quinta-feira, 1 de março de 2018


Numa madrugada

Atravessam-me as palavras cansadas
Arrastadas nos dedos nuas e devassas
Silêncio acordado e janelas apressadas
Vidros estilhaçados e atitudes escassas

No esvaziar demorado de suspiros e ais
Madrugada fria na escalada de loucuras
Pairam chilreadas e canções nos beirais
Sorrisos abertos e desvairadas aventuras

Transparência de caminhos sem destino
Numa madrugada
Pelo vento semeados ao som do violino.
Encruzilhada


Alice Coelho

Sem comentários: