chamada terceira idade.

Na Venezuela pós-chavismo, a desnutrição é de apenas 5%, e a desnutrição infantil 2,9%. Após o chavismo, a Venezuela tornou-se o segundo país da América Latina (o primeiro é Cuba) e o quinto no mundo com maior proporção de estudantes universitários.

Em relação à saúde pública, é preciso ressaltar que a mortalidade infantil diminuiu de 25 por mil, em 1990, para apenas 13 por 1000, em 2010. Atualmente, 96% da população já tem acesso à água potável. Em 1998, havia 18 médicos por 10.000 habitantes, atualmente são 58. Barrio Adentro, o programa de atenção primária à saúde que recebe a ajuda de mais de 8.300 médicos cubanos, salvou cerca de 1,4 milhão de vidas. Chávez deu início também a um ambicioso programa de habitações populares, proporcionalmente o maior da América Latina.

No campo da política externa, Chávez rompeu com o paradigma anterior de país periférico e dependente e investiu na integração regional e no eixo estratégico da geoeconomia e geopolítica Sul-Sul, com destaque para as relações bilaterais com o Brasil, o que acabou conduzindo à adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul, algo que nos beneficia muito.

A Venezuela chavista tornou-se uma grande parceira do Brasil, comprando vorazmente nossos produtos e recompensando-nos com elevados superávits comerciais e com forte apoio político à integração do nosso subcontinente. Chávez era, sobretudo, um grande amigo do Brasil.

Ademais, Chávez estabeleceu relações próximas com Rússia, China e Cuba e passou a apoiar experiências políticas que divergiam da ordem mundial dominada pelos interesses dos EUA. Em contraste com o isolacionismo anterior, Chávez fundou a ALBA e criou a Petrocaribe, objetivando fornecer petróleo a preços convidativos para os países daquela região. Isso explica porque a OEA, apesar dos esforços febris dos EUA e do Brasil, não consegue aprovar uma resolução forte contra o governo de Maduro.

Mas o principal mérito do chavismo foi ter implodido o pacto que mantinha as oligarquias venezuelanas se alternando no poder, sem dar espaço a novos partidos. Mas foi além e organizou e mobilizou as massas destituídas, bem como passou a dominar setores importantes do aparelho de Estado, como as forças armadas e o poder judiciário.

Isso acabou privando as oligarquias venezuelanas de seus principais instrumentos de intervenção política. São esses fatores que ajudam a explicar a radicalidade do atual processo político venezuelano.

A reação

Como todos sabem, a reação das oligarquias ao chavismo não tardou. Além do conhecido golpe de 2002, que quase resultou na execução de Chávez, houve também o processo conhecido como “paro petrolero”, a suspensão das atividades da PDVSA, a estatal do petróleo da Venezuela. A suspensão das atividades da PDVSA, controlada então pelas oligarquias venezuelanas, resultou numa contração do PIB de 18%, entre 2002 e 2003, inflação, carestia de produtos básicos, desemprego, aumento do risco país etc.

No país com a maior reserva de petróleo do mundo, houve até falta de gasolina. O governo brasileiro, ao final de 2002, enviou navio tanque com gasolina para suprir parcialmente a carência de combustíveis na Venezuela.

O “paro petrolero” forçou o chavismo a intervir na PDVSA, dominando-a, assim como o golpe de 2002 forçou o chavismo a controlar mais fortemente as forças armadas.

É eloquente a falta de compromisso real das oposições venezuelanas, como López, Capriles e Ledezma, com a democracia. O “paro petrolero”, em particular, evidencia que tais oligarquias não têm pruridos em arruinar a economia do país, desde que isso signifique uma oportunidade para voltar a controlar o poder perdido.

A situação da Venezuela atual é muito próxima da existente no período 2002-2003. A vitória de Maduro sobre Capriles, ainda que por pequena margem, frustrou as expectativas da oposição. Pouco tempo depois, os setores mais radicalizados, liderados por Leopoldo López, iniciaram o processo denominado de “la salida”, a utilização de manifestações violentas de rua, com a formação de barricadas, as chamadas “guarimbas”, incêndio de edifícios públicos e até mesmo de atos terroristas com o intuito de derrubar o governo eleito.

Entre 2013 e 2016, esse processo político radicalizado pela oposição de direita acabou provocando a morte de pelos menos 46 pessoas, a maioria chavistas ou de pessoas sem afiliação política, bem como danos milionários a equipamentos públicos.

