sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Putin só está se defendendo


Rússia x Ucrânia

Governo russo iniciou operações militares em larga escala em apoio à integridade territorial das repúblicas do Donbass e em defesa própria


Tropas Russas – Foto: Reprodução

A operação militar russa no Donbass, iniciada na madrugada de hoje (24), não passa de uma ação defensiva da Rússia.

Vladimir Putin, presidente do país, havia anunciado que enviaria tropas para dar suporte às repúblicas de Donetsk e Lugansk, no mesmo dia em que reconheceu a independência das duas nações.



A Ucrânia é um país dominado rigidamente pelo imperialismo, desde o golpe de 2014. Aquela sim foi uma violação da soberania ucraniana, quando os Estados Unidos e a União Europeia organizaram uma “revolução colorida” encabeçada por grupos notoriamente nazistas, e derrubaram o então presidente do país, Viktor Yanukovich, ao qual não haviam conseguido obrigar a se submeter.

A partir de então, a Ucrânia se tornou um verdadeiro preposto do imperialismo europeu e norte-americano nas barbas da Rússia, sendo utilizada com o principal objetivo de facilitar a agressão aos russos.

É preciso lembrar que a OTAN ─ organização criada na “guerra fria” sob a desculpa de conter as supostas ameaças militares da URSS ─, desde a queda do Muro de Berlim, iniciou uma expansão para o leste da Europa.

Hoje, a Rússia encontra-se praticamente cercada de um lado a outro por bases militares ou instalações de mísseis da OTAN, que integrou a maioria dos países europeus que pertenciam à União Soviética.

A Ucrânia é um instrumento dessa guerra não declarada contra a Rússia.

O leitor poderia imaginar o seguinte cenário hipotético: se a Rússia houvesse impulsionado um golpe de Estado no México e colocado nazistas mexicanos no poder, e estivesse negociando para que eles ingressassem em um pacto militar com os russos, os EUA não iriam considerar um afronte e uma ameaça?

De fato, a Rússia é a principal vítima dessa história. Como disse hoje (24) o presidente Putin, “a Rússia foi deixada sem opções”: ou invadia os territórios reivindicações por Donetsk e Lugansk na Ucrânia, ou demonstraria sinais de fraqueza para a OTAN se aproveitar disso e investir militarmente contra seu território.

Diante desses acontecimentos, o dever da esquerda, dos revolucionários e de todos que lutam pela paz é apoiar a Rússia em sua defesa contra o imperialismo, que é o maior de todos os agressores e opressores.

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