terça-feira, 5 de outubro de 2021

. . . dizem que a História costuma repetir-se . . .










Pensar a História

O médico nazista Claus Schilling é preparado para sua execução por enforcamento, em Landsberg, Alemanha, em 28 de maio de 1946.
Schilling era professor da Universidade de Berlim e diretor da divisão de medicina tropical do Instituto Robert Koch. Após conduzir pesquisas no campo da parasitologia nas colônias africanas da Alemanha, Schilling mudou-se para a Itália, então governada pelo líder fascista Benito Mussolini, passando a realizar experimentos sobre imunização em pacientes de asilos psiquiátricos de Volterra e San Niccolò di Siena.
De volta à Alemanha, Schilling recebeu de Heinrich Himmler, líder da Schutzstaffel (SS), a incumbência de desenvolver experimentos sobre a malária com os prisioneiros do campo de concentração de Dachau. As cobaias humanas eram colocadas em gaiolas com as mãos amarradas e então submetidas a torturas e injeção de drogas sintéticas, frequentemente em doses letais. Cerca de 1.200 prisioneiros foram submetidos aos experimentos antiéticos conduzidos por Schilling, dos quais mais de 400 morreram.
Schilling foi preso após a queda do Terceiro Reich e levado a julgamento junto com outros 40 médicos, enfermeiros e técnicos ativos em Dachau e seus subcampos. A revelação dos experimentos hediondos conduzidos pelos médicos nazistas serviram de base para a criação do Código de Nuremberg, contendo princípios éticos que devem embasar as pesquisas científicas com seres humanos. Schilling foi considerado culpado de crimes contra a humanidade e sentenciado à morte por enforcamento.

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