Tais “guarimbas” foram e são financiadas desde o exterior. Com efeito, há uma conexão clara da direita venezuelana, particularmente dos setores ligados a Leopoldo López, com a extrema direita da Colômbia, principalmente com Álvaro Uribe e seus grupos de extermínio. São essas conexões e os reiterados atos de violência que levaram à prisão de López e Antonio Ledezma na Venezuela.

Caracterizá-los como presos políticos que tivessem cometido “crimes de consciência”, como faz a imprensa brasileira, é desconhecer a realidade de uma direita que não tem, de fato, qualquer compromisso com a democracia e os direitos humanos e que aposta sistematicamente na violência como arma política preferencial.

Concomitantemente, foi iniciado um processo econômico que visa a produzir carestia, desabastecimento e inflação, tal como ocorreu, por exemplo, no Chile de Allende ou mesmo na própria Venezuela dos anos 2002 e 2003. Em parte, como resultado e a economia venezuelana ser ainda muito dependente das exportações do petróleo e com agricultura e indústria débeis.

Mas há também uma guerra econômica em curso que utiliza: 1) o desabastecimento programado de bens essenciais; 2) a inflação induzida; 3) o boicote a bens de primeira necessidade; 4) o embargo comercial disfarçado; e 5) o bloqueio financeiro internacional.

Essa guerra vem ajudando a radicalizar ainda mais o processo político venezuelano. Nos últimos 4 meses, morreram mais de 100 pessoas nos conflito de ruas. Houve linchamentos de chavistas, inclusive de um que foi queimado vivo, atentados terroristas, incêndios de prédios públicos, inclusive de uma maternidade. Houve também, é claro, a morte de manifestantes da oposição pelas forças de segurança. A violência se generalizou.

O governo chavista optou pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, prontamente rejeitada pela oposição, que logo alegou ser inconstitucional e que visava a perpetuar o poder de Maduro.

Em primeiro lugar, tal convocação não é inconstitucional. A convocação da Assembleia Constituinte pelo presidente da república está prevista clara e explicitamente no artigo 348 da Constituição da Venezuela. Em segundo, a Constituinte não substitui a Asamblea Nacional (o parlamento unicameral da Venezuela), como foi afirmado falsamente, a qual continuará a funcionar e a cumprir suas funções legislativas.

Em terceiro lugar, a convocação de assembleias constituintes é um mecanismo frequentemente usado em países democráticos como solução pacífica para impasses políticos e institucionais como o que acomete a Venezuela atual.

Em quarto lugar, a convocação teve apoio expressivo da população. O número de votantes para a assembleia (mais de 8 milhões) foi superior aos votos que teriam sido obtidos pelo plebiscito informal que a oposição convocou uma semana antes contra a assembleia (cerca de 7,2 milhões de votos). Observe-se que esse plebiscito é que foi, sim, inteiramente ilegal. Não fosse o clima de violência criado pela oposição, as barricadas que impediram o acesso aos centros de votação e o boicote ostensivo das empresas de transporte, que fizeram locaute no dia da votação, a participação eleitoral poderia ter sido bem superior.

Em quinto lugar, os objetivos estratégicos da Assembleia Constituinte são bem mais amplos do que o suposto desejo de perpetuar Maduro no poder. A Assembleia visa essencialmente a constitucionalizar as misiones sociais, bem como estabelecer as bases jurídicas e institucionais de uma economia pós-petroleira. A preocupação fundamental é impedir retrocessos sociais, como os que ocorrem atualmente no Brasil, e criar mecanismos econômicos que levem a Venezuela a ampliar a base produtiva de sua economia. Há de se enfatizar, além disso, que o texto que sairá dessa Assembleia só terá valor jurídico se for aprovado pela população em referendo.

Assim sendo, caracterizar a convocação da Assembleia Constituinte como um “golpe” ou uma “ruptura da ordem democrática” é algo de evidente má-fé. Pode-se não concordar com tal convocação, mas não se pode denominá-la de “golpe”. Golpe foi que aconteceu no Brasil. A alternativa à Constituinte parece ser uma guerra civil aberta. Ao menos, a Constituinte cria uma oportunidade para que se estabeleça um diálogo que supere o atual impasse político e institucional daquele país.

Leia a íntegra desse artigo: Para Entender a Venezuela

*Marcelo Zero é sociólogo, especialista em Relações Internacionais e integrante do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)

Aprenderam a deixar os dias mais simples, e as noites mais leves, aprenderam a preencher a vida na cadência do tempo.
Aprenderam a selar os braços à distância, aprenderam a não deixar morrer a vontade e o desejo, de morar dentro de um beijo.

Eles eram completamente loucos, e insistiam em permanecer na loucura... até perderem a alegria e adrenalina, que movia o corpo e a alma, de tudo o que era bom e não se via.
Eles sabiam que certos momentos se conquistavam, numa taquicardia sem preço.

Eles eram loucos... Sofriam do coração.

Carla Tavares


20 millones de musulmanes marchan contra ISIS en Irak y los medios occidentales lo ignoran por completo -- El Niño de la Sociedad -- Sott.net

20 millones de musulmanes marchan contra ISIS en Irak y los medios occidentales lo ignoran por completo -- El Niño de la Sociedad -- Sott.net: https://es.sott.net/article/49656-20-millones-de-musulmanes-marchan-contra-ISIS-en-Irak-y-los-medios-occidentales-lo-ignoran-por-completo

sábado, 19 de agosto de 2017

Joe Dassin - L'été Indien (with lyrics)



Sabes, eu nunca fui tão feliz como naquela manhã
Andávamos por uma praia parecida com esta
Era Outono, um Outono de sol
uma estação que só existe lá na América do Norte.
As pessoas lhe chamam de verão indiano (Canadá)
mas simplesmente era o nosso
Com teu vestido longo, parecias
uma aguarela de Marie Laurencin
e lembro-me, lembro-me perfeitamente
do que eu te disse naquela manhã
há um ano, há um século, há uma eternidade.


Iremos onde tu quiseres, quando quiseres
e nos amaremos outra vez, mesmo que o amor tenha morrido.
A vida toda será como aquela manhã
com as cores do verão indiano

Hoje estou bem longe daquela manhã de Outono
mas é como se eu estivesse lá
Continuas na minha memória
Onde estás tu? O que andas a fazer?
Será que ainda existo para ti?
Fico olhando para esta onda que jamais alcançará a duna
Repara, como ela, estou me deitando na areia
e vou me lembrando. Vou me lembrando das marés altas
do sol e da felicidade que iam passando pelo mar
há um ano, há um século, há uma eternidade




Iremos onde tu quiseres, quando quiseres
e nos amaremos outra vez, mesmo que o amor tenha morrido.
A vida toda será como aquela manhã
com as cores do verão indiano.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Harry Belafonte & Miriam Makeba - Malaika

"Malaika, nakupenda Malaika
Malaika, nakupenda Malaika
Ningekuoa mali we, ningekuoa dada
Nashindwa na mali sina we, ningekuoa
Malaika

Pesa, zasumbua roho yangu
Pesa, zasumbua roho yangu
Nami nifanyeje, kijana mwenzio
Nashindwa na mali sina we
Ningekuoa Malaika

Kidege, hukuwaza kidege
Kidege, hukuwaza kidege
Ningekuoa mali we, ningekuoa dada
Nashindwa na mali sina, we
Ningekuoa Malaika
Malaika, nakupenda Malaika
Malaika, nakupenda Malaika
Ningekuoa mali we, ngekuoa dada
Nashindwa na mali sina we, Ningekuoa Malaika"

quinta-feira, 17 de agosto de 2017



Amor que fica,
amizade que sobrevive,
companhia que vai,
memória que vem,
coração que permanece habitado
é saudade.


É saudade
a lembrança que desce
e se agiganta no peito.

Sérgio Lizardo

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Que bela homenagem !




Carlos Tenreiro
17 h · São Paulo, Brasil ·


Plantava nos campos o que plantava nos ares: o suor, os sonhos, a poesia das folhas, a lenda das flores, o romance dos juncos. Tecia no sol o sumo: o traço, o Lácio, o fruto, a sombra das rendas, a fibra das noites, as cores dos lúmens. Flutuava por dentro da terra com suas mãos, artesão que era dos grãos, dos sins, dos tempos de plantio e cura, porque, lavrador, fazia seu arado onde as horas exigiam a semente de cada dia e os concretos a sina de cada pão.
Camponês do norte da Ibéria, Dom Quixote das almas, lutando contra a secura e seus moinhos, Alberto se abria para o meio-dia dos figos contra o frio dos seres humanos. Cantarolava suas cantigas guardadas sobre as asas, sobrevoando veredas dos tempos antigos. E florescia: em suas pétalas destituía as intrigas de cada segundo sobre a mesa farta que a todos provia. Nenhuma migalha de alma sobre os pratos, nenhum azedume sobre os dissabores da vida. Tudo era limpo e bom, verdade e perdão, mesmo nos vãos dos seres, mesmo diante dos nãos que feriram seu coração.
Alberto e seus linhos: sobre suas cicatrizes, as dores se convertiam em lírios; sobre suas dores, seus olhos formavam rios e tudo era afago e dom. Camponês, artesão, senhorio das brisas quando, sustentando a enxada, abria a terra para plantar sua alma dia após dia, arejando o sol entre os olhos e os olhos entre os grãos.
Nos restaurantes, nos ônibus, nas padarias, nos bares, nas lojas onde fez seu ganha-pão, colheu histórias e amigos; na terra, nos cimentos, nos balcões, fez-se campônio, e tudo era campo, fado, suor, plantio e som. Assim era Alberto, meu pai, ourives dos campos, olaria das luzes, semente que continua frutificando um amor que nunca teve nãos.
Eu sou apenas o que restou do meu passado .
As minhas memórias e . . . o presente ,
Apenas isso .
. . . e . . . o amanhã ?! Desconheço .

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Rachel Yamagata - I´ll Find A Way

oração . a banda mais bonita da cidade (c/ leo fressato)

Meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabe essa oração


domingo, 6 de agosto de 2017

Todos os médicos que tem feito frente à grande indústria farmacêutica, aos poucos vão sendo dizimados. Ann Boroch Médica Holística, Naturopata e Pesquisadora apareceu morta na passada quinta-feira. Esta Senhora ficou famosa por se ter curado a ela própria de uma esclerose múltipla quando tinha apenas 24 anos e durante vinte anos (até agora à sua morte) nunca mais tinham surgido sintomas da doença. O papel desta Senhora foi também muito importante ao revelar os perigos das vacinas.
"Com os seus vinte anos, ela iniciou a luta contra a esclerose múltipla. Quando a medicina tradicional não forneceu alívio, ela criou o seu próprio programa de auto-ajuda e descobriu que as toxinas de fungos e fermentos são os principais culpados da doença auto-imune. Ao manter diligentemente uma dieta restrita, Ann conseguiu curar-se da doença. Agradecida pelo triunfo da cura, ela percebeu que a sua missão era educar o público.

"Ann voltou para a escola e tornou-se uma naturopata, hipnoterapeuta clínica certificada e consultora nutricional certificada. Depois disso, Ann abriu o seu próprio consultório em Los Angeles, e por quase 20 anos tem sido a luz orientadora da cura para milhares de pessoas ao redor do mundo ".
Chegou a vez dela. Calaram-na.
A comunidade médica que nos últimos anos tem divulgado os perigos da vacinação está em estado de choque.


Famous author Ann Boroch was found dead in L.A. on Thursday, as the community of holistic healers continues to be decimated.
YOURNEWSWIRE.COM|POR BAXTER DMITRY

. . . faz hoje 72 anos . . .


A 6 de Agosto de 1945, era lançada a primeira bomba atómica em cenário de Guerra, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay. A bomba tinha o nome de código "Little Boy", três metros de comprimento, 71 cm de largura e uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT.

Estima-se que a bomba, que detonou a cerca de 600 metros de altura muito próximo do local onde foi erguido o Parque da Paz, acabou de forma imediata com a vida de cerca de 80.000 pessoas.

No final de 1945 o número de mortos era elevado a cerca de 140.000, sem contar as vítimas da radiação nos anos posteriores.

Depois do ataque sobre Hiroshima, os Estados Unidos lançaram uma segunda bomba nuclear a 9 de agosto de 1945 sobre a cidade de Nagasaki, o que forçou a capitulação do Japão seis dias depois e pôs fim à II Guerra Mundial.



  • terça-feira, 1 de agosto de 2017


    Berlin - Take My Breath Away

    - Je t'aime je t'aime
    Oh oui je t'aime
    - Moi non plus
    - Oh mon amour
    - Comme la vague irrésolue
    Je vais, je vais et je viens
    Entre tes reins
    Je vais et je viens
    Entre tes reins
    Et je me retiens

    - Je t'aime je t'aime
    Oh oui je t'aime
    - Moi non plus
    - Oh mon amour
    Tu es la vague, moi l'île nue
    Tu vas, tu vas et tu viens
    Entre mes reins
    Tu vas et tu viens
    Entre mes reins
    Et je te rejoins

    - Je t'aime je t'aime
    Oh oui je t'aime
    - Moi non plus
    - Oh mon amour
    - L'amour physique est sans issue
    Je vais je vais et je viens
    Entre tes reins
    Je vais et je viens
    Je me retiens
    - Non ! maintenant viens...
    https://vimeo.com/53067865

    Jane Birkin & Serge Gainsbourg, Je T'aime moi non plus 1969 from Obsessive Collectors on Vimeo